Foi descrito pela primeira vez em 1955, mas voltou a ser mais estudada nos últimos anos, sendo que seus sintomas mais freqüentes são: fome noturna, a pessoa come mais da metade das calorias do dia no período entre 20h e 6h, dificuldade de pegar no sono, falta de apetite pela manhã, alterações de humor, depressão, ansiedade e falta de energia.
Estudos sugerem que essa síndrome pode ser desencadeada pelo estresse e que seus sintomas tendem a desaparecer quando o problema é resolvido ou atenuado. Chegar a afetar 1,5% da população geral, mas está presente em 10% dos obesos e 27% dos obesos mórbidos.
As pessoas que sofrem desse mal costumam não tomar café da manhã e ficam horas sem comer após despertar. Consomem muitas calorias durante a noite, em vários episódios, e beliscam principalmente alimentos ricos em carboidratos refinados e gorduras.
Curiosamente, nem sempre as pessoas que sofrem dessa síndrome têm consciência do que fazem e só descobrem o que ocorreu quando encontram restos de comida no quarto, pratos sujos na cozinha ou pacotes de bolacha vazios pela casa.
O tratamento ainda é incerto, mas o que se recomenda é a combinação de psicoterapia cognitiva comportamental, com objetivo de melhorar as causas de ansiedade e estresse, aconselhamento e uso de medicamentos anti-depressivos se necessário
Filippo Pedrinola é endocrinologista, formado pela Faculdade de Medicina da USP, diretor médico do The Balance Spa Punta Del Este e membro da American Thyroid Association Endocrine Society , da Associação Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) e Associação Brasileira de Estudos sobre Obesidade (ABESO). |
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