quarta-feira, 30 de maio de 2012

Risco de depressão é maior na 3ª idade

Pessoas com mais de 60 anos têm mais chance de sofrer de depressão, que pode estar acompanhada de outros problemas físicos, mas novos tratamentos vêm registrando bons resultados e devolvendo a qualidade de vida aos idosos. O tema será debatido durante o Seminário Apsen, que faz parte da programação do 18º Congresso Brasileiro de Geriatria e Gerontologia – Envelhecimento: oportunidades, desafios e conquistas, que acontece entre os dias 22 e 25 de maio, no Rio de Janeiro.

“A depressão pode ocorrer em qualquer idade, mas a incidência em pessoas com mais de 60 anos está crescendo, principalmente por causa do envelhecimento populacional. Nessa faixa etária, muitas vezes pioram as condições de vida, além de surgirem outras enfermidades. Infelizmente, nem sempre o aumento da expectativa de vida é acompanhado do aumento da qualidade de vida”, explica o psiquiatra Frederico Navas Demetrio, do Hospital das Clínicas (HC-FMUSP).

Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que a expectativa de vida do brasileiro é de pelo menos 73,4 anos. Em 2020, estima-se que o país terá 30 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Projeções da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que, em 2030, a depressão será a enfermidade mais prevalente do planeta.

Entre os sintomas da doença estão insônia, ansiedade e isolamento social. “Não podemos considerar a apatia como uma característica do envelhecimento. É preciso procurar um especialista, para que ele possa investigar as causas dos sintomas e indicar o melhor tratamento. E principalmente seguir as orientações médicas”, aconselha o médico Frederico Navas Demetrio.


Tratamento
A maioria dos pacientes responde positivamente ao tratamento, que pode incluir psicoterapia e antidepressivos. Um dos medicamentos mais utilizados no mundo é a trazodona, comercializada no Brasil como Donaren. A trazodona é uma boa alternativa para os pacientes com intolerância aos efeitos anticolinérgicos dos antidepressivos tricíclicos (ADTs).

Pesquisas comprovam que a trazodona não afeta a libido, não aumenta o peso, melhora a qualidade do sono e diminui a ansiedade. Outro diferencial da trazodona é que o medicamento, diferentemente dos benzodiazepínicos, não causa dependência química e, em muitos casos, é utilizado para tratar a dependência de pacientes dessa classe de medicamentos.
“Vale destacar que o apoio da família nesse momento é fundamental para que o tratamento tenha bons resultados, pois, nessa fase da vida, muitos idosos se sentem sozinhos e desvalorizados”, finaliza o psiquiatra Frederico Navas Demetrio.

Por Lais
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