terça-feira, 31 de janeiro de 2017

O injeção de RNA reverteu sintomas de Alzheimer em ratos


Atualmente há cerca de 35,5 milhões de pessoas com demência em todo o mundo, mas este número deve chegar a 65.7 milhões em 2030 e a 115 milhões em 2050, segundo relatório da Organização Mundial da Saúde publicado em 2012. A Doença de Alzheimer é a causa mais frequente da demência.

Por isso, conforme a expectativa de vida humana aumenta, a pesquisa nas áreas de diagnóstico e tratamento dessa doença se torna ainda mais importante. Com avanços nas áreas de neurociência e tecnologia, cientistas estão prestes a encontrar tratamentos mais eficazes ou até uma solução definitiva para o combate dos infames sintomas da doença.

Pesquisadores da Universidade de Washington em Missouri (EUA) estão examinando uma proteína em particular e o gene responsável por sua produção no corpo. Ela é chamada de proteína tau, e em um cérebro saudável, ela mantém o funcionamento dos neurônios. Mas no cérebro de pessoas com Alzheimer, essas proteínas se transformam em emaranhados que são tóxicos.

Para testar se esses emaranhados de proteínas poderiam ser revertidos, os pesquisadores usaram ratos com este emaranhamento e injetaram RNA neles, quatro vezes por mês. O resultado foi que os níveis da proteína tau despencaram, e os emaranhados existentes desapareceram. A proteína até parou de se espalhar em ratos mais velhos. A expectativa de vida desses animais se tornou mais longa do que em ratos sem a injeção, e eles foram capazes de recuperar algumas características perdidas na mutação.

Vai funcionar em pessoas?
Infelizmente, o mesmo teste em macacos não exibiu resultados tão promissores. A presença de proteínas tau caiu apenas 20%. Outro problema é que os pesquisadores não sabem exatamente os efeitos da redução da proteína no cérebro humano. O cérebro poderia deixar de funcionar normalmente como resultado.

Por isso, ainda é necessário muito trabalho na linha de pesquisa de tratamentos que envolvem injeções de RNA, mas o bom resultado em ratos já é um motivo para continuar neste caminho. Em breve também poderemos ver bons resultados em pessoas. [Futurism, OMS]

por Juliana Blume
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Cientistas descobrem hormônio do cérebro que promove queima de gordura


Biólogos do Instituto de Pesquisa Scripps, nos EUA, identificaram um hormônio cerebral que parece desencadear a queima de gordura no intestino.

O novo estudo foi publicado na revista Nature Communications.

FLP-7

De acordo com Supriya Srinivasan, uma das pesquisadoras do estudo, embora já soubéssemos que o neurotransmissor serotonina podia conduzir a perda de gordura, não sabíamos exatamente como.

Para responder a essa pergunta, ela e seus colegas fizeram experimentos com vermes C. elegans, frequentemente usados nesse tipo de pesquisa porque seus cérebros produzem muitas das mesmas moléculas de sinalização que os seres humanos.

Os pesquisadores deletaram genes em C. elegans para ver se poderiam interromper o caminho entre a serotonina cerebral e a queima de gordura. Ao testar um gene após o outro, eles esperavam encontrar o gene sem o qual a queima de gordura não ocorreria.

Este processo de eliminação levou-os a um gene que codifica um hormônio neuropeptídio chamado FLP-7.

Caminho certo
Curiosamente, os cientistas descobriram que a versão do FLP-7 dos mamíferos foi identificada há 80 anos como um peptídeo que desencadeava contrações musculares em intestinos de porco.

Na época, os pesquisadores acharam que era um hormônio que conectava o cérebro ao intestino, mas ninguém tinha ligado o neuropeptídio ao metabolismo da gordura ainda.

O próximo passo do novo estudo foi determinar se FLP-7 estava diretamente ligado aos níveis de serotonina no cérebro.

O processo
A principal autora do estudo, Lavinia Palamiuc, liderou esse esforço marcando o FLP-7 com uma proteína fluorescente vermelha para que pudesse ser visualizado nos vermes transparentes.


Os pesquisadores descobriram que todo o processo funciona assim: um circuito neural no cérebro produz serotonina em resposta a sinais sensoriais, como a disponibilidade de alimentos. Isso sinaliza outro conjunto de neurônios para começar a produzir o FLP-7, liberado no cérebro em resposta a elevados níveis de serotonina.

Em seguida, o FLP-7 percorre o sistema circulatório e ativa um receptor nas células intestinais, para que os intestinos comecem a transformar gordura em energia.

Queima de gordura sem efeitos colaterais
O hormônio cerebral estimula especificamente e seletivamente o metabolismo de gordura, sem qualquer efeito sobre a ingestão de alimentos.

Logo, os pesquisadores decidiram testar as consequências da manipulação dos níveis de FLP-7.

Embora o aumento da serotonina possa ter um grande impacto na ingestão de alimentos, no movimento e no comportamento reprodutivo de um animal, os pesquisadores descobriram que o aumento dos níveis de FLP-7 não trouxe quaisquer efeitos colaterais óbvios – os vermes continuaram a funcionar normalmente enquanto simplesmente queimavam mais gordura.

Excelente notícia, não é mesmo? Esta descoberta deve encorajar futuros estudos sobre como níveis de FLP-7 podem ser regulados sem causar efeitos colaterais em seres humanos. [MedicalXpress]

por Natasha Romanzoti
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segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Remédios caseiros para vertigem


A vertigem ou tontura, provocam um desequilíbrio na pessoa afetada, podendo levar ao desmaio ou perda de consciência e não se trata de uma doença, mas sim de um sintoma de que algo não funciona bem em nosso organismo. Existem diversos tipos de vertigens e estas podem se apresentar de forma casual ou contínua, por isso é importante investigar suas causas. A seguir trazemos algumas sugestões de remédios caseiros e recomendações que podem ser de grande utilidade para prevenir e tratar as vertigens.

À vertigem é um distúrbio que faz com que quem sofre tenha uma impressão subjetiva ou uma ilusão de movimento (deslocamento linear ou giratório) do próprio corpo ou dos objetos ao redor do seu corpo em relação ao mundo exterior.

A vertigem costuma se apresentar na forma de crise ou de ataques (após um movimento intenso e duradouro ou em completo repouso), cuja duração varia desde alguns minutos a vários dias, e se vincula, geralmente, a alterações mais ou menos graves do sentido de equilíbrio.

O principal sintoma de vertigem é uma sensação de movimento que é acompanhada, geralmente, de uma perda de equilíbrio que obriga a pessoa afetada a parar de andar ou se movimentar. Às vezes, também se associada a náuseas, vômitos, palidez e sudorese.

Se a vertigem está relacionada com um problema de audição, é possível que, também, se manifeste zumbidos e diminuição da capacidade auditiva.
É importante observar que a vertigem é um sintoma e não uma doença e, como tal, pode ter várias causas, como as seguintes:

Doença de Ménière: consiste no aparecimento de episódios repetidos de vertigem muito intensa, que duram horas ou inclusive dias, e que são acompanhadas por tinnitus (ruídos ou zumbidos), distorção dos sons e perda de audição. É provocada por uma inflamação do ouvido interno e, portanto, do órgão do equilíbrio, e pode levar à surdez.

Vertigem por tóxicos: é aquela que ocorre como consequência de tomar certos medicamentos, especialmente uma classe de antibióticos chamados amino glicósidos, e certos diuréticos, como a furosemida.

Vertigem de origem tumoral: a que aparece tardiamente após a afetação do nervo acústico, normalmente por um tumor benigno do mesmo, chamado neuroma. Manifesta-se como episódios leves de sensação de instabilidade que vão piorando com o crescimento do tumor.

Vertigem traumática: é o que aparece depois de um traumatismo craniano direto ou por intervenções cirúrgicas no ouvido, que causam feridas no órgão do equilíbrio. É muito típica a sensação vertiginosa que permanece durante alguns dias após um acidente de trânsito no qual se produz uma “lesão” no pescoço, especialmente por um impacto posterior.

Vertigem por infecção no ouvido: é produzida pela infecção bacteriana ou viral do ouvido médio, com perfuração do tímpano.

Vertigem de origem cervical: é um tipo de vertigem que ocorre em pessoas com artrose das vértebras cervicais ou após um golpe forte nas mesmas e que se desencadeia com os movimentos bruscos da cabeça e pescoço.

Isquemia vertebrobasilar: referimos-nos a vertigem que precede ou aparece com o infarto ou hemorragia da artéria vertebrobasilar que irriga o cerebelo (má circulação de sangue).

Vertigem visual: que é a que se produz por distúrbios oculares (visão dupla, óculos mal graduados) e que cede ao fechar os olhos.

Vertigem psíquica: que geralmente faz parte de um ataque de ansiedade, que cursa com hiperventilação e palpitações. Em outras ocasiões, constitui um verdadeiro quadro de fobia ou medo da altura.

Vertigem por transtornos estomacais.

Remédios caseiros para vertigem:

Despeje 1 colher de sopa de folhas de ginkgo biloba em uma xícara de água que está fervendo. Cubra e deixe esfriar. Tome uma xícara desta infusão por dia. Este remédio ajuda a melhorar a circulação sanguínea na cabeça o que reduz a possibilidade de ocorrência de vertigens e tonturas.

Ferva uma raiz de gengibre lavada e picada em uma xícara de água durante 5 minutos. Coe, tampe e deixe esfriar. Tome 1 xícara, logo que sentir o desconforto. Este remédio também ajuda nos casos de tonturas, já que tem grande capacidade para eliminar a sensação de náusea.

Despeje 1 colher de chá de flores secas de camomila e outra de alecrim em 1 xícara de água que está fervendo. Beba uma xícara quando sentir os primeiros sinais de vertigem. Este remédio resulta ideal em casos de vertigem causados por problemas de estômago.

Ferva, por 10 minutos, 1 colher de sopa de flores secas de lavanda em uma xícara de água. Beba 1 ou 2 xícaras por dia. Este remédio pode ser usado quando a pessoa sofre de vertigens nervosas.

Despeje 2 colheres de sopa de passiflora em ½ litro de água e deixe ferver por 10 minutos. Tome 2 xícaras por dia, quando sofre de vertigem nervosa.

Ferva, por 10 minutos, 1 colher de chá de folhas secas de videira em uma xícara de água. Tome 1 ou 2 xícaras por dia, se você sofre com alguma frequência de vertigem. Este remédio ajuda a melhorar o fluxo sanguíneo cerebral, o que reduz tonturas e vertigens.

Coloque um punhado de folhas frescas de manjericão em 1 litro de água que está fervendo. Coe, tampa e deixe esfriar. Beba 3 xícaras por dia, se você sente frequentes vertigens de origem estomacal.

Embeba um pano com álcool e coloque sobre a testa. Deixe no lugar durante 10 minutos. O cheiro penetrante do álcool permitirá estabilizar quem sofre de vertigem de forma imediata. Repita este remédio depois de passada uma hora.

Esfregue suavemente o nariz, a testa e as têmporas com algumas gotas de vinagre.

Misture, partes iguais, camomila, lavanda e hortelã e depois extraia 1 colher de sopa. Despeje em uma xícara de água que está fervendo e deixe repousar durante 10 minutos. Adicione, se desejar, algumas gotas de mel. Beba 1 xícara duas vezes por dia (uma de manhã ao levantar e outra antes de dormir).

Pressione com suavidade o oco do tornozelo, especialmente o ponto que se encontra localizado próximo da borda exterior do osso.

Recomendações Gerais: Descontinue o uso de fármacos, como antibióticos ou anti-inflamatórios se observar que após a sua ingestão se experimenta vertigem.

Evitar o consumo de substâncias tóxicas como álcool ou tabaco, já que afetam, em ocasiões, as estruturas sensoriais do ouvido interno e provocam crises de vertigem e outros distúrbios auditivos, como surdez, zumbidos nos ouvidos, etc.

Recomendações quando você presencia um ataque de vertigem: Primeiramente, a pessoa afetada por vertigem deve se deitar, já que a impressão de que vai cair provoca uma sensação de angústia que aumenta o seu desconforto. É preciso manter a calma e não esquecer que a intensidade da vertigem não está relacionada com a causa que a produz, de modo que leves causas são capazes de desencadear vertigens muito intensas.

Além disso, se possível, devem ser evitados os estímulos auditivos intensos, assim como a luz muito forte, por isso, é preferível manter uma discreta iluminação no quarto em que se encontra a pessoa afetada.

Convém, também, acrescentar os estímulos visuais, uma vez que são os pilares do equilíbrio. Assim, ao contrário do que geralmente se acredita, a conveniência de não fechar os olhos, mas, pelo contrário, manter o olhar fixo em um ponto específico que sirva como referência.

Não se pode fazer mais, por isso apenas cabe esperar para que o desconforto diminua progressivamente até que termine por completo.

Perguntas e respostas sobre vertigem:

Por que em alguns testes de vertigem se faz os pacientes caminharem com os olhos fechados?
As imagens visuais desempenham um papel muito importante na manutenção do equilíbrio, já que nos informam a nossa posição no espaço. Quando se apresentam transtornos no equilíbrio, é necessário comprovar se são devido a uma alteração no ouvido interno.

Para isso, é necessário privar da sua informação visual a pessoa afetada, cobrindo os olhos, já que estes podem suprir em parte a informação que normalmente envia o ouvido interno. Uma pessoa saudável pode se manter de pé perfeitamente com os calcanhares unidos se os olhos estão cobertos; mas outra que tenha lesionado o ouvido interno vai vacilar, e inclusive pode chegar a cair.

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Benefícios do fósforo para a saúde


A alimentação nos fornece os diferentes nutrientes que o nosso organismo precisa para se manter saudável e em bom funcionamento, por isso é importante conhecermos os nutrientes que o nosso organismo precisa para estar saudável. A seguir vamos falar sobre os benefícios do fósforo para o cérebro, para a memória e para a saúde em geral.

O fósforo (símbolo químico é P) é um mineral descoberto pelo alquimista alemão Henig Brand em 1699. Desempenha um papel fundamental em muitas reações bioquímicas, tanto em plantas como em animais, e é essencial para a vida.

Pode ser encontrado nos seres vivos, no solo e nas rochas, principalmente como compostos químicos denominados fosfatos. O fósforo presente no solo e nas rochas está difundido de forma extensa por todo o mundo.

O fósforo extraído das rochas é classificado como branco, vermelho ou preto. O fósforo branco (também chamado comum) é uma substância parecida com a cera, que é obtida aquecendo as pedras de fosfato até que se vaporiza e depois se solidifica após a condensação.

Uma das características desta forma tem dado lugar ao adjetivo fosforescente, pela capacidade do fósforo branco de brilhar no escuro quando exposto ao ar.

O fósforo branco é altamente tóxico, produz queimaduras se entra em contato com a pele, e é inflamável, por isso deve ser armazenado sob a água por segurança. O fósforo vermelho é um pó obtido mediante o aquecimento do fósforo branco e a exposição à luz solar. Não é tão inflamável como a forma branca.

O fósforo preto se obtém aquecendo o fósforo branco sob uma pressão extremamente alta até que se pareça com grafite.

Nas plantas, o fósforo é necessário para que tenha lugar à fotossíntese; no corpo humano atua junto ao cálcio, em grande parte da mesma forma que outros dois eletrólitos, o sódio e o potássio.
Por Que é Importante Para os Ossos?

Embora o fósforo seja encontrado em todas as células do corpo humano e é responsável por 1% de peso total do corpo, sua principal função é a de atuar junto com o cálcio para formar dentes e ossos.

85% do fósforo que se encontra no corpo estão localizados nestas estruturas. Em uma reação química delicadamente equilibrada, as substâncias conhecidas como hormônio da paratireoide (PTH), calcitonina e vitamina D, regulam a absorção tanto do cálcio como do fósforo a partir do trato intestinal, fazendo com que estejam disponíveis para a formação de ossos e dentes. Se for absorvida uma quantidade excessiva de fósforo, este se combina com todo o cálcio disponível e evita uma utilização eficiente do mesmo para formar e manter ossos e dentes.

O PTH mantém o equilíbrio entre as percentagens de cálcio e fósforo no organismo, ao aumentar a liberação de cálcio e fosfato do osso e a perda de fósforo através dos rins, o que por sua vez limita a excreção de cálcio. O PTH também aumenta a atividade da vitamina D, o que, pelo contrário, aumenta a absorção tanto de fósforo como de cálcio a partir do trato intestinal.

Por que é necessário o fósforo para o cérebro e a memória?
Embora o fósforo se encontre em todos os órgãos, formando parte dos núcleos e das membranas celulares, é especialmente abundante no sistema nervoso, pois as fibras nervosas são revestidas por uma substância formada por uma combinação de gorduras e de fosfatos.

Além disso, o cérebro precisa consumir glucose para manter sua atividade, mas esta glucose deve ser combinada, primeiro, com fosfatos para penetrar no interior das células. Por isso, é especialmente necessário para a memória e a concentração.

O fósforo também é importante em outros processos no organismo
15% desse elemento se encontram na corrente sanguínea e nos tecidos moles, de forma que desempenha um papel muito importante em diversas funções corporais. Atuando em conjunto com as vitaminas do grupo B, o fósforo está envolvido no metabolismo das gorduras e dos carboidratos, na reparação de células lesionadas e dos tecidos e na manutenção da saúde.

Também é necessário para o batimento cardíaco normal e ajuda a contração de todos os músculos do corpo. É necessário para o funcionamento dos rins e interfere com a condução dos impulsos ao longo da rede que forma o sistema nervoso.

Recomendações e precauções sobre a ingestão diária de fósforo:
Normalmente, a ingestão diária de fósforo é maior do que a necessária e, nos últimos anos, tem aumentado. Portanto, em circunstâncias normais, com uma ingestão adequada de alimentos, é raro que seja necessária uma administração suplementar de fósforo.

As pessoas que apresentam transtornos alimentares, como anorexia e bulimia, podem ter uma ingestão deficiente de fósforo, assim como de outros nutrientes. A melhor fonte de fósforo são os alimentos ricos em proteínas, como carne, os ovos e os produtos lácteos, por isso alguns vegetarianos podem precisar aumentar a sua ingestão deste nutriente.

O consumo excessivo de alimentos processados e a ingestão inadequada de alimentos completos, além dos fertilizantes e pesticidas, são algumas das causas do excesso de fósforo. Além de fazer parte de alimentos ricos em proteínas, o fósforo também se encontra em quantidades menores em pães feitos com cereais integrais, especialmente aqueles não processados, e em pequenas quantidades nas frutas e verduras.

O fósforo presente nesses pães e cereais formar uma substância chamada fitina. A fitina se combina com o cálcio para formar um sal no corpo humano que não pode ser absorvido, o que faz com que os cereais não processados e não enriquecidos, seja uma escassa fonte de fósforo.

O nível sanguíneo normal de fósforo está entre 2,4 e 4,1 mg/dl. Uma quantidade anormal de fósforo no soro requer uma avaliação pelo médico. Os números de fósforo superiores aos normais podem indicar uma dieta com excesso de fósforo, uma ingestão inadequada de cálcio ou uma falta de PTH. Tudo isso pode estar relacionado com a metástase óssea de um câncer, doença renal ou hepática, ou sarcoidose.

Alguns números de fósforo no soro abaixo do normal podem ser relacionados com a falta de fósforo ou de vitamina D na dieta, que dá lugar ao raquitismo nas crianças e osteomalacia em adultos. Os transtornos da glândula paratireoide, que fazem com que sejam segregadas quantidades excessivas de PTH, ou do pâncreas, que fazem com que se segregue muita insulina, também afetam os números de fósforo no sangue.

A cetoacidose diabética ou uma ingestão excessiva de cálcio são outras possíveis causas. A neoplasia endócrina múltipla é outro transtorno que é frequentemente associado com baixos níveis de fósforo.

Os antiácidos podem reduzir a absorção de fósforo. Os laxantes e os enemas que contém o composto químico denominado fosfato de sódio e a ingestão excessiva de vitamina D podem aumentar o número de fósforo no organismo.

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Dermatite seborreica: O que é, causas, sintomas e tratamentos


A dermatite seborreica é uma condição da pele que se caracteriza por escamas brancas, oleosas ou secas, podendo provocar a caspa. Não é contagiosa. Afeta principalmente a pele do couro cabeludo, sobrancelhas, testa, rosto, vincos do nariz ou canal auditivo externo ou no meio do peito. Trata-se de uma condição crônica, caracterizada por longos períodos de inatividade. Durante a fase ativa, os sintomas podem ser controlados com o tratamento.

Nós estamos diante de uma doença inflamatória que é muito comum em pessoas mais velhas. Não surpreendentemente até 50% da população adulta mostra sinais evidentes da conhecida dermatite seborreica: uma espécie de caspa ou escamas amareladas no couro cabeludo que costuma ser acompanhada de vermelhidão da pele. Costuma aparecer principalmente na cabeça, mas em outras ocasiões se manifesta profusamente nas orelhas, nariz e dobras nasolabiais, sobrancelhas, pálpebras e inclusive na parte média do peito.

Nos bebês costuma se manifestar também com muita frequência estes sintomas que são óbvios, mas tanto no seu caso como no dos idosos é possível tratar e que desapareça. O tratamento é simples, mas requer constância para melhorar o estado dessas partes do corpo que são afetadas por esta inflamação cutânea.

O que é dermatite seborreica?
Trata-se de uma condição da pele que provoca certa inflamação e descamação de determinadas regiões da anatomia humana. Manifesta-se em áreas propensas a acumular gordura, como é o caso do couro cabeludo, rosto ou no interior das orelhas. É conhecida também como eczema seborreico, razão frequente para o aparecimento da caspa.

Quando esta se apresenta em recém-nascidos recebe o nome de crosta láctea. Em lactentes costuma ser um processo cutâneo transitório que vai desaparecendo conforme o bebê vai crescendo. Pode afetar tanto os olhos como o nariz e as orelhas e as escamas são especialmente espessas e amareladas.

Sintomas da dermatite seborreica:
O mais evidente é a descamação da epiderme. São produzidas algumas escamas amareladas na área afetada. Isso vem acompanhado por um avermelhamento da pele. Há outros sinais que evidenciam que a pessoa está sofrendo sintomas deste tipo de dermatite: a pele se mostra especialmente gordurosa e oleosa e pode gerar coceira, especialmente quando é infectada alguma das áreas onde estão sendo geradas essas escamas.

Ocorrem casos em que há uma perda evidente de cabelo, para os quais é preciso estar muito atento à combinação de fatores, a fim de saber se é um caso de dermatite seborreica. O melhor é consultar um especialista em distúrbios dermatológicos para que possa avaliar cada caso específico e propor o melhor tratamento.

Causas mais prováveis de dermatite seborreica:
Não há um motivo claro para que se gere este distúrbio da epiderme, mas, sim, é considerado um fator de risco a falta de determinados nutrientes ou alterações hormonais, quando a pessoa apresenta um sistema imunológico debilitado e em situações de problemas do sistema nervoso. O principal ‘acusado’ como causador desta dermatite é o chamado Malassezia, um fungo do tipo levedura, que costuma estar presente em momentos de especial estresse ou cansaço na vida das pessoas.

Existem aspectos ambientais que igualmente podem propiciar o surgimento da dermatite seborreica, como a exposição a condições climáticas extremas, com muito frio ou um calor muito intenso. Também é própria daqueles que já têm problemas de acne, com a pele muito oleosa, aqueles que utilizam shampoo ou limpam a pele com pouca assiduidade, o uso de loções, géis e cremes que contém álcool, em pessoas obesas ou com sobrepeso, assim como naquelas que seguem uma dieta deficiente e/ou que apresentam uma ingestão de álcool maior do que a recomendada.

Estes distúrbios da pele são característicos de pacientes com Parkinson ou com HIV, assim como aqueles que podem ter sofrido um acidente vascular cerebral ou traumatismo craniano, entre outros. Todos eles podem contar com um tratamento para controlar estas manifestações tão evidentes dessa doença que afeta 50% dos adultos em algum momento de suas vidas.

Tratamento e remédios caseiros para a dermatite seborreica:
Para começar a tratar estes casos é importante ter um diagnóstico profissional que nos informe sobre o tratamento da dermatite seborreica. Geralmente, é preciso localizar onde se encontram estas lesões cutâneas e a gravidade das mesmas.

O principal é prevenir e controlar o aparecimento destes distúrbios da pele, para isso é necessário se cuidar bem, especialmente do couro cabeludo. É preciso seguir uma dieta saudável e equilibrada e tratar a superfície cutânea com produtos que previnam o surgimento deste tipo de dermatite. Para isso, encontramos no mercado uma série de produtos muito recomendados para tratar estes casos. São shampoos projetados especificamente para aqueles que apresentam dermatite seborreica e o denominador comum está na incorporação em sua formulação de princípios, como climbazol, piroctona olamina, polidocanol, ácido salicílico e ressarcida, zinco, sulfeto de selênio ou cetoconazol, entre outros.

Há pacientes nos quais o problema pode ser especialmente complexo, para os quais é preciso dar um passo além. O dermatologista pode chegar a ver a necessidade de prescrever outros produtos, como loções que contenham corticoides que tratem a inflamação que se produziu, ou receite algum antifúngico, como o já citado cetoconazol, ácido azeláico ou metronidazol. Estes combatem o fungo já citado no início, o Malassezia, que é um dos principais ‘marcadores’ quando se fala de causadores de dermatite seborreica.

É preciso ser muito constante ao tratar estes casos, pois a dermatite seborreica se trata de um processo crônico que é preciso saber lidar da melhor maneira possível. Para isso, como mencionamos anteriormente, a melhor maneira é prevenir os surtos da doença tentando fazer com que não apareçam os fatores de risco. Uma vez que se manifesta é aconselhável consultar um especialista em doenças cutâneas que nos recomende os melhores tratamentos para estes surtos e exacerbações que são muito frequentes após períodos de total inatividade.

É importante levar em conta que há sempre certas práxis dos pacientes que serão muito benéficas. Poderiam ser descritos como remédios caseiros que não são mais do que levar uma vida saudável, uma boa alimentação e um cuidado adequado da pele.

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sábado, 28 de janeiro de 2017

Saiba como evitar doenças nos olhos durante o verão

Lubrificar pode prevenir contra doenças - Foto: Reprodução | eOtica

Conjuntivite, olhos vermelhos, claridade demais... sem os devidos cuidados o verão pode ser um problema para os olhos. As altas temperaturas nos 'empurram' para a praia ou piscina e é aí que mora boa parte do perigo.

Os ambientes aquáticos podem concentrar diversos micro organismos que provocam infecções oculares. A mais conhecida delas é a conjuntivite, uma inflamação do conjuntivo, membrana que reveste a parte externa do globo ocular.

Para ficar longe do problema, o oftalmologista Armênio Santos indica a utilização de colírio lubrificante ao sair da água. "A solução 'lava' a superfície ocular e alivia os incômodos da inflamação", orienta.

O mesmo vale para a irritação provocada pelo cloro da piscina ou pelo sal do mar e que pode causar vermelhidão, ardência e sensação de olho seco.

Aliás, o colírio lubrificante é um santo remédio também para quem passa muito tempo na frente do computador ou em ambiente com ar condicionado. "Essas condições causam ressecamento e o colírio ajuda muito nessas horas", finaliza o especialista.

por Débora Souza
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Pesquisa de brasileiro pode reduzir incidência de Alzheimer e Parkinson

Alzheimer é uma doença que causa perda de memória - Foto: Divulgação

A pesquisa de um professor brasileiro pode ser um passo importante na descoberta de medicamentos para prevenção de Alzheimer e Mal de Parkinson. O estudo do professor Leandro Bergantin, da Universidade Federal de São Paulo, pretendia elucidar o mecanismo pelo qual os bloqueadores de cálcio, usados para reduzir a pressão arterial, por vezes tinham o efeito contrário, porém, no decorrer do trabalho, ele percebeu que o medicamento poderia ser voltado para doenças neurodegenerativas e psiquiátricas.

“Um importante estudo clínico publicado em 2016 descreveu que pacientes hipertensos, os quais faziam uso de bloqueadores de canais de cálcio, possuíam uma significante redução da incidência de Mal de Alzheimer. A partir dessa nossa descoberta, a qual elucida o enigma do "paradoxo de cálcio", pudemos inferir no mecanismo celular pelo qual os bloqueadores de canais de cálcio também poderiam reduzir a incidência de Mal de Alzheimer”, explicou Leandro Bergantin, doutor em ciência e professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).

O livro publicado a partir da pesquisa, intitulado From discovering “calcium paradox” to Ca2+/cAMP interaction: Impact in human health and disease, esteve entre os mais vendidos da Amazon. Ainda sem versão para o português.

Não há uma previsão para a conclusão dos estudos, que estão sendo feito em parceria com pesquisadores estrangeiros, no entanto, o resultado pode ser um grande avanço para o tratamento de doenças cada vez mais presentes com o envelhecimento populacional.

por Aline Leal - Repórter da Agência Brasil
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Laranja e abacaxi são os que mais desencadeiam intoxicação por agrotóxico

Amostrar de abacaxi registraram alto teor de intoxicação - Foto: Joá Souza | Ag. A TARDE

Estudo feito pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aponta laranja e abacaxi como alimentos com maior risco de provocar intoxicação aguda em razão da presença de agrotóxicos. De 744 amostras analisadas da laranja, 12,1% apresentaram uma concentração de resíduos de agrotóxicos acima dos limites considerados seguros.

No caso do abacaxi, das 240 amostras, 5% foram classificadas como de risco agudo para intoxicação - problemas de saúde causados até 24 horas depois da ingestão. O trabalho foi feito com 25 classes de alimentos mais consumidos no País, como arroz, milho, trigo, abobrinha e beterraba. Ao todo, foram avaliadas 12.051 amostras coletadas entre 2013 e 2015 em 27 Estados e no Distrito Federal.

Os resultados integram o Programa de Análises de Agrotóxicos em Alimentos (Para), criado há 15 anos para avaliar os níveis de resíduos agrotóxicos nos alimentos de origem vegetal no País. Este ano, no entanto, a metodologia foi alterada.

240 amostras
No caso do abacaxi, das amostras, 5% foram classificadas como de risco agudo para intoxicação - problemas de saúde causados até 24 horas depois da ingestão.

A classificação dos resultados passou a separar as irregularidades identificadas nas análises em duas classes. Uma delas analisa o risco de intoxicação aguda, a partir de critérios usados por organismos internacionais. Esta é a primeira vez que a metodologia é usada. Outro critério avalia o uso de agrotóxicos não autorizados para uma determinada cultura. "Isso não implica automaticamente um risco de intoxicação aguda", afirmou o presidente da Anvisa, Jarbas Barbosa.

Até a edição passada do Para, eram considerados de forma conjunta o uso de resíduos acima do limite permitido ou não autorizados para uma determinada cultura.

Barbosa afirma que os resultados encontrados na edição lançada nesta sexta indicam que, de forma geral, o risco de intoxicação aguda pelo uso de agrotóxico é baixo no Brasil. "O que vimos é que apenas em 1% das amostras havia o risco de intoxicação aguda, provocada pelo consumo do produto nas primeiras 24 horas", disse. A maior parcela de problemas, completou, foi causada pelo uso de agrotóxicos sem registro para determinada cultura. O equivalente a 16,7% das amostras.

O presidente da Anvisa afirma que, para determinadas culturas, produtores sentem-se desestimulados a solicitar o registro de determinados agrotóxicos. Isso ocorre principalmente em culturas de baixo retorno econômico. "Esse é um problema enfrentado em todo o mundo. Mecanismos para solucionar esse impasse estão em estudo", disse. Para driblar essa falta de registro, produtores acabam usando agrotóxicos aprovados para outras culturas. "Isso não significa, por si só, que haja um risco para saúde", disse.

Acima do limite
De 744 amostras analisadas da laranja, 12,1% apresentaram uma concentração de resíduos de agrotóxicos acima dos limites considerados seguros.

Barbosa argumentou que todos os agrotóxicos em uso no País já passaram por análises prévias para comprovar que estão livres de riscos de provocar problemas congênitos ou doenças para o consumidor. "Mesmo os produtos já aprovados passam por reavaliações."

O presidente da Anvisa afirmou ainda que os resultados encontrados com laranja e abacaxi devem ser interpretados com cuidado.

Isso porque as amostras, avaliadas em quatro laboratórios, são feitas a partir da análise da polpa e casca triturada dessas frutas. "Boa parte dos agrotóxicos permanece nas cascas. E tanto da laranja quando do abacaxi, não são comestíveis", completou.

A Anvisa pretende analisar os riscos também do risco cumulativo do uso do produto. "Mas, por enquanto, essa metodologia está em desenvolvimento. A expectativa é de que os primeiros resultados desse tipo de análise, em outros países, sejam concluídos em 2017."

por Lígia Formenti
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sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Estudo mostra danos causados pelo cigarro no DNA


Inúmeros estudos já indicavam que o cigarro causa 17 diferentes tipos de câncer, mas agora uma nova pesquisa mostra pela primeira vez os impactos devastadores causados pelo fumo no DNA humano. De acordo com o estudo, publicado nesta quinta-feira, 3, na revista Science, os fumantes que consomem um maço de cigarros por dia acumulam em média, a cada ano, 150 mutações a mais em cada célula do pulmão, em comparação com os pacientes de câncer não fumantes.

De acordo com os autores do artigo, liderados por Ludmil Alexandrov, do Laboratório Nacional de Los Alamos (Estados Unidos), o novo estudo é o primeiro a investigar em larga escala os danos causados pelo fumo às células do corpo humano.

Números importantes
Nos fumantes, além das 150 alterações a mais nas células do pulmão, foram observadas 97 mutações a mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e seis em todas as células do fígado.

"Até agora, nós tínhamos um amplo volume de evidências epidemiológicas que ligavam o fumo ao câncer, mas agora podemos de fato observar e quantificar as alterações moleculares causadas pelo cigarro no DNA", disse Alexandrov.

A pesquisa demonstrou pela primeira vez como o cigarro leva ao desenvolvimento de tumores, ao provocar mudanças celulares nos tecidos expostos direta ou indiretamente à fumaça do cigarro. Além de medir a extensão dos genéticos, os cientistas também identificaram diversos mecanismos diferentes pelos quais o cigarro causa mutações no DNA dos fumantes, levando ao câncer. Para fazer a pesquisa, a equipe usou supercomputadores para analisar o genoma de mais de 5 mil amostras de células com câncer.

Embora a maior taxa de mutações tenha sido verificada nos pulmões, o estudo mostra que outras partes do corpo também apresentam mutações associadas ao fumo, explicando por que o cigarro causa tantos tipos diferentes de tumores. Nos fumantes, além das 150 alterações a mais nas células do pulmão, foram observadas 97 mutações a mais na laringe, 39 na faringe, 23 na boca, 18 na bexiga e seis em todas as células do fígado.

Segundo Alexandrov, ficou claro que as mutações causadas pelo cigarro levam ao câncer por diversos mecanismos diferentes. "Fumar cigarros danifica o DNA em órgãos diretamente expostos à fumaça, além de acelerar o relógio celular que controla as mutações nas células, afetando assim órgãos direta e indiretamente expostos à fumaça", explicou o cientista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

por Fábio de Castro
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Pesquisa - "Imãs substituem antibióticos contra infecções"

Já pensou em substituir os antibióticos - caros e com riscos de efeitos colaterais e de tornar as bactérias resistentes - e ter as infecções curadas por ímãs ?


Os primeiros testes laboratoriais com essa nova terapia - bem-sucedidos e promissores - acabam de ser realizados por uma equipe internacional incluindo médicos do Instituto EMPA (Suíça), Instituto Adolphe Merkle e Escola de Medicina de Harvard (EUA).

A terapia envolve injetar nanopartículas magnéticas de ferro no sangue do paciente. As nanopartículas ligam-se às bactérias, que são então removidas do sangue usando campos magnéticos gerados do lado de fora do corpo.

Ímãs contra sepse
A sepse, ou septicemia - também conhecida como "envenenamento do sangue" -, é uma condição de infecção generalizada que é fatal em mais de 50% dos casos, mas pode ser curada se tratada em uma fase inicial. A maior prioridade, portanto, é agir rapidamente.
Por isso, os médicos costumam administrar antibióticos tão logo se suspeite de envenenamento do sangue, sem tempo para determinar se é realmente uma sepse bacteriana. Como em muitos casos não é, essa medida necessária de emergência acaba aumentando o risco de resistência bacteriana aos antibióticos.

Por isso, Inge Herrmann e sua equipe estão trabalhando no desenvolvimento de uma solução alternativa sem a necessidade de usar antibióticos - eles chamam sua técnica de "purificação magnética do sangue".

Purificação magnética do sangue
O princípio é, pelo menos na teoria, muito simples. As nanopartículas de ferro são revestidas com um anticorpo que detecta e se liga às bactérias nocivas no sangue.

Decorrido um tempo suficiente para que as bactérias sejam capturadas, elas são removidas do sangue magneticamente.

Mas, até agora, havia um porém: os cientistas só haviam conseguido preparar as partículas magnéticas com anticorpos para reconhecer um único tipo de patógeno - mas muitos tipos diferentes de bactérias podem estar envolvidas na septicemia.

Finalmente, a equipe do professor Gerald Pier (Harvard) conseguiu desenvolver um anticorpo que pode se ligar a quase todas as bactérias que podem desencadear a septicemia - desta forma, se houver uma suspeita de sepse, o tratamento magnético poderia ser iniciado imediatamente, independentemente de qual patógeno está realmente no sangue.

Esse anticorpo polivalente permitiu finalmente que a equipe tivesse sucesso na filtragem das bactérias patogênicas do sangue, resultando em um procedimento semelhante à diálise.

Riscos das partículas de ferro
A equipe alerta que a nova terapia ainda não está suficientemente madura para ser usada em pacientes.
Na próxima etapa do trabalho, eles pretendem fazer testes para ver se algumas partículas permanecem no sangue após a extração magnética. Isto porque o requisito fundamental para essas capturadoras de bactérias é claro: elas não podem prejudicar o corpo humano.


Nos primeiros testes, feitos em culturas de células (in vitro), as nanopartículas de ferro se degradaram completamente após cinco dias.

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Pesquisa - "O apêndice e o sistema imunológico"

Um órgão bem conhecido, mas largamente desprezado, pode estar prestes a mudar de categoria.


O apêndice humano, uma bolsa estreita que se projeta fora do ceco no sistema digestório, tem uma má reputação por sua tendência a se inflamar (apendicite), muitas vezes exigindo remoção cirúrgica.

Embora os cientistas o descrevam como um órgão residual, com função pouco conhecida e que a evolução estaria se incumbindo de fazer desaparecer, novas pesquisas sugerem que o apêndice pode servir a um propósito importante.

Em particular, ele funciona como um reservatório para bactérias intestinais benéficas, aquelas mesmas que agora se sabe terem importante função protetora contra doenças como Parkinson e Alzheimer, e até mesmo estabelecer uma ligação com o cérebro.

Apêndice e evolução
Várias outras espécies de mamíferos têm igualmente um apêndice, e estudar como ele evoluiu e como funciona nessas espécies pode lançar alguma luz sobre este órgão misterioso nos humanos.

Uma equipe internacional de pesquisa reuniu dados sobre a presença ou ausência do apêndice e outros traços gastrointestinais e ambientais em 533 espécies de mamíferos. Eles mapearam os dados em uma filogenia - uma árvore genética - para rastrear como o apêndice evoluiu através da evolução dos mamíferos e tentar determinar por que algumas espécies têm um apêndice, enquanto outras não o têm.

O que se revelou é que o apêndice evoluiu independentemente em várias linhagens de mamíferos - mais de 30 vezes de forma independente. E, uma vez que apareceu, ele quase nunca desaparece de uma linhagem.

Isto sugere que o apêndice provavelmente serve a uma finalidade adaptativa, não sendo meramente um resquício prestes a sumir.

Analisando os fatores ecológicos, como dieta, clima, a sociabilidade de cada espécie e onde ela vive, foi possível rejeitar várias hipóteses previamente propostas pelos cientistas para tentar vincular o apêndice a fatores alimentares ou ambientais.

Apêndice com função imunológica
Em lugar das situações previstas pelas teorias científicas, o que os dados mostraram é que as espécies com um apêndice têm maiores concentrações médias de tecido linfoide (imunológico) no ceco. Isto indica que o apêndice pode desempenhar um papel importante como um órgão imunológico secundário. O tecido linfático também pode estimular o crescimento de alguns tipos de bactérias intestinais benéficas, fornecendo mais evidências de que o apêndice pode servir como um refúgio seguro para as bactérias intestinais úteis.

Também ficou claro que os animais com certos formatos de ceco (cônico ou em forma de espiral) são mais propensos a ter um apêndice do que os animais com um ceco redondo ou cilíndrico. Portanto, a equipe concluiu que o apêndice não está evoluindo sozinho, mas como parte de um "complexo ceco-apendicular" maior, que inclui o apêndice e o ceco como um conjunto.

O estudo, liderado pela professora Heather Smith, da Universidade Meio-Oeste do Arizona (EUA), foi publicado na revista científica Comptes Rendus Palevol.

(Diário Da Saúde)
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Contra obesidade, França proíbe máquinas de refil de refrigerante

Medida tem como objetivo limitar, especialmente entre jovens, riscos de obesidade, sobrepeso e diabetes, de acordo com recomendações da OMS

Passa a ser ilegal a venda de refrigerantes ilimitados a um preço fixo em território francês (Mario Tama/Getty Images)

Restaurantes e outros espaços de atendimento ao público na França foram proibidos de oferecer bebidas açucaradas ilimitadas. A medida do governo francês faz parte de esforço para reduzir a obesidade no país. A nova lei foi publicada na última quinta-feira no Diário Oficial francês e passa a valer a partir de hoje. A regra inclui refrigerantes, isotônicos com adição de açúcar ou de edulcorantes (substância adoçante).

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o número de pessoas obesas na França (15,3%) é inferior à média da União Europeia (15,9%), mas não para de crescer. A quantidade de obesos do país é menor que a do Reino Unido (20,1%), mas continua maior do que a da Itália (10,7%). A OMS recomenda taxar as bebidas açucaradas, relacionando-as à obesidade e ao diabetes.

A medida afeta desde as redes de fast-food até as cantinas escolares. O objetivo da lei é “limitar, especialmente entre os jovens, os riscos de obesidade, sobrepeso e diabetes” de acordo com as recomendações da OMS.

Quase 57% dos homens franceses com mais de 30 anos estão com sobrepeso ou obesos, de acordo com um relatório publicado em outubro pela revista médica francesa Bulletin Epidemiologique Hebdomadaire. Já entre as mulheres, 41% na mesma faixa etária também apresentam sobrepeso ou obesidade, segundo o estudo.

Em 2014, o governo mexicano passou a taxar em 10% os refrigerantes, o que reduziu o consumo em 6% no primeiro ano. Um projeto para proibir bebidas açucaradas de tamanho “super grande”em Nova York foi barrado por um tribunal em 2013.

(Da redação)
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quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Como evitar novos de câncer de mama com um comprimido por dia

Um estudo publicado na revista médica Lancet revelou que um comprimido de anastrozol por dia pode evitar 120.000 novos casos de câncer de mama.

Prevenção câncer de mama (iStockphoto/Getty Images)

A revista médica Lancet revelou há cerca de dois anos que uma medicação, chamada anastrozol, pode reduzir em 53% o risco de câncer de mama em um grupo específico de mulheres pós-menopausa. Essas pessoas fariam parte de uma população de alto risco para a doença. Essa informação já era bem conhecida por especialistas na área de câncer de mama, mas ganhou proporções de escândalo quando publicada em letras garrafais na capa de um tabloide popular na Inglaterra, em 29 de novembro passado. A notícia acrescenta, em tons sensacionalistas, que o medicamento custa 4 pence (menos de 2 reais) por dia.

Em primeiro lugar, a notícia é verdadeira. Fascinante foi a forma encontrada para divulgá-la para a população. O Daily Mirror é um jornal focado em fofocas sobre famosos, notícias policiais e varias páginas de esporte. Londrinos são vistos diariamente lendo esse jornal barato nas intermináveis jornadas de metrô. Seria o último lugar em que eu esperaria ver uma notícia dessas publicada, especialmente como manchete na capa. Parece que algo está mudando no comportamento da classe média inglesa, aliás, no mundo todo. Notícias sobre saúde invadem meios de comunicação diariamente, inclusive no Brasil, indicando o interesse crescente das pessoas sobre assuntos que dizem respeito à prevenção e novos tratamentos para doenças graves. Portanto, nada mais chamativo do que um remédio barato que evita um dos tipos mais comuns e aflitivos de câncer, como o de mama.

Vamos aos fatos. O estudo indica que um grupo importante de mulheres teria risco aumentado para câncer de mama. O Daily Mirror estima que 39 000 mulheres nesse grupo evitariam câncer de mama ao receber essa medicação. O número de 120 000 casos do título é uma extrapolação minha baseado na população brasileira em comparação com a britânica.

Como saber se você tem risco aumentado para câncer de mama? Seu médico hoje tem acesso a aplicativos muito simples que são capazes de calcular seu risco para câncer nos próximos cinco anos e o risco de ter câncer até os 90 anos. O modelo de Gail é o mais utilizado. Esse modelo leva em conta algumas informações muito simples, como idade da primeira menstruação, se algum familiar próximo teve câncer de mama, a sua idade e se você já fez biopsia de mama. O seu médico não leva mais que um minuto para aplicar esse teste, e, de acordo com o escore obtido, ele pode saber se seu risco é alto para câncer. Vale a pena ressaltar que esse modelo tem imperfeições, mas vem funcionando muito bem para estimar grupos de alto risco em mulheres que não tiveram câncer de mama.

Há mais de uma década o modelo de Gail auxilia os médicos a saber que mulheres de alto risco se beneficiam muito com o uso do tamoxifeno. Esse medicamento, se tomado por cinco anos, reduz o risco de câncer em mulheres de alto risco em cerca de 50% se elas estão antes da menopausa e de 38% se já estão menopausadas. O anastrozol funciona melhor em mulheres pós-menopausa e a redução de risco atingiu 53% no estudo médico referido acima, ou seja, bem superior à prevenção observada com o tamoxifeno.

Se medicamentos baratos como esses conseguem evitar câncer, por que não são usados naturalmente nessas pacientes ? Há diversas explicações.

Em primeiro lugar, mesmo no Reino Unido, cujo sistema de saúde é gratuito e onde esses medicamentos podem ser comprados a custos muito baixos, 40% dos médicos relutam em prescrevê-los temendo efeitos colaterais. No Brasil, o tamoxifeno pode ser obtido pelo sistema de saúde, mas não o letrozol, que custa bem mais caro. No caso do anastrozol, os efeitos colaterais são muito menos importantes do que aqueles causados pelo tamoxifeno. Mas mesmo no caso do tamoxifeno, os efeitos colaterais não costumam ser percebidos pela maioria das pacientes, e quando ocorrem, esses efeitos costumam ser leves. Algumas poucas pacientes de fato não toleram a medicação. Em relação a essas duas drogas, se os efeitos sentidos forem muito desagradáveis, basta interromper-suspender a medicação e a situação se normaliza em poucos dias.

E compreensível que médicos se preocupem com as medicações que estão prescrevendo, mas no caso desses dois remédios os riscos são muito pequenos se comparados com o tamanho do beneficio. Se pesarmos os efeitos negativos com a realidade que mais da metade das mulheres de alto risco que passaram da menopausa não terão câncer de mama, me parece uma proposta muito interessante. Prevenir custa mais barato e evita sofrimento físico e psicológico, além de efetivamente salvar vidas.

Todos sonhamos com medicamentos que podem evitar que tenhamos câncer. Mas desejamos medicamentos 100% seguros, daí a busca desenfreada por complexos de vitaminas, dietas especiais ou compostos naturais. O fato é que nenhuma dessas substâncias se provou eficiente em reduzir o risco de câncer até o momento.

Eu acredito que, presentemente, medicações como tamoxifeno e anastrozol são a melhor chance de evitarmos câncer de mama. São dados científicos. Mas é claro que cada caso deve ser analisado na sua individualidade pelo médico, por causa dos efeitos colaterais de medicamentos que terão de ser tomados por cinco anos.

Tão importante quanto os resultados desses remédios é a constatação de que podemos desenvolver medicamentos de uso simples e de baixo custo que previnam contra o flagelo que é o câncer. É muito provável que em poucos anos possamos diminuir acentuadamente os casos dessa doença por meio de prevenção individual, baseada no risco de cada um. É uma notícia para ser celebrada, mesmo que divulgada para a população por tabloides populares.

Por Bernardo Garicochea
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Médicos retiram tumor raro de garota brasileira de 3 anos

Segundo os médicos responsáveis pela cirurgia, feita no rosto da garota, a transformação é "notável".

O tumor maligno era agressivo e danificou a mandíbula de Melyssa, que teve que ser reconstruída usando uma placa de titânio (KSLA News/Reprodução)

Uma equipe de médicos retirou com sucesso um tumor facial raro que desfigurava o rosto de uma menina brasileira de 3 anos. A operação realizada na paulistana Melyssa Delgado Braga durou cerca de 10 horas e foi realizada no último dia 20 de dezembro, sem custos, em um hospital do estado de Louisiana, nos Estados Unidos. Os detalhes sobre a recuperação da garota foram divulgados pelos médicos nesta terça-feira. O cirurgião responsável pelo procedimento, Celso Palmieri, é brasileiro e decidiu ajudar a menina após ver uma notícia relatando a busca da família de Melyssa por ajuda para fazer o tratamento no exterior.

Melyssa era vítima de um tumor maligno agressivo chamado de sarcoma desmoide que, além de alterar profundamente sua face, danificou sua mandíbula, que teve que ser reconstruída com uma placa de titânio. Segundo Palmieri, o tamanho do tumor chamou a atenção. “Quando o retiramos, pesava mais que 2 quilos. E isso em uma menina que não deve pesar nem 11 quilos no total”, disse à rede de TV local KSLA. De acordo com os médicos, a transformação na aparência da garota é “notável”.

O cirurgião buscou ajuda do chefe do departamento do centro de pesquisa da Universidade Estadual de Louisiana, onde é pesquisador, em setembro, após ler sobre o drama da menina em sites de notícias do Brasil. Seu colega então fez contato com o hospital Willis-Knighton Health System, que já havia ajudado outros casos de repercussão internacional, que concordou em fazer a cirurgia. A instituição não cobraria pelo procedimento e ofereceria hospedagem à família de Melyssa.

Pela internet, o médico procurou os pais da menina para dar a boa notícia. “Gastei uma hora procurando eles nas redes sociais. Consegui o contato com a família e, um mês depois, eles estavam na cidade de Shreveport prontos para a cirurgia”, disse à emissora. Os pais de Melyssa haviam lançado uma campanha para custear seu tratamento, que obteve 94.546 reais. Segundo a equipe médica, a menina ainda precisará passar por outras cirurgias no futuro.

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Depressão e ansiedade aumentam o risco de morte por câncer

Pessoas que sofrem de depressão e ansiedade têm maior risco de morrer de câncer de intestino, próstata, pâncreas e esôfago

Os autores do novo estudo ressaltam que ainda não é possível provar um vínculo de causa e efeito entre o estado psíquico de uma pessoa e o câncer, mas afirmam que esses resultados se somam a vários indícios que apontam a existência de interações entre a saúde física e mental. (iStock/Getty Images)

Pessoas que sofrem de depressão ou ansiedade correm maior risco de morrer de alguns tipos de câncer. De acordo com um estudo publicado nesta quinta-feira na revista científica British Medical Journal (BMJ), pacientes que declararam sofrer problemas psicológicos eram mais propensos a morrer de câncer de intestino, próstata e pâncreas.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Universidade College London, na Inglaterra, Universidade de Edimburgo, na Escócia e Universidade de Sydney, na Austrália, analisaram dezesseis estudos que realizavam um acompanhamento de uma determinada população por uma dezena de anos, totalizando 163 363 adultos na Inglaterra e em Gales.

A equipe, dirigida por David Batty, epidemiologista da University College de Londres, focou seu estudo nos casos de câncer que dependem dos hormônios ou que estão relacionados ao estilo de vida do paciente. Vários estudos anteriores sugerem que o desequilíbrio hormonal que gera a depressão conduz a uma produção mais elevada de cortisol e inibe os mecanismos naturais de reparação do DNA, o que enfraquece as defesas diante do câncer. Também há dados de que entre as pessoas depressivas é mais comum o tabagismo, o consumo de álcool e a obesidade, três fatores de risco para o câncer.

Aumento expressivo do risco de morte
Os resultados do novo estudo mostraram que as pessoas que sofriam sintomas de depressão e ansiedade corriam um risco 80% maior de morrer de câncer de intestino, e eram duas vezes mais propensas a falecer de um câncer de próstata, pâncreas ou esôfago. Os resultados permaneceram os mesmos após serem considerados outros fatores como o estilo de vida, sexo, idade, peso e situação socioeconômica.

Embora os autores ressaltem que o estudo foi apenas observacional e, portanto, não prova um vínculo de causa e efeito entre o estado psíquico de uma pessoa e o câncer, eles afirmam que os resultados se somam a vários indícios que apontam a existência de interações entre a saúde física e mental.

Outras pesquisas apontam ainda para a existência de uma relação entre os sintomas da depressão e os transtornos de ansiedade e a incidência de doenças cardiovasculares.

Os especialistas indicaram que também não é possível excluir uma causalidade inversa, ou seja, que a depressão seja provocada pelos sintomas de um câncer que ainda não foi diagnosticado.

(Com AFP)
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2017

‘Hormônio do romance’ pode ajudar a tratar problemas sexuais

Um novo estudo mostrou que injeções do hormônio kisspeptina estimulam a resposta do cérebro a situações românticas e sexuais

Um estudo britânico mostrou que a kisspeptina, conhecida como hormônio da puberdade, pode ser um potencial tratamento contra infertilidade associada a fatores psicossexuais e até contra depressão. (iStock/Getty Images)

A kisspeptina, proteína responsável pela liberação da cascata de alterações bioquímicas que levam à puberdade e também conhecida como “hormônio do romance“, pode ajudar no tratamento de problemas sexuais em homens. Um estudo publicado recentemente no periódico científico Journal of Clinical Investigation mostrou que injeções do neuropeptídio estimulam a resposta do cérebro a situações sexuais ou românticas.

Para chegar a essa conclusão, pesquisadores da Imperial College London, na Inglaterra, administraram injeções de kisspeptina em 29 homens saudáveis e, em seguida, analisaram sua resposta cerebral a imagens românticas e sexuais. Imagens cerebrais coletadas por ressonância magnética mostraram um aumento da atividade cerebral em regiões estimuladas pela excitação sexual e pelo romance. O mesmo efeito não ocorreu quando os voluntários viram imagens não sexuais.

Segundo Waljit Dhillo, líder da pesquisa, “o cérebro desempenha um papel importante na reprodução, mas esse papel é apenas parcialmente compreendido”. Esses resultados mostram que a kisspeptina é um potencial tratamento para impotência relacionada a fatores emocionais.

Possível tratamento
“Nossas descobertas iniciais são novas e animadoras, pois indicam que kisspeptina estimula algumas das emoções e respostas que levam ao sexo e à reprodução. Em última análise, estamos interessados em saber se kisspeptina pode ser um tratamento eficaz para transtornos psicossexuais e, potencialmente, ajudar inúmeros casais”, disse Dhillo.

O estudo mostrou ainda que o hormônio também parece estar envolvido na regulação do humor e na redução da negatividade, sugerindo que sua administração pode ajudar no combate à depressão.

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