quinta-feira, 31 de julho de 2008

Dieta mediterrânica «a morrer»


Os seguidores da dieta mediterrânica na sua região de origem caiu de tal forma nos últimos 45 anos que «se encontra em estado agonizante», segundo um estudo da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), escreve a Lusa.

O estudo do economista Joseg Schmidhuber, da FAO, destaca que a dieta mediterrânica, baseada em frutas, peixe, legumes frescos e azeite, tem seguidores em todo mundo, mas que é «cada vez mais ignorada na região onde foi criada».

De acordo com o autor do estudo, esta tendência tem levado a um aumento do excesso de peso e dos casos de obesidade nas populações do Mediterrâneo.

O país onde simultaneamente se consomem mais e se gastam menos calorias é a Grécia, que, segundo o documento da FAO, é o país da UE com a média mais alta de Índice de Massa Corporal (IMC), sofrendo três em cada quatro gregos de excesso de peso ou de obesidade.

Mais da metade dos italianos, espanhóis e portugueses sofrem igualmente de excesso de peso, sublinha o relatório, adiantando que, ao mesmo tempo, se registou um notável aumento de calorias e da carga glicérica nas dietas das populações do Norte da África e do Médio Oriente.

Dieta mediterrânica ajuda a controlar asma
Dieta mediterrânica reduz entre 12 e 24 por cento risco de cancro

O relatório de Joseg Schmidhuber destaca também que nenhum dos países da UE segue a recomendação referente ao limite da contribuição energética dos lípidos na dieta diária.

Estas gorduras - que são indispensáveis para a vida e podem ser encontrados em alimentos de origem animal (gordura da carne, lacticínios, ovos e peixe), em óleos, manteiga, natas ou fruta oleaginosa (amendoins, amêndoas, avelãs e azeitonas) - não devem ultrapassar 30 por cento do total das necessidades diárias em calorias, lembra o estudo.

Porém, os hábitos alimentares em Espanha, Grécia e Itália ultrapassam «amplamente» esse limite e as suas populações têm vindo a converter-se nos «maiores comilões» de gorduras na Europa, lamenta o relatório.

Entre 1962 e 2002, a ingestão diária de calorias nos 15 países da Europa aumentou cerca de 20 por cento, de 2.960 quilocalorias para 3.340. Em Espanha, Grécia, Itália, Chipre, Malta e Portugal, que «inicialmente eram países mais pobres que os seus vizinhos do norte, o aumento do consumo foi de 30 por cento», precisa o documento.

O aumento do salário, o desenvolvimento dos supermercados, as mudanças nos sistemas de distribuição de alimentos, o facto de as mulheres trabalhadoras terem menos tempo para cozinhar e o hábito de comer com maior frequência fora de casa são alguns dos factores apontados por Schmidhuber que levaram à mudança dos costumes alimentares.

Ao mesmo tempo, lembra que a necessidade calórica diária diminuiu, que as pessoas fazem menos exercício físico e têm um estilo de vida mais sedentário.
Os seguidores da dieta mediterrânica na sua região de origem caiu de tal forma nos últimos 45 anos que «se encontra em estado agonizante», segundo um estudo da Organização da ONU para a Alimentação e a Agricultura (FAO), escreve a Lusa.

O estudo do economista Joseg Schmidhuber, da FAO, destaca que a dieta mediterrânica, baseada em frutas, peixe, legumes frescos e azeite, tem seguidores em todo mundo, mas que é «cada vez mais ignorada na região onde foi criada».

De acordo com o autor do estudo, esta tendência tem levado a um aumento do excesso de peso e dos casos de obesidade nas populações do Mediterrâneo.

O país onde simultaneamente se consomem mais e se gastam menos calorias é a Grécia, que, segundo o documento da FAO, é o país da UE com a média mais alta de Índice de Massa Corporal (IMC), sofrendo três em cada quatro gregos de excesso de peso ou de obesidade.

Mais da metade dos italianos, espanhóis e portugueses sofrem igualmente de excesso de peso, sublinha o relatório, adiantando que, ao mesmo tempo, se registou um notável aumento de calorias e da carga glicérica nas dietas das populações do Norte da África e do Médio Oriente.

Dieta mediterrânica ajuda a controlar asma
Dieta mediterrânica reduz entre 12 e 24 por cento risco de cancro

O relatório de Joseg Schmidhuber destaca também que nenhum dos países da UE segue a recomendação referente ao limite da contribuição energética dos lípidos na dieta diária.

Estas gorduras - que são indispensáveis para a vida e podem ser encontrados em alimentos de origem animal (gordura da carne, lacticínios, ovos e peixe), em óleos, manteiga, natas ou fruta oleaginosa (amendoins, amêndoas, avelãs e azeitonas) - não devem ultrapassar 30 por cento do total das necessidades diárias em calorias, lembra o estudo.

Porém, os hábitos alimentares em Espanha, Grécia e Itália ultrapassam «amplamente» esse limite e as suas populações têm vindo a converter-se nos «maiores comilões» de gorduras na Europa, lamenta o relatório.

Entre 1962 e 2002, a ingestão diária de calorias nos 15 países da Europa aumentou cerca de 20 por cento, de 2.960 quilocalorias para 3.340. Em Espanha, Grécia, Itália, Chipre, Malta e Portugal, que «inicialmente eram países mais pobres que os seus vizinhos do norte, o aumento do consumo foi de 30 por cento», precisa o documento.

O aumento do salário, o desenvolvimento dos supermercados, as mudanças nos sistemas de distribuição de alimentos, o facto de as mulheres trabalhadoras terem menos tempo para cozinhar e o hábito de comer com maior frequência fora de casa são alguns dos factores apontados por Schmidhuber que levaram à mudança dos costumes alimentares.

Ao mesmo tempo, lembra que a necessidade calórica diária diminuiu, que as pessoas fazem menos exercício físico e têm um estilo de vida mais sedentário.

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Britânicos testam droga que retarda avanço de Alzheimer


Plantão | Publicada em 29/07/2008 às 21h53m
BBC

Cientistas britânicos desenvolveram uma droga que pode retardar o avanço do mal de Alzheimer.

Testes da droga, conhecida como 'rember', em 321 pacientes mostraram que houve uma diferença de 81% na taxa de deterioração mental em comparação aos que não receberam tratamento.

Os pesquisadores da Universidade de Aberdeen, na Escócia, disseram que a droga age sobre o acúmulo de uma proteína específica no cérebro.

Especialistas no mal de Alzheimer estão otimistas com os resultados, mas disseram que são necessários agora testes mais amplos para confirmar sua eficácia.

Ao apresentar sua pesquisa na Conferência Internacional sobre o Mal de Alzheimer, em Chicago, Claude Wischik disse que a droga pode ser lançada no mercado até 2012.

Testes

Pacientes com sintomas considerados leves ou moderados da doença receberam 30, 60 ou 100 miligramas da droga ou um placebo.

A dose de 60 miligramas foi a que produziu efeitos mais evidentes - em 50 semanas (cerca de um ano) foram registrados sete pontos de diferença em uma escala usada para medir a gravidade da doença.

Dados

Imagens obtidas com ressonância magnética sugeriram que a droga pode ter seu maior efeito em partes do cérebro responsáveis pela memória.

A ligação entre o acúmulo de uma proteína dentro das células nervosas no cérebro e o mal de Alzheimer foi feita, pela primeira vez, há mais de cem anos.

Mais tarde verificou-se que a proteína, chamada Tau, se acumula dentro das células envolvidas na memória, destruindo-as no processo.

Rember, ou Cloreto de metiltionina, é o primeiro tratamento formulado especificamente para agir sobre Tau.

Outros tratamentos para o mal de Alzheimer tendem a se concentrar no combate a uma proteína no cérebro, beta-amilóide, conhecida por formar plaquetas duras. O mais recente trabalho sugere que atuar sobre Tau pode produzir melhores resultados.

Testes mais amplos da droga estão sendo programados para começar em 2009, e pesquisadores também estão investigando o seu papel na prevenção da doença.

Clive Ballard, chefe de pesquisa da Alzheimer's Society, disse que este "é um grande desenvolvimento novo no combate à demência".

Segundo ele, o resultado dos testes "sugere que a droga pode ter o dobro da eficácia do que qualquer tratamento disponível atualmente".

segunda-feira, 28 de julho de 2008

A gordura também tem seu lado bom. Confira

As grandes restrições de gordura podem causar desequilíbrios no organismo

Grande parte dos indivíduos que resolvem iniciar uma atividade física tem como um de seus principais objetivos a diminuição da gordura corporal. Com este intuito, muitas vezes são observadas dietas com grandes restrições de gordura, podendo causar um grande desequilíbrio no organismo

Entre as funções das gorduras da dieta está o transporte de algumas vitaminas, denominadas de lipossolúveis (dissolvidas em gordura), sendo estas as vitaminas A, D, E e K. Quando há uma baixa ingestão de gordura na alimentação, pode-se causar uma situação de hipovitaminose (carência de vitaminas), o que pode refletir em uma série de patologias e na diminuição da performance esportiva, por exemplo. Isto ocorre não somente por não haver a fonte de vitamina, mas também por não se conseguir absorver as mesmas, mesmo que estas tenham origem em outras fontes que não gordurosa, pois sem gordura na alimentação a vitamina disponível não pode ser devidamente absorvida. Uma ingestão de cerca de 20 gramas diárias de gordura costuma ser suficiente para atender as demandas de vitaminas do organismo, mas pode não ser suficiente para atender as necessidades de energia, outra função vital das gorduras.

No organismo as gorduras são essenciais também para a manutenção da temperatura corporal, pois elas funcionam como isolante térmico para o organismo. Além disso, é delas a função de proteção de órgãos vitais, tais como coração, fígado, rins, baço, cérebro e medula espinhal e são essenciais para a produção de grande parte dos hormônios, substâncias reguladoras da maior parte das funções do organismo.

Dentre todas as funções da gordura a que parece ser a mais importante é a de fonte energé-tica. As gorduras nada mais são do que a forma com a qual o organismo encontrou de armazenar energia. Desta forma, todo o excesso de nutrientes consumido através da dieta é guardado em depósitos pelo organismo. Quando este excesso é feito através de outros nutrientes que não a gordura (carboidratos e proteínas), estes são convertidos em gordura antes de serem armazenados. Estes depósitos são utilizados constantemente, pois a todo o momento é necessário energia para o bom funcionamento do organismo.

A principal dúvida da maior parte dos indivíduos é a de como eliminar estas reservas de energia, esta gordura que se acumula. A primeira notícia é de que a gordura não pode ser eliminada, pois ela é vital para a vida. O que se pode fazer é diminuir o conteúdo de gordura corporal até determinados valores que não comprometam a saúde do organismo. Sabendo-se que as gorduras do organismo tratam-se de reservas de energia, existem duas maneiras de utilizá-las.

A primeira maneira seria através da diminuição do consumo total de calorias da dieta, consumindo-se menos do que se gasta o organismo será "forçado" a utilizar as reservas de energia do organismo. Ao se diminuir o consumo de calorias deve-se evitar a restrição total das gorduras da dieta, pois estas são importantes para a saciedade do organismo e com isto estão associadas à diminuição da fome, o que pode ser característico em dietas com restrição de calorias.

A outra maneira de diminuir as reservas de gordura do organismo seria através do exercício, principalmente aquelas atividades aeróbias, de baixa à moderada intensidade, sobretudo as de longa duração. Neste tipo de exercício, que pode ser exem-plificado pela corrida, a principal fonte de energia utilizada é a gordura, principalmente à medida que se prolonga a atividade. É importante lembrar da avaliação de composição corporal. Através dela, sabemos a quantidade de gordura total e qual a classificação do cliente.

A gordura dos alimentos é muito apreciada por todos pela sua propriedade de aumentar a palatabilidade dos alimentos, ou seja, comer gordura é uma delícia!! Pensando nisto, procure comê-la moderadamente, sem esquecer que ela é importante para a manutenção do seu organismo, mas que em excesso pode fazer mal para ele.
Fonte: Diário do Povo

sábado, 26 de julho de 2008

Por um Rio Grande livre do cigarro

Na próxima sexta-feira, 29, os órgãos de saúde em todo o Brasil se voltam a combater uma das principais causas de doenças e de morte no País: o consumo do cigarro. O Dia Nacional de Combate ao Fumo terá como foco este ano o tema "Ambiente 100% Livre de Fumo: um direito de todos". Em Rio Grande, o Programa Municipal de Controle do Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) realiza a campanha "Por um Rio Grande livre do Cigarro", desenvolvendo uma série de ações com intuito de alertar a comunidade para os malefícios do tabaco. "Nosso objetivo é que Rio Grande acorde e busque restringir cada vez mais o uso do cigarro", afirma a coordenadora do programa, a médica Heloísa Soler.
A programação se inicia na sexta-feira, 29, quando as seis lojas dos supermercados Guanabara passam a expor cartazes e trabalhos sobre o “Tabagismo”, desenvolvidos por estudantes de escolas públicas. Em uma parceria do programa com a Secretaria Municipal de Educação e Cultura (Smec) e 18ª Coordenadoria Regional de Educação, durante todo o dia, os alunos estarão distribuindo folhetos à comunidade rio-grandina com orientações e estímulo para que os fumantes deixem o vício.
Nesse dia, o programa também irá entregar placas de incentivo com o tema da campanha nacional, "Ambiente 100% Livre de Fumo: um direito de todos", aos proprietários de ambientes onde a restrição do fumo já é realidade, como no Bar e Restaurante Larus, no balneário Cassino, o Salão de Beleza Perfil e a rede de supermercados Guanabara, parceiros na ação preventiva por não comercializarem cigarros.
O programa, juntamente com a Unimed Litoral Sul, realiza a palestra "Cigarro: fácil começar, difícil abandonar", com a médica pneumologista Maria Eunice Oliveira, do Hospital Conceição de Porto Alegre, às 20h. No evento, que será dirigido a profissionais da saúde, será enfocada a importância da abordagem de médicos, enfermeiros, dentistas, entre outros, a pacientes fumantes incentivando esses a deixarem o vício. Na ocasião, os participantes irão receber também um material informativo sobre a campanha local. A palestra acontece no auditório da Unimed, na rua Aquidaban, 692.
Ainda no dia 29, uma das empresas locais de ônibus estará expondo imagens que são mostradas nas carteiras de cigarro, alertando quanto aos perigos do uso do fumo.
Em vista da campanha, desde ontem, 25, até o dia 1º de setembro, o Banco do Brasil estará imprimindo nos extratos retirados dos terminais eletrônicos e nos comprovantes de pagamento do funcionalismo municipal a frase: "Ar puro é um direito de todos. Não fume".
Por fim, no dia 14 de setembro, fazendo parte da 2ª Etapa do 19º Gran Corridas de Rua, em parceria com a Associação Corredores de Rua do Rio Grande (ACORRG), será realizada a rústica "Por um Rio Grande Livre do Cigarro".

Melina Brum Cezar

sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mau hálito atinge quase metade dos brasileiros. Você faz parte desta estatística?

Sai pra lá com esse bafo!

Ui, não deu certo! Você bem que tentou ficar perto dele(a), mas o mau hálito da pessoa afastou toda e qualquer possibilidade de conversa. Você ofereceu Halls, Tic-tac, Mentos e Trident para driblar o "bafo de onça", mas nada disfarçou. A situação fica ainda pior se ele(a) não percebe o odor! Mas afinal, você sabe por que as pessoas sofrem deste problema e como ele surge?

Veja só: Um levantamento da Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais (ABPO) envolvendo 1600 pessoas mostra que o mau hálito atinge 40% dos brasileiros, sendo 17% até 12 anos; 41% de 12 a 65 anos; e 71% acima de 65 anos, devido à redução da função das glândulas salivares. A halitose, nome verdadeiro do "bafo", sempre foi uma preocupação das pessoas, interferindo diretamente na qualidade do relacionamento pessoal. Então essa é a oportunidade de entender porque você, seu amigo ou o seu namorado tem mau hálito.

Os principais tipos (causas) de halitose são: Matinal; da fome ou do regime; língua saburrosa* (saburra lingual); gengivite (além de cáries, placas dentárias e outros fatores); diabetes; perturbações do sistema gastrointestinal; alimentos de odor carregado (cebola, etc.), tabagismo, estresse (sim, estresse!) e falta de higiene oral.

É um sintoma constrangedor e indica, na maioria das vezes, que há algumas alterações no organismo, podendo ser fisiológica, patológica ou apenas uma questão de higiene. Todo hálito desagradável nem sempre é uma doença ou significa uma anormalidade. Pode ser que seja um indicativo de que algo no organismo não vai bem e precisa ser diagnosticado e tratado. O cheiro desagradável na boca varia com o período do dia e a idade da pessoa.

Muitas vezes ocorrem alterações do hálito em pessoas normais, pela manhã, quando em jejum ou quando com fome, em decorrência do baixo teor de glicogênio (que guarda açúcar) no organismo. O comer e escovar os dentes pela manhã remove a halitose pela ação da língua e da limpeza pela saliva durante a mastigação (por isso é sempre bom comer alguma coisa ao acordar). Caso algum odor permaneça após a quebra do jejum matinal, merece cuidados especiais quanto ao diagnóstico, tratamento e controle. Dietas ricas em lipídios (gorduras) derivados do leite podem causar odores muitas vezes desagradáveis.

O estresse também é considerado um fator de importância e decisivo quando o assunto é mau hálito, devido ao aumento da liberação de adrenalina, que inibe o funcionamento das glândulas salivares (o volume da saliva diminui), causando a redução do fluxo salivar em maior ou menor grau. Está associada a 85% das causas de mau hálito.

Halitose e hábitos alimentares
Para a manutenção de um bom hálito, seria ideal diminuir o espaço de tempo dado entre as refeições e fazer pequenas refeições a cada 3 horas. Assim, as reservas de carboidratos estarão sendo supridas evitando a manifestação de halitose causada pela queima de gordura, devido à queda dos níveis de glicose (açúcar).

Além de forçarem a mastigação, as fibras estimulam mecanicamente o funcionamento das glândulas salivares e favorecem o bom funcionamento intestinal. Podemos observar também que as pessoas quase não têm o hábito de consumirem frutas “in natura”. Elas consomem as frutas coadas nos sucos, deixando de exercer a função mastigatória, além diminuir a ingestão de nutrientes, uma vez que são perdidos durante este processamento.

A ingestão em excesso de estimulantes do sistema nervoso central, como café, bebidas a base de cola e similares podem causar danos ao organismo, bem como prejudicar o suprimento sangüíneo das glândulas salivares e a qualidade do sono, pois algumas pessoas apresentam sensibilidade maior à capacidade dessas substâncias de estimular. Pessoas que dormem mal alteram o seu metabolismo, prejudicando o bom funcionamento orgânico e podendo ter o quadro de mau hálito agravado.

Diagnóstico
Algumas características devem ser levadas em consideração: orientação do uso correto do fio dental, técnicas de escovação, orientação da dieta alimentar, hábitos alimentares, limpeza da língua para a remoção da saburra lingual, exame clínico e sondagem periodontal.

Observar locais de sangramento gengival, presença de cárie,exame de toda mucosa bucal e observar descamação bucal. O tipo de odor poderá orientar o diagnóstico, como, por exemplo, o hálito cetônico refere a diabetes e, portanto, devemos levar em consideração o encaminhamento médico.

O diagnóstico da halitose está relacionado com um cuidadoso exame clínico bucal, porém não podemos esquecer que a halitose tem diversas causas, portanto a importância da interação entre as especialidades médicas e odontológicas para o tratamento é fundamental. O diagnóstico bem elaborado e atento permite identificar causas e orientar o tratamento.

*Halitose por língua saburrosa: Formação de material branco ou amarelado, que se deposita na língua. A saliva exerce papel importante na halitose, já que atua como um detergente natural da cavidade bucal. A redução de fluxo salivar favorece a maior formação de saburra lingual.

Você conhece alguém que tenha mau hálito? Já deu um toque na pessoa? E você, que tem halitose, como faz para amenizar o problema?

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Consumo de soja pode afetar fertilidade, diz estudo

Plantão | Publicada em 24/07/2008 às 09h05m
BBC

Um estudo realizado por cientistas da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, sugere que homens que consomem produtos à base de soja podem ter o número de espermatozóides reduzido pela metade.

A pesquisa, publicada na revista científica Human Reproduction, analisou o sêmen de 99 homens com idade média de 36 anos e comparou a concentração de espermatozóides com a quantidade de soja consumida na dieta de cada um nos três meses anteriores à análise.

Segundo os pesquisadores, a concentração considerada "normal" de espermatozóide no sêmen fica entre 80 e 120 milhões por mililitro.

No entanto, a equipe observou que os participantes que consumiam em média uma porção de comida à base de soja em dias alternados apresentavam uma redução de 41 milhões no número de espermatozóides.

Apesar da redução, o estudo indica que o consumo de soja não afetou a mobilidade ou morfologia do esperma, nem o volume de ejaculação.

Hormônio

De acordo com Jorge Chavarro, que coordenou o estudo, uma substância química chamada isoflavona, presente em alimentos à base de soja como o tofu ou o leite, podem interferir na produção de esperma.

Ele explica que essas substâncias, também chamadas de fitoestrogênios, podem ter efeitos similares aos do estrogênio e reproduzir sua ação no organismo, o que afetaria a produção do esperma.

Chavarro observou ainda que os homens obesos que participaram da pesquisa eram ainda mais suscetíveis estes efeitos, o que poderia indicar que um nível alto de gordura no corpo também poderia aumentar a produção de estrogênio nos homens.

"Esses dados sugerem que um maior consumo de alimentos à base de soja e isoflavonas da soja está associado à redução na concentração de esperma", afirma o estudo.

Fertilidade

Apesar dos resultados, o estudo aponta que, em algumas regiões da Ásia, o consumo de soja era consideravelmente superior ao máximo consumido pelos voluntários observados na pesquisa.

O professor de Andrologia da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, Allan Pacey, afirmou que se a soja realmente tivesse um efeito prejudicial na produção de esperma, a fertilidade em algumas regiões asiáticas também seria afetada e não há nenhuma prova de que isso esteja acontecendo.

"Muitos homens estão obviamente preocupados sobre como sua dieta ou estilo de vida poderia afetar sua fertilidade por reduzir o número de espermas. Os compostos de estrogênio na comida ou no ambiente já são motivo de preocupação há muitos anos", disse.

"Teremos que observer a dieta adulta com mais cautela. Apesar de que o fato de várias áreas do mundo terem a soja como uma parte essencial de suas dietas e não aparentam sofrer de nenhuma alta no índice de fertilidade em relação aos países ocidentais sugere que, se há algum efeito, é muito pequeno", afirmou Pacey.

Estudo cria vacina contra câncer a partir de planta do tabaco

Plantão | Publicada em 22/07/2008 às 06h17m
BBC

A planta do tabaco, matéria-prima da substância responsável por milhões de casos de câncer, pode oferecer uma vacina para tratar uma das formas da doença, sugere um estudo da Universidade de Stanford, no Estado americano da Califórnia.

Os pesquisadores usaram a planta para como "fábrica" - ou incubadora - de um anticorpo químico capaz de combater linfoma folicular de célula-B, um tipo de câncer do grupo de linfomas não-Hodgkin.

As células deste tipo de câncer possuem uma característica peculiar: se reproduzem criando clones idênticos que carregam o mesmo anticorpo na sua superfície exterior. Essa "marca" é peculiar a este tipo de câncer e não é encontrada em células saudáveis.

A estratégia da vacina criada a partir da folha do tabaco é injetar os anticorpos do câncer no paciente diagnosticado com a doença, estimulando o seu sistema imunológico para reconhecer e destruir as células do linfoma.

A vacina está na fase inicial de testes e foi utilizada em apenas 16 pacientes para testar os efeitos colaterais dos anticorpos produzidos pelas plantas. O resultado da primeira fase foi publicado nesta semana na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences.

Fábrica

Para fazer a planta produzir a vacina, os cientistas isolam a célula cancerígena do paciente em laboratório, extraem o gene responsável pela produção do anticorpo e o injetam no chamado "vírus do mosaico do tabaco" - um parasita que ataca as células das plantas e se reproduz rapidamente.

Os cientistas então infectam a planta com o vírus e as células afetadas começam a produzir grandes quantidades do anticorpo. Depois de alguns dias, os anticorpos são extraídos das folhas do tabaco e injetados no paciente.

Segundo os pesquisadores, são necessárias apenas algumas plantas para produzir a quantidade de vacina necessária para tratar um paciente.

No entanto, cada pessoa produz um tipo diferente de anticorpo e, por isso, cada paciente precisaria de uma vacina personalizada.

De acordo com o estudo, o processo de produção da vacina em plantas é vantajoso porque não sai caro e é rápido.

"É uma tecnologia bem bacana e é muito irônico um tratamento para câncer feito com base em tabaco. Isso me chamou a atenção", disse Ronald Levy, que lidera a equipe de cientistas.

Para o professor Charles Arntzen, da Universidade do Arizona, a velocidade do processo de produção da vacina poderia levar os pacientes a esperar por sua vacina personalizada em vez de tentar outro tipo de tratamento.

Um porta-voz da Cancer Research UK, entidade beneficente britânica de fomento a pesquisas sobre câncer, afirmou que são necessárias mais pesquisas para avaliar o efeito real da vacina.

"Enquanto esses resultados são potencialmente muito empolgantes, os testes foram feitos em pequena escala, estão em estágio inicial e não avaliaram se a vacina realmente reduz o tamanho dos tumores", afirmou o porta-voz.

"Esse estudo oferece uma boa base, mas uma pesquisa maior será necessária para testar o sucesso dos anticorpos produzidos pelas plantas em combater o linfoma não-Hodgkin", concluiu.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Emagreça 5 kg em um mês tomando chá


Alcachofra
Cabelo de milho
Cascara sagrada
Carqueja

Ferva 2 copos de água, ponha 1 colher de sopa cheia de cada uma das quatro ervas e deixe em infusão durante 20 minutos, beba 3 vezes ao dia, após cada refeição, durante 15 a 20 dias. Fique sem tomar durante 1 semana e depois desse tempo pode continuar.
Emagrece porque essas ervas tem o poder de queimar as calorias e ajudar o estômago a digerir melhor os alimentos..

Você encontra essas ervar em lojas de produtos naturais, dê preferência para as embaladas, que tenham nome do fabricante.

Salada Verde


Ingredientes
1 pé de alface crespa; 1 pé de alface americana; 1 maço de agrião; 1 mamão cortado em cubos; 10 amêndoas.
Tempo de Preparo
10 minutos
Rendimento
6 porções
Modo de Preparo
Lave as folhas e coloque numa saladeira. Jogue por cima o mamão e as amêndoas. Bata no liquidificador as sementes do mamão com sal, mostarda e um pouco de água. Distribua o molho pela salada e sirva.
Total de Calorias
42,2 Kcal por porção
Observações
Receita da Revista Viva Melhor A1C<7 - Publicação da Aventis Pharma Ltda.

Casquinha de Siri

Ingredientes
1e ½ xíc. (chá) rasa de leite desnatado; 1 e ½ colher (sopa) de molho inglês; 1 colher (sopa) cheia de queijo parmesão; 2 pires chá carne de siri; 1 ½ colher (sopa) de margarina light; ½ cebola pequena; 1 tomate médio; 3 colheres (sopa) de creme de leite light; ½ colher (sopa) de farinha de rosca; 1 colher (sopa) rasa de farinha de trigo.

Rendimento
4 porções
Modo de Preparo
Misture o queijo ralado com a farinha de rosca e reserve. Em uma panela derreta a margarina, acrescente a cebola e o tomate (sem sementes) picado e refogue. Acrescente a carne de siri, tempere com sal e molho inglês. Dissolva a farinha de trigo no leite e adicione ao refogado mexendo bem até engrossar. Acrescente o creme de leite (sem soro) e mexa até obter uma mistura homogênea. Coloque a mistura em um refratário, polvilhe o queijo ralado e leve ao forno para gratinar. Se preferir, coloque em casquinha de siri e leve ao forno para gratinar.
Total de Calorias
167,25 por porção
Observações
Receita do site Diabetes, Nós Cuidamos.

Diabetes, o inimigo oculto do roteirista José Louzeiro

Tatiana Clébicar - O Globo Online
RIO - Aos 72 anos, depois de 15 sem passar por um médico, o escritor José Louzeiro enfrentou um problema que pode atingir quase 14 milhões de brasileiros: as complicações do diabetes tipo 2 levaram à amputação de sua perna direita, do pé esquerdo e de dedos da mão e ainda provocaram uma perda temporária da visão. Apesar disso, o roteirista de "Lúcio Flávio" e "Pixote" faz um relato otimista de seu drama no livro "Diabetes: inimigo oculto". Com a intimidade de quem chama a oponente de "dona Morte", ele conta como a alta de glicose no sangue transformou sua vida.
- Esta é uma doença solerte. Ela é mortal e silenciosa. Eu nunca havia tido problemas e, de repente, tive uma crise violentíssima provocada por uma alta de glicose. A taxa ultrapassou os 320 mg/dl - diz ele, sobre o índice que, em pessoas saudáveis, fica entre 80 mg/dl a 99 mg/dl.
No livro, ele lembra que se orgulhava de dizer que não tinha a doença sempre que perguntavam: "Imagine! Por que teria diabetes se nunca fui de beber, a não ser socialmente, e os doces nunca estiveram na minha preferência (...). Engano meu. Os inimigos ocultos já estava fazendo a festa 'dentro da minha pessoa', como diria o sábio malandro da Lapa".
Para o endocrinologista Leão Zagury, situações como a enfrentada por Louzeiro podem ser evitadas se as pessoas fizerem exames e valorizarem o resultado ainda que levemente alterado:
" O controle estrito dos níveis de açúcar no sangue é a melhor forma de se prevenirem as complicações. "

- O mais importante é o diagnóstico precoce. Para os portadores de diabetes tipo 1, há insulinas modernas, mais próximas com a que sintetizada pelo organismo, e de mais rápida absorção. Para os portadores do tipo 2, há inúmeros medicamentos que aumentam e melhoram a secreção da insulina e do glucagon, um hormônio produzido pelas células alfa do pâncreas, que interage com a a taxa de glicose. O controle estrito dos níveis de açúcar no sangue é a melhor forma de se prevenirem as complicações.
Tratamento com especialista
Zagury afirma que um dos maiores problemas é o tratamento não especializado. Ao apresentar um exame de glicose alterado, a pessoa deve procurar um endocrinologista.
- Vejo muita gente tratando diabetes com o cardiologista. Anos depois aparecem as complicações. Às vezes, um médico que não é especialista se depara com um nível de glicose um pouquinho alterado e não valoriza. Uma pessoa que apresente uma taxa entre 100mg/dl e 126 mg/dl tem intolerância à glicose e é um candidato a diabetes. O controle e a mudança de hábitos devem começar logo.

Nova droga contra câncer de próstata é 'maior avanço em 70 anos'


Tratamento 'beneficiaria até 80% de pacientes

De: BBC Brasil


Fonte Tamanho Maior Fonte Tamanho Normal Fonte Tamanho Menor

Novo medicamento é eficiente contra formas agressivas do câncer.
Cientistas britânicos afirmam ter testado com sucesso um novo medicamento que traz esperança para pacientes com câncer de próstata avançado.

A droga, conhecida como Abiraterone, está sendo considerada o maior avanço no tratamento da doença nos últimos 70 anos.

Segundo a equipe do Instituto de Pesquisas do Câncer, em Londres, até agora todos os tratamentos contra câncer de próstata se concentravam no bloqueio da produção da testosterona, hormônio sexual produzido nos testículos cuja ação alimenta o crescimento do câncer.

No entanto, os cientistas descobriram que outros hormônios, inclusive o produzido pelo próprio tumor, também contribuem para seu crescimento e disseminação.

O novo remédio age bloqueando vários hormônios sexuais produzidos por diferentes partes do corpo masculino.

Redução do tumor

O estudo, divulgado na publicação científica Journal of Clinical Oncology, realizou experimentos com 21 pacientes de câncer de próstata avançado.

Dois anos e meio mais tarde, os especialistas verificaram uma redução significativa do tumor e uma queda nos níveis de uma proteína maléfica produzida pelo câncer.

Muitos voluntários relataram uma melhora significativa na qualidade de vida. Alguns deles puderam até suspender o consumo de morfina para aliviar a dor provocada pela propagação do câncer para os ossos.

Um dos pacientes envolvidos no tratamento, Richard Pflaum, contou à BBC ter sentido uma melhora significativa em sua qualidade de vida.

"Antes, minha mulher tinha de calçar as minhas meias e eu precisava de uma bengala para andar curtas distâncias", disse.

"Hoje eu ando sozinho, já comecei a me exercitar e me sinto quase como uma pessoa normal."

Os especialistas acreditam que o novo tramento tem potencial de beneficiar até 80% dos pacientes com uma forma agressiva da doença atualmente resistente à quimioterapia.

O coordenador da pesquisa, Johann de Bono, espera que o Abiraterone esteja disponível no mercado em dois ou três anos na forma de comprimido.

Bono disse, no entanto, que os resultados devem ser comprovados com novos testes. Atualmente, outros 1,2 mil pacientes em várias partes do mundo estão sendo tratados com a droga, ele acrescentou.

"Acreditamos já ter dado um grande passo no avanço do tratamento de pacientes com câncer de próstata terminal", disse Bono.

"Esses homens carregam uma forma muito agressiva do câncer, excepcionalmente difícil de tratar e quase sempre fatal."

Anvisa cancela registro do antiinflamatório Prexige


Último Segundo
O antiinflamatório Prexige do laboratório Novartis teve o registro cancelado em todo o PaísA Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou, nesta terça-feira (22), o cancelamento do registro, em todo o País, da apresentação de 100 mg do antiinflamatório Prexige (Lumiracoxibe), do Laboratório Novartis. A apresentação de 400 mg fica suspensa por 90 dias. A medida é motivada pelas incertezas a respeito da segurança hepática do medicamento e acompanha as decisões dos principais cenários regulatórios internacionais.

A Anvisa esclarece que os consumidores que estiverem fazendo uso do medicamento devem procurar seus médicos para que procedam à substituição do produto sem interromper o tratamento. No mercado brasileiro, existem alternativas, com perfil de eficácia e segurança mais bem definido, para todas as indicações do Prexige.

No Brasil, o antiinflamatório Lumiracoxibe tem indicações aprovadas para tratamento de osteoartrite (um tipo de artrite), da dor aguda e da dismenorréia (cólica menstrual) primária. Estava disponível nas apresentações de 100mg (embalagens com 20 comprimidos) e 400mg (embalagens com 4 e 7 comprimidos).

O Prexige teve seu registro aprovado no Brasil em julho de 2005 e já foi vendido em 35 países. Hoje, apenas seis países de todo o mundo mantém a sua comercialização: México, Colômbia, Equador, República Dominicana, Brasil e Bahamas. A retirada do medicamento por vários países foi iniciada após o recebimento de oito notificações hepáticas graves pela agência reguladora da Austrália, Therapeutic Goods Administration (TGA).

De acordo com nota divulgada pela agência, desde agosto de 2007, quando a agência australiana determinou o cancelamento do registro do medicamento naquele país, a Anvisa tem monitorado as ocorrências de reações adversas associadas a ele, exigindo relatórios mensais sobre a segurança do produto.

De janeiro de 2007 a abril de 2008, houve um aumento significativo no número de reações hepáticas notificadas. Em janeiro de 2007, o número de reações notificadas era de 16, em agosto deste mesmo ano passou para 93, chegando a 211 em abril de 2008.

Em maio, foram concluídas as últimas análises da Anvisa sobre o medicamento e, em julho, finalizados dois pareceres que recomendaram o cancelamento do registro no Brasil – um da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme), órgão consultivo da Agência, e outro da área de Farmacovigilância da Agência.

Apresentados na reunião da Diretoria Colegiada da Anvisa desta terça-feira (22), os pareceres motivaram a decisão do órgão colegiado.

Números

As notificações relacionadas ao Prexige, acumuladas no período de julho de 2005 a abril de 2008, totalizam 3585 casos de reações adversas, sendo 1013 destes casos considerados graves (28%). A relação do último período (abril/2008) é maior: dos 85 casos notificados, 34 eram graves (40%).

Dos 3585 casos notificados, 1265 são do Brasil, o que representa 35% dos casos. Os estabelecimentos que não atenderem à determinação da Anvisa estarão sujeitos às penalidades previstas na Lei 6437/77, como multas de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão e demais sanções.

Viagra é eficaz para problemas sexuais de mulheres depressivas


CHICAGO, EUA (AFP) — O Viagra, conhecido por seus efeitos contra a impotência masculina, mostrou-se eficaz para tratar as disfunções sexuais nas mulheres depressivas, segundo estudo publicado nos Estados Unidos.

Efeito secundário freqüente dos antidepressivos, a falta de apetite sexual é uma das principais razões pelas quais os pacientes depressivos põem fim a seus tratamentos, de acordo com estudo publicado pelo JAMA, Journal of American Medical Association.

Os pesquisadores testaram o Viagra em 98 mulheres que apresentavam problemas em sua vida sexual, como a falta de excitação ou dores durante o ato sexual.

A metade do grupo recebeu um placebo, a outra metade tomou durante oito semanas um comprimido de Viagra uma a duas horas antes de manter relação sexual.

Aproximadamente 73% das mulheres que tomaram o placebo não sentiram nenhuma melhora, enquanto que a mesma sensação foi descrita por apenas 28% das mulheres que haviam tomado Viagra.

Embora algumas se queixassem de dores de cabeça ou náuseas, nenhuma abandonou o teste devido aos efeitos secundários, segundo o principal autor do estudo, o professor George Nurnberg, da escola de medicina da Universidade do Novo México.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Carne suína: Consumo per capita aumenta quase 64% em 15 anos

19/08/2008 19:17

De vilã ela passa ao posto de opção saudável na alimentação, podendo até ser incluída nos cardápios de escolas e hospitais

A carne suína está cada vez mais presente na mesa do brasileiro. Nos últimos 15 anos, o consumo passou de oito para 13,1 quilos por habitante/ano, um crescimento de 63,75%. Os números parecem expressivos, mas não é esta a leitura da Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). A entidade afirma que o mercado consumidor interno está aquém do que poderia ser. Segundo a ABCS, quase 50% da população brasileira prefere o sabor da carne suína. No entanto, 36% consome carne bovina.

A timidez ante aos suínos está aliada a fatores como preconceito, preço, conveniência, formato e associação com a obesidade. A falta de informação sobre o poder nutricional da carne suína e como é o processo produtivo dentro das granjas, ajudaram a criar uma visão errônea do produto. Mas a ABCS encontrou um modo de reverter o quadro.

Para criar um volume maior de apreciadores, a entidade lançou a Campanha ''em sete cidades, inclusive Curitiba. O objetivo é reestruturar a forma como o produto é comercializado no Brasil e acabar com certos mitos. O plano foi elaborado a partir de uma pesquisa com consumidores que apontou os hábitos e uma mudança de atitude do cliente em relação ao produto. Entre os resultados um dado que fez a cadeia produtiva repensar: o consumidor quer cortes diferenciados.

Um dos entraves, é a apresentação tradicional em peças grandes, como os pernis de oito quilos focados em Páscoa e festas de fim de ano. A campanha trouxe para mais perto do brasileiro, cortes já conhecidos e aprovados como a picanha, strogonoff, medalhão, alcatra, coxão mole, carne moída premium sem resíduos de gordura, entre outros.

''O brasileiro quer consumir uma carne bem cortada, preparada com capricho, em porções menores. Estamos trabalhando com frigoríficos nesta linha e com o consumidor no combate à idéia que a carne faz mal à saúde'', afirma o diretor do marketing da ABCS, Fernando Barros. Ele diz que a campanha privilegiou a formatação de dados que contribuissem para entender melhor os desejos de compra do brasileiro. A revisão dos cortes nasceu de uma leitura de informações da Associação Brasileira dos Supermercados (Abras).

Segundo análise da própria Abras, citando o IBGE, a família brasileira diminuiu de tamanho, passando de 2,4 filhos por família em 1980, para 1,4 filhos, em média, hoje. Ao lado disso, a mulher conquistou um novo papel na sociedade - trabalha fora, tanto quanto o marido e não tem tempo de se dedicar à cozinha como antes. Outro fato importante baliza o comportamento do consumidor: a empregada doméstica deixou a condição de trabalhadora permanente para transformar-se em diarista semanal, voltada apenas para o serviço pesado. Assim, os alimentos da família são comprados semi-prontos ou prontos.

Proteínas são mais digestíveis: Um estudo da professora da Faculdade de Engenharia de Alimentos da Unicamp (Campinas, SP), Neura Bragagnolo, mostra que carne suína faz bem à saúde humana e que pode ser incluída em dietas, cardápios de restaurantes, escolas e até hospitais. Ela afirma que o nível de colesterol da carne suína é praticamente igual ao da carne de frango e da carne bovina e, em alguns cortes, sem gordura, o teor é ainda menor.

Por exemplo, o pernil suíno possui 50 mg de colesterol para cada 100 gr de carne, enquanto a carne escura do frango possui 80mg e o coxão duro de bovino 56 mg. Já o toucinho é o menos perigoso com 56 mg de colesterol contra 104 mg da pele de frango. ''Com estes dados desmistificamos que o suíno é um grande vilão da saúde'', comenta a pesquisadora. Além disso, as proteínas da carne suína são mais digestíveis (94%) que o feijão (78%) ou que o trigo integral (86%). Com relação às vitaminas, uma porção de 100gr de carne suína fornece 63% das necessidades diárias de vitamina B1 em homens e 86% em mulheres, fornecendo também boa parte das vitaminas B2 e B3, importantes no crescimento em crianças e no metabolismo, além de redução do risco de doenças coronárias, entre outros benefícios.

De acordo com dados da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS), dos 13,1 quilos de carne por habitante consumidos no Brasil, apenas três quilos equivalem à carne fresca. O restante são embutidos, como presuntos, linguiças e salsichas. Além disso, o consumo total do País é considerado baixo se comparado com outras regiões. Cerca de 40% dos humanos consomem este tipo de proteína, segundo a FAO (organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação). Na Áustria, o consumo é de 73,1 quilos por habitante; na Espanha, 66 quilos; e no Paraguai, 26 quilos por habitante/ano.

''Trabalhamos orientados por consumidores cada vez mais exigentes. A Europa acaba de restringir drasticamente a utilização de antibióticos no processo de criação, ao mesmo tempo em que crescem as considerações sobre conforto animal. A carne suína brasileira alcança 76 países - por si só um demonstrativo de que estamos conseguindo acompanhar os rigorosos padrões estabelecidos pelo mercado internacional'', avalia o presidente da ABCS, Rubens Valentini.
Fonte : Folha de Londrina.

domingo, 20 de julho de 2008

Nutrição – O que você precisa saber

O maior tabu na dieta dos diabéticos caiu por terra há muito tempo: o de que eles não podem comer carboidratos. Eles podem comer, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva.


No início...

“O homem é sempre sua própria doença. O que sofre da doença doce, quando a urina é sacarina, quase sempre é um temperamento auto-indulgente, que tem origem numa recusa egoística de cuidar dos outros, a não ser dele próprio. Assim, os outros não o amam e para satisfazer seu natural e humano desejo de amor come os doces da terra, em vez dos doces do espírito. Nada podemos fazer senão prescrever as carnes mais magras, os legumes e frutas que menos amido contenham e restringir ou omitir os doces. Pouco, entretanto, se consegue, a não ser a penosa privação e o prolongamento de uma vida restrita, a não ser que o paciente tenha um enfraquecimento do espírito e assim se habilite a amar, para além de si próprio”.

(Médico de Homens e de Almas, de Taylor Caldwel)

Nos dias de hoje...

Não é difícil imaginar um médico da era antes de Cristo discursando dessa forma sobre a dura sina de um diabético, descrevendo os sintomas da doença e finalmente, resumindo o único tratamento disponível, na época, à restrição extrema de alimentos.

Na era pré-insulínica, o rigor da restrição calórica, em geral, e dos carboidratos, em particular, levava à desnutrição dos pacientes e, mesmo assim não impedia a alta mortalidade dos diabéticos dependentes de insulina e a alta morbidade dos não insulino-dependentes.

Atualmente, a orientação nutricional dos pacientes com diabetes se aproxima muito daquela direcionada às pessoas sem a doença, da mesma idade e sexo. “Quando o médico restringe as calorias das dietas dos pacientes com diabetes, está tratando a obesidade desse paciente, e não o diabetes. Quando restringe a ingestão de gorduras, está mirando nos distúrbios do perfil lipídico, e não no diabetes. Quando o endocrinologista recomenda a ingestão de proteínas em 15-20% do valor calórico total não está fazendo nada de diferente em relação à prescrição de dietas para pessoas sem diabetes”, afirma a endocrinologista Ellen Simone Paiva.

Finalmente, o maior tabu na dieta dos diabéticos já caiu por terra há muito tempo - diz a médica - o de que eles não podem comer carboidratos. “Eles podem, inclusive, comer os ‘temidos’ açúcares simples, como a glicose, a frutose e até a sacarose”, diz a especialista, que também é médica nutróloga.

Vivendo com qualidade

Isso não significa que as pessoas com diabetes devam viver como se não tivessem a doença, pelo contrário, isso significa que elas devem se alimentar melhor para terem mais saúde. Quando um paciente de 50 anos, obeso e hipertenso, procura o endocrinologista para tratamento, ele deve ser orientado a seguir uma dieta muito parecida a de uma pessoa que não tem diabetes. Se for diabético, o médico dará maior atenção ao fato de que ele tem maior risco coronariano, pela associação de fatores de risco.

A primeira preocupação na dieta do diabético é o valor calórico desta. Se ele tem peso normal, as calorias serão calculadas no sentido de manter peso, ou seja, em média 1800 calorias para uma mulher jovem e 2500 para um homem jovem. “Esse cálculo é variável, na dependência do paciente praticar ou não exercícios físicos. Se o paciente tem sobrepeso ou obesidade, o médico, geralmente, calcula um déficit calórico de cerca de 500-700 calorias”, complementa Ellen Simone Paiva.

A orientação nutricional para esse paciente deve prever 3 refeições e 2-3 lanches. Esses lanches também podem ser negociados com o paciente. Uma vez que dependem de sua fome, preferências e disponibilidade. Até o rigor nos horários das refeições dos diabéticos tem sido reduzido, uma vez que, no mercado, estão disponíveis drogas orais que podem ser tomadas minutos antes das mesmas e até insulinas que fornecem a cobertura basal, independente das refeições, e insulinas que também podem ser aplicadas no momento da refeição.

O que é permitido comer?

O resultado de tantos avanços tecnológicos e medicinais é a possibilidade de oferecer mais conforto e comodidade para a vida do paciente com diabetes. “A mulher diabética que prepara o almoço de domingo para os filhos e netos, agora já pode aguardar por eles e para almoçarem, juntos, às 15 horas, ao invés de comer sozinha ao meio dia, porque seu tratamento não lhe permitia almoçar mais tarde”, afirma a médica que é mestra em nutrição e diabetes pela USP.

Atenção às frutas

As frutas, muitas vezes, são uma armadilha para a dieta dos diabéticos. É comum o paciente classificá-las como alimentos muito saudáveis, que podem ser ingeridos à vontade. Na verdade não podem. Assim como os não diabéticos, eles devem consumir em média 4 porções de frutas por dia, “pois apesar de muito saudáveis, as frutas são calóricas e podem dificultar a perda de peso nos obesos e a titulação da insulina nos pacientes insulino-dependentes”, informa Ellen Paiva.

Ingestão de bebidas alcoólicas

O consumo do álcool tampouco deve ser abolido do cotidiano do paciente com diabetes compensado. Doses seguras são de até duas doses diárias para o homem e até uma dose para mulher, o que representa uma média de 15-30g de álcool. “É importante lembrar que nunca devem ingerir álcool sem comer, devido ao risco da hipoglicemia e que o álcool fornece cerca de 7 calorias por grama consumida. Essas orientações não são aplicáveis aos pacientes com diabetes descompensado, e àqueles com triglicérides elevados ou com risco de abuso ou dependência”, adverte a endocrinologista.

Consumo de arroz e doces...

É preciso ensinar ao paciente diabético que o arroz não faz mal, só quando consumido em grande quantidade. E que os doces não devem ser abolidos de seus cardápios, a menos que o paciente esteja descompensado ou obeso, bem como no caso dos não diabéticos. “Doces gordurosos devem ser restringidos quando ocorrer elevação das gorduras do sangue, assim como nas pessoas não diabéticas”, diz a médica.

O tratamento nutricional dos pacientes com diabetes deve ser individualizado, respeitando seus hábitos, preferências nutricionais, perfil metabólico, tipo de medicamento utilizado, peso corporal e estilo de vida. A esse paciente deve ser dado o direito de entender como manipular sua dieta e a possibilidade de ser feliz, convivendo com o diabetes.

Fonte: CITEN – Centro Integrado de Terapia Nutricional

Tel: (11) 5579-1561 / 5904-3273

Hábitos Saudáveis Previnem o AVC

Manter uma rotina saudável, com dieta equilibrada, prática de exercícios físicos, boas noites de sono, sem cigarros e com consumo moderado de bebidas alcoólicas significa mais que optar por um estilo de vida. Na verdade, a escolha desses hábitos é uma decisão inteligente, uma medida comportamental simples que pode evitar problemas futuros, como o acidente vascular cerebral ou AVC.



De acordo com o Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira, professor assistente e doutor da Unidade Clínica de Aterosclerose do Instituto do Coração (Incor), pode-se definir o acidente vascular cerebral como uma doença de início repentino e abrupto que resulta em lesão no cérebro. “Em 85% dos casos de AVC há uma súbita queda do fluxo sangüíneo do cérebro, e nos outros 15% ocorre hemorragia cerebral ou hemorragia entre os espaços em volta do cérebro.”



O cardiologista explica que o processo do acidente vascular cerebral pode ser causado por uma trombose nas artérias – ou seja, quando ocorre o rompimento de uma placa na parede vascular do cérebro e o vaso sangüíneo entope – ou por uma embolia, que é a saída de um coágulo do coração em direção às artérias cerebrais onde irá obstruir um vaso e ocasionar isquemia cerebral.



Entre os principais fatores de risco que predispõem à ocorrência do acidente vascular cerebral estão a elevação da pressão arterial (hipertensão) – que aumenta em quatro vezes o risco de AVC; o cigarro – que aumenta o risco em duas vezes; o diabetes – que pode elevar as chances de AVC em duas a seis vezes; o estreitamento da carótida e a fibrilação atrial, que é um tipo de arritmia cardíaca.



“Além disso, a obesidade, o colesterol elevado, pessoas sedentárias que abusam do álcool ou fazem uso de drogas, pessoas com homocisteína elevada (proteína relacionada ao aumento do risco trombótico) ou mulheres que usam anticoncepcional e fumam ao mesmo tempo também têm risco aumentando para o AVC”, acrescenta o especialista.

Segundo o Dr. Ferreira, os trabalhos realizados pelo Dr. Rui Laurenti mostram que no Brasil a incidência do acidente vascular cerebral é relevante para a saúde da população. “Entre 1980 e 1981 o AVC era responsável por 30% das causas de morte por doença cardiovascular. Entre 1985 e 1986 esse índice subiu para 34% e manteve-se assim até 1989 e 2000, quando a estatística acusou que 32,5% das mortes por doença cardiovascular eram causadas por AVC”.





O médico conta ainda que nos Estados Unidos os números do acidente vascular cerebral são mais altos. “Lá ocorrem 750 mil novos casos de morte por AVC por ano e há cerca de três milhões de pessoas vivendo com seqüelas de AVC, com limitações e complicações. Na população norte-americana negra e de origem hispânica, a incidência de AVC é duas vezes maior. Entretanto, na China e no Japão os índices são ainda mais alarmantes, porque lá as pessoas fumam mais, os fatores ambientais são piores e a dieta alimentar é rica em sal. Nesses países o AVC é a principal causa de morte”, informa o Dr. Ferreira.

De uma maneira geral, o médico diz que o risco de ocorrência de AVC dobra após os 55 anos de idade. E nos homens, no mundo todo, a incidência de AVC é 40% maior que nas mulheres, embora esse quadro esteja mudando devido ao aumento do tabagismo entre mulheres e a mudança no estilo de vida. “A mulher conta com a proteção de estrógeno na idade fértil, o que reduz o risco de doença arterial coronária e AVC, mas após os 60 anos a incidência dessas doenças aumenta bastante”, complementa.



“Esteja atento, procure regularmente um endocrinologista e um cardiologista, mantendo seus índices glicêmicos sob controle e alimentando-se corretamente.” Dr. Sérgio Ferreira de Oliveira



AVC e Diabetes



O diabetes representa um importante fator de risco para a ocorrência do acidente vascular cerebral. Segundo o Dr. Ferreira, os altos índices glicêmicos levam a pessoa ao estado de pró-trombose, pois há maior coagulação do seu sangue. “A glicemia elevada dificulta a dilatação das artérias e provoca espasmos vasculares. A aterosclerose (formação de placas) é acelerada nas pessoas com diabetes e geralmente a incidência de hipertensão arterial concomitante é muito elevada, ou seja, a maioria das pessoas com diabetes (cerca de 70%) apresenta também aumento da pressão arterial.” ·



Os dados são preocupantes, mas o problema pode sim ser prevenido e controlado. Basta que, ao saber que tem o diabetes, a pessoa procure também um cardiologista para esclarecer seu quadro, seus riscos e as medidas que deve seguir, além de realizar o controle glicêmico adequado, que já melhora, e muito, a saúde como um todo.

Para reduzir os riscos de ocorrência do AVC, o Dr. Ferreira sugere os seguintes cuidados:



Manter a pressão arterial em até 130/85mmHg. No caso de pessoas com diabetes, em 130/80mmHg. Para isso é preciso ter uma dieta saudável e praticar exercícios físicos.



Manter o peso constante e não engordar. Geralmente o aumento do peso também aumenta a pressão arterial.• Conservar o colesterol baixo. O LDL (colesterol ruim) não deve ultrapassar a faixa de 130mg/dl. Em pessoas com diabetes deve ficar em torno de 70mg/dl.



Não fumar. O cigarro apenas soma riscos para a saúde.• Comer pouco e não beber destilados, licores, bebidas doces, evitar vinho branco. Vinho tinto, 2 a 3 taças por semana.



Reduzir o estresse. Dormir bem ajuda.



Garantir o bom controle glicêmico - hemoglobina glicada <>

sexta-feira, 18 de julho de 2008

Os alimentos mais saudáveis do mundo

Depois de uma extensa pesquisa, o nutricionista americano Jonny Bowden selecionou os ingredientes com maior valor nutricional, que realmente deveriam fazer parte de nossa dieta diária. Alguns são itens que jogamos fora, como as folhas da beterraba, outros, alimentos aos quais não prestamos muita atenção, como a canela.
Thiago Cid
Divulgação

Doutorado em nutrição pela Universidade Clayton pela Saúde Natural, o psicólogo Jonny Bowden dedica-se à pesquisa dos alimentos há duas décadas. Além do livro Os 150 Alimentos mais Saudáveis do Planeta, ele vai lançar, no fim do mês, a obra As Refeições Mais Saudáveis do Mundo. "Quero dizer às pessoas que é possível comer bem, sofisticadamente, explorando inúmeras nuances de sabor e ainda assim ser saudável", diz. Em entrevista a ÉPOCA, o autor explica como fez a extensa pesquisa que deu origem ao livro e revela quais são os alimentos menos saudáveis, dos quais devemos manter a maior distância possível.
ÉPOCA - O senhor dedicou muito de sua vida à pesquisa dos alimentos. Qual é sua relação com a comida?
Jonny Bowden - A comida são como os amigos. Assim como há o tipo de amigo com quem você pratica esportes, há aqueles com quem você vai a museus, com quem você troca confidências. Assim são os alimentos. Alguns possuem altas concentrações de proteínas, mas são pobres em fibras. Alguns são ricos em antioxidantes, mas não possuem Omega 3. Precisamos de uma grande variedade de alimentos - assim como de amigos - para conseguir tudo de que precisamos. O segredo é a variedade de bons alimentos. A minha lista (confira abaixo) considera alimentos que normalmente não pensamos em comer. É como um investidor que percebe a existência de uma boa aplicação que era subestimada e não fazia parte de sua carteira. Não quer dizer que são os melhores ou os únicos, mas são muito bons e não recebem a devida atenção.

ÉPOCA - Como o senhor fez a lista com os 150 alimentos mais saudáveis?
Bowden - Meus assistentes e eu pegamos todos os alimentos naturais possíveis e comparamos seus valores nutricionais. Quais possuíam o maior nível de determinado nutriente, quais possuíam a maior variedade de nutrientes? Quais tinham baixos níveis de nutrientes? Fiz isso com todos os vegetais, todas as fontes de proteínas, todos os grãos - apesar de não haver muitos, selecionei os mais consumidos, com menor potencial para causar alergias e com um alto teor de proteínas. Baseados nesses parâmetros, fomos diminuindo a lista. Mas 150 alimentos é um número muito grande. Cotidianamente, as pessoas comem cerca de 10 a 15 alimentos apenas.

ÉPOCA - Quais são os melhores grãos?
Bowden - Recomendo a quinua. Apesar de ser uma semente, e não um grão propriamente dito, tem o sabor e o preparo parecido com o de um grão. A quinua contém muitas fibras e proteínas. Também gosto de aveia integral, que tem muitas fibras, proteínas, altas concentrações de minerais e pouquíssimo açúcar.

ÉPOCA - Em que as pessoas devem prestar atenção na hora de comprar alimentos?
Bowden - Você deve escolher alimentos que passaram por pouco ou nenhum beneficiamento depois da colheita. Quanto mais colorido, melhor, porque a cor é a forma como a natureza põe os nutrientes na comida. Azul, amarelo, verde, vermelho... As cores representam os componentes mais nutritivos dos alimentos.

ÉPOCA - Os alimentos orgânicos são sempre melhores?
Bowden - Em um mundo ideal, os orgânicos serão sempre melhores. No mundo real, no entanto, as coisas não são necessariamente assim. Não sou tão radical quanto alguns nutricionistas. Primeiro, porque produtos orgânicos são sempre mais caros. Em segundo lugar, alguns alimentos - como o abacaxi e a banana - possuem cascas grossas como proteção, que são descartadas para o fruto ser comido. Nesse caso, não faz tanta diferença se o produto é orgânico ou não. Se eu tiver de gastar meu dinheiro com alimentos orgânicos, vou escolher aqueles mais propensos a acumular pesticidas, como morangos, tomates e verduras.

ÉPOCA - Além desses que o senhor mencionou, quais produtos orgânicos que você compra?
Bowden - Além dos que citei, eu diria carne, peixe e café, porque podem conter níveis elevados de produtos químicos.

ÉPOCA - Por que as pessoas comem menos alimentos saudáveis do que deveriam?
Bowden - Porque os alimentos industrializados têm um gosto muito bom. A indústria adiciona muito açúcar e sal nos alimentos, intensificando as nuances de sabor. Encontramos comidas com dosagens inconcebíveis de adoçantes e sal. São alimentos vendidos em qualquer lugar, com comerciais em todas as mídias possíveis. As pessoas são seduzidas pelo sabor, pelos estímulos sugeridos nos comerciais. Isso cria uma cultura em que essas comidas se tornam o padrão. É como um vício em drogas. Nos Estados Unidos, uma pessoa comum está exposta a 95 mil comerciais a cada ano, e a maioria deles é de comida.

ÉPOCA - Em seu livro, o senhor afirma derrubar vários mitos sobre a comida. Quais são eles?
Bowden - Um é que carne é sempre ruim, outro é que soja é sempre bom. As comidas de soja encontradas nos EUA são muito diferentes das que fazem parte do cardápio oriental. A soja tem várias lacunas nutricionais. Não é porque a comida foi feita à base de soja que ela é saudável. Carne de soja, sorvete de soja. Não são comidas saudáveis nem prejudiciais. São alimentos neutros, cujo valor nutricional não é nada excepcional. Muitas pessoas comem alimentos feitos com soja pensando que estão proporcionando um grande bem ao organismo, mas na maior parte das vezes é puro marketing. Recomendo produtos de soja fermentados. Tudo que é natural e fermentado é bom, porque o processo de fermentação cria bactérias que são muito úteis ao organismo. Infelizmente a maior parte dos produtos de soja não é fermentada, mas industrializada. Não quer dizer que sejam alimentos ruins, mas não são exemplos de comidas nutritivas.
Confira a lista dos alimentos para os quais damos pouca atenção, mas deveriam freqüentar o nosso prato mais vezes.
Reprodução
1- Sardinha: é rica em proteínas e possui minerais essenciais, como magnésio, ferro e selênio, que têm ação anticancerígena. Esse tipo de peixe também ajuda o organismo a liberar o mercúrio e tem altas concentrações de omega 3, um tipo de gordura “boa”, essencial para o funcionamento do cérebro, do coração e para a redução da pressão arterial. As sardinhas são chamadas de “comida saudável em lata” por Bowden, que aconselha que sejam compradas as preservadas no próprio óleo ou em azeite, quando não puderem ser consumidas frescas.
2- Repolho: as folhas do vegetal contêm grandes concentrações de substâncias antioxidantes e anticancerígenas chamadas de indoles e sulforafanos. Uma pesquisa da Universidade de Stanford, nos EUA, apontou que o sulforafano é a substância química encontrada em plantas que mais eleva o nível de enzimas anticancerígenas no organismo.
3- Folha de beterraba: geralmente jogada fora, é rica em vitaminas, minerais e antioxidantes. Contém carotenóides, pigmento natural dos vegetais que ajuda a proteger os olhos contra o envelhecimento. Bowden também afirma que a beterraba em si também é um dos alimentos mais ricos que existem. As folhas podem ser comidas cruas na salada ou refogadas, como espinafre.
4- Açaí: em suco ou misturado à comida, como é feito no norte do país, o açaí é uma das frutas com maior concentração de antioxidantes. Também é rica em gorduras monoinsaturadas e poliinsaturadas, que são benéficas e auxiliam na redução do colesterol ruim e na prevenção de doenças cardíacas. Para Bowden, os brasileiros que não consomem a fruta freqüentemente desperdiçam a benção que a natureza lhes proporcionou.
5- Goiaba: rica em fibras, minerais e vitaminas. Também possui grandes quantidades de licopeno, o mais antioxidante entre todos os carotenóides. O licopeno auxilia na prevenção do câncer de próstata e reduz os riscos de surgimento de catarata e doenças cardiovasculares.
6- Cereja fresca: tem altas concentrações de antocianina, um antiinflamatório natural. Deve ser comida ao natural ou misturada com iogurte ou vitaminas.
7- Chocolate meio-amargo: rico em flavanóides, que diminuem a pressão sangüínea e promovem o bom funcionamento do sistema circulatório, tem altas concentrações de magnésio, um mineral importante para mais de 300 processos biológicos do organismo.
8- Frutas oleaginosas: são as castanhas, as nozes e as amêndoas. Bowden afirma que todas trazem inúmeros benefícios, apesar do elevado teor calórico. Possuem muitos minerais, proteínas e altos níveis de Omega 3 e Omega 9.
9- Canela: ajuda a controlar o nível de açúcar e de colesterol no sangue, o que previne o risco de doenças cardíacas. Para usufruir dos benefícios da especiaria, basta polvilhar um pouco de canela em pó no café ou no cereal matinal.
10- Semente de abóbora: é uma grande fonte de magnésio. Esse mineral é tão importante, explica Bowden, que estudiosos franceses concluíram que homens com altas taxas de magnésio no sangue têm 40% menos chances de sofrer uma morte prematura do que aqueles com baixos índices. Para consumi-las, toste-as no forno e coma-as por inteiro, inclusive com a casca, que é rica em fibras.

ENGORDAR AUMENTA CHANCES DE CONTRAIR CÂNCER DE MAMA

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A obesidade nas mulheres após a menopausa aumenta o risco de desenvolvimento de câncer de mama e se elas continuarem aumentando de peso depois dos 50 anos, correm mais risco de morrer da doença, revelaram estudos apresentados no fim de semana em uma conferência de especialistas em obesidade, celebrada em Boston (EUA).
"Uma quantidade impressionante de estudos mostra o vínculo entre um alto índice de massa corporal e o câncer de mama", lembrou Cheryl Rock, da Universidade da Califórnia em San Diego, na conferência anual celebrada pela North American Society para o Estudo da Obesidade (NAASO, na sigla em inglês).
"Sobretudo, o que se deve dizer às mulheres é que se continuarem ganhando peso depois dos 50 anos, o risco de morrer deste câncer é ainda maior", acrescentou Marilie Gammon, da Universidade da Carolina do Norte.
Uma pessoa é considerada obesa quando seu índice de massa corporal (IMC) é superior a 30. O IMC é calculado dividindo o peso pela altura ao quadrado. Acima de 25, há excesso de peso, enquanto um IMC entre 18,5 e 24,9 é considerado normal.
Os estudos mostram que as mulheres que ganharam 20 ou mais quilos depois dos 18 anos correm 2 vezes mais riscos de desenvolver câncer de mama do que de peso estável.
Durante muito tempo se acreditava que o aumento de peso protegia do câncer de mama, mas estudos recentes mostraram que estes cânceres são mais mortais. Uma mulher obesa sobrevive pior a um câncer de mama.
A situação se agrava depois da menopausa, época em que a mulher obesa "tem 75% mais riscos de desenvolver câncer de mama", resumiu Marilie Gammon.
E continuar engordando é ainda mais perigoso. "Muitas mulheres dizem a si mesmas: "Não importa se ganho mais quilos, já sou gorda". Mas de fato, não é bom. Corre o risco de morrer se tem diagnosticado um câncer de mama", insistiu Gammon, citando um estudo de Page Abrahamson, da Universidade da Carolina do Norte, publicado este mês.
Ao contrário, estudos recentes também mostram que as mulheres que têm uma atividade física, mesmo que moderada, no momento de aparecimento do câncer, têm mais chances de sobreviver.
"A mensagem que se deve transmitir é a de se manter uma atividade física", acrescentou Gammon, segundo quem "o câncer de mama é um bom elemento de motivação" para estimular as mulheres a mudarem seu estilo de vida.
"As mulheres têm medo e compreendem melhor os riscos do que se falarmos de câncer de cólon ou rim", cuja incidência também está associada à obesidade.
Fonte: AFP/Terra
Foto: Shuman

Reduzir carboidrato é mais benéfico do que reduzir gordura: diz estudo

da Associated Press, em Atlanta

A dieta de Atkins pode finalmente ter provado sua eficácia: um regime pobre em carboidratos e a chamada dieta do Mediterrâneo ajudam a perder peso mais do que o tradicional corte de gordura do cardápio. É o que concluiu um dos mais longos e abrangentes estudos da área.

A pesquisa comparou as técnicas de emagrecimento e resultou numa grande surpresa: a dieta de baixo carboidrato melhorou o colesterol mais do que as duas outras.

"É uma confirmação", afirmou Abby Bloch, da Fundação Robert C. e Veronica Atkins, entidade filantrópica que divulga a dieta de Atkins e foi o principal financiador do estudo. A instituição afirma não ter interferido nos trabalhos, realizados em Israel.

Vale ressaltar, porém, que todas as três abordagens --baixo carboidrato, pouca gordura e dieta do Mediterrâneo-- auxiliaram na perda de peso e na redução do nível de colesterol.

Regimes

A dieta de baixo teor de gordura --não mais do que 30% das calorias-- reduziu as calorias e o colesterol utilizando grãos, vegetais e frutas. A dieta do Mediterrâneo reduziu calorias, gorduras e colesterol em níveis similares, mas enfatizando carnes de aves, peixes, azeite e nozes.

Já o regime pobre em carboidratos impôs limitação a estes, mas não a calorias ou gordura. Os participantes que seguiram esta dieta apenas utilizaram fontes vegetarianas de gordura e proteína.

O estudo merece destaque não apenas porque durou dois anos (muito mais do que a maioria), mas devido à grande proporção de pessoas que se prendem a dietas (85%). Participaram 322 pessoas, que fizeram suas refeições em um estabelecimento controlado pelos pesquisadores.

O trabalho foi publicado hoje no "New England Journal of Medicine".

Má alimentação e obesidade:

O problema está nos excessos!

Médico nutrólogo alerta para os perigos da popularização do "junk food"; congresso debate qualidade da alimentação em setembro, em São Paulo

Você é o que você come, já diziam nossos avós. Quando se trata da população brasileira urbana, em geral, esse dito só se faz confirmar, e a substituição de uma refeição balanceada por lanches ou refeições rápidas de menor valor nutritivo - a chamada junk food - tem se tornado prática cada vez mais comum nas metrópoles.

Esses alimentos possuem alto teor calórico e são ricos em carboidratos, gordura e colesterol. Mas, de acordo com o Dr. Durval Ribas Filho, médico nutrólogo e presidente da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN), esses nutrientes não fazem mal à saúde. Pelo contrário: são essenciais ao funcionamento adequado do organismo. O problema é quando a quantidade extrapola os limites do saudável.

"Quando pensamos em risco à saúde, temos de pensar na qualidade e se a quantidade ingerida satisfaz as necessidades do organismo", explica. "Quando dizemos que o excesso é que faz mal, não estamos nos referindo a uma única re-feição, e sim à alimentação habitual das pessoas", completa o nutrólogo. Ou seja, não são os lanches ou pratos rápidos que fazem mal, mas o uso exagerado que se faz deles.

Atualmente, a alimentação do brasileiro é considerada, de uma maneira geral, carente de nutrientes, devido à correria da vida moderna e influenciada pelos meios de comunicação, os consumidores estão trocano refeições caseiras por refeições rápidas e pouco saudáveis.

Dietas ricas nesses nutri- entes aumentam o risco e a probabilidade de doenças cardiovasculares, por exemplo. "O sódio, outro nutriente frequentemente encontrado em alimentos de baixo valor nutricional e que está presente não somente no sal caseiro como nos conservantes dos alimentos, também oferece risco à saúde se consumido em excesso", alerta o Dr. Durval, que ainda lembra que a incidência de obesidade é maior entre pessoas que consomem muita junk food.



Obesidade aumenta entre os jovens

De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), nos últimos 20 anos houve um aumento de 240% de obesidade na infância e adolescência brasileira. Esse crescimento está associado a fatores como o aumento do sedentarismo e a falta de informação sobre qualidade alimentar por parte dos pais.

Nos últimos anos, o aumento do poder econômico e a influência das crianças têm se mostrado fatores determinantes nas escolhas das famílias em diversas categorias de produtos - principalmente cereais matinais, lanches e guloseimas. "Diante desse cenário, é fundamental atentar e zelar pela qualidade da alimentação, para que não tenhamos no futuro jovens e adultos precocemente doentes", atenta Dr. Durval Ribas.

Dados da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) apontam que a obesidade infantil atinge hoje mais de 5 milhões de crianças, o equiva-lente a 15% da população brasileira nessa faixa etária. De acordo com o Ministério da Saúde, o problema do excesso de peso já supera a fome no país. Calcula-se que 50% da população brasileira esteja com quilos a mais que o ideal.



Congresso de Nutrologia discute má alimentação e obesidade

Considerada uma epidemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade entre as crianças e adolescentes brasileiras é uma das grandes preocupações da ABRAN. A entidade promoverá nos próximos dias 3, 4 e 5 de setembro, em São Paulo, o XII Congresso Brasileiro de Nutrologia. "O objetivo central do encontro anual é exatamente o de promover a atualização das informações sobre a nutrologia e, principalmente, de debater essas novas questões em relação à realidade brasileira", acrescenta o presidente da ABRAN.

Os interessados já podem se inscrever para o XII Congresso Brasileiro de Nutrologia que reunirá médicos, estudantes de medicina e profissionais da saúde no hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, em debates sobre os mais diversos temas sobre alimentação, como a obesidade, alimentos funcionais, nutrição enteral e parenteral, nutrição geriátrica e pediátrica, entre outros.

Fonte: Barcelona Solu-ções Corporativas.

Alimentos com elevado teor de gordura provocam o cancro da próstata

YARA SIMÃO

As dietas ricas em gordura podem provocar o cancro da próstata, enquanto as ricas em fibras e o tomate diminuem o risco do seu aparecimento, segundo esclareceu ontem Ilda Sebastião, coordenadora nacional da Campanha de Luta Contra o Cancro, em entrevista ao Jornal de Angola.
Ilda Sebastião referiu ainda que os números de casos no país não correspondem à situação real, porque as pessoas evitam os testes para determinar a doença.
No ano passado, disse, o Centro Nacional de Oncologia registou, por exemplo, 19 casos, enquanto este ano foram detectados nove. Isto, segundo a técnica, é muito pouco, considerando a disseminação da doença.
A coordenadora nacional da Campanha de Luta Contra o Cancro, Ilda Sebastião, disse que isso não quer dizer que não estão a ser identificados casos. Entretanto, o Centro Nacional de Oncologia não tem ainda a estatística elaborada, para esclarecer o quadro.
A situação complica-se mais pelo facto de os homens estarem ainda presos em tabus, que os impede de irem ao médico, referiu a interlocutora. “Aconselho os homens, a partir dos 40 anos, a procurarem por um urologista para se diagnosticar a tempo a doença”.
A técnica explicou que o cancro da próstata na sua fase inicial não apresenta nenhum sintoma. Só depois de muito tempo é que o mesmo começa a obstruir o sistema urinário e manifesta um aumento do número de micções.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Doenças provocadas por excesso de gordura


Peso e doenças: Enxaqueca, artrite e lombalgia podem estar relacionadas ao excesso de gordura.

Algumas doenças estão diretamente relacionadas ao peso excessivo. Enxaqueca, lombalgia, fibromialgia, artrite, tendinite e artrose são apenas poucos exemplos. Problemas que caracterizam dor crônica e, consequentemente, diminuição da qualidade de vida. Neste quadro da responsabilidade da obesidade, ainda é possível destacar diabetes, hipertensão e problemas cardiovasculares.

O exercício físico é primordial no tratamento de qualquer uma destas doenças. Mas geralmente, o peso abusivo impede a realização de uma boa atividade ou acaba gerando lesões nos tendões e nos músculos. Aí vem o papel da conscientização, em que a descoberta dos motivos que levaram a pessoa ao excesso de peso é fundamental. Quanto menos peso, menos tempo de tratamento.

Vale ainda buscar a ajuda de um profissional que auxilie o paciente no processo de reeducação alimentar. Comer de forma saudável é melhor do que comer pouco e é isso que o obeso precisa descobrir.

Osteoporose em Homens e Mulheres

A osteoporose é a principal doença ósseo metabólica da espécie humana e na atualidade um dos mais importantes problemas de saúde pública. Acomete mulheres, homens e inclusive crianças. Ela é caracterizada por uma redução do volume e da qualidade óssea com deterioração de sua microarquitetura.

A principal consequência é um aumento da fragilidade dos ossos , que sob determinadas condições, podem fraturar–se , com conseqüências imprevisíveis.

A prevalência das fraturas depende da :

raça (na branca e amarela maior do que na negra);
sexo (feminino maior que o masculino) ;
idade sendo esse um fator importante, pois atualmente aumentou a longevidade do ser humano.
Entre os fatores determinantes do risco de fraturas temos :

trauma - em razão da força de impacto devido a quedas
redução da resistência do osso ( quanto a qualidade e quantidade).
O risco estimado de mulheres e homens desenvolverem fraturas durante a sua vida dependem da região acometida.

Assim sendo em mulheres a fratura vertebral é observada em 16% , fratura proximal do fêmur em 17,5% , fratura do radio distal em 16% e qualquer uma das três em 39,7%.

Entretanto nos homens a incidência é menor, sendo que a fratura vertebral em 5%, proximal do fêmur em 6%, fratura distal do rádio em 2,5% e qualquer uma das três em 13,1%.

As fraturas são responsáveis por uma série de efeitos adversos que incluem mortalidade, dependência e custos financeiros que incluem os diretos e a incapacidade laborativa.

A fratura de quadril é a que oferece os maiores problemas pois reduz a expectativa de vida entre 5 a 20% . As mortes ocorrem logo após a fratura ou nos primeiros 6 meses, em geral associadas a outras condições médicas, sendo as complicações são devidas principalmente a trombose venosa profunda , embolia pulmonar, pneumonia e infecções do trato urinário.

As conseqüências decorrentes das fraturas do ponto de vista social, devem-se a uma incapacidade funcional crônica , com prejuízo da qualidade de vida , gerando uma dependência parcial ou total para as atividade diárias ( 6,7% dos casos) e admissão precoce a casas de repouso em 7,8%. A destacar que a fratura de quadril é responsável por 30% das incapacidades para a vida.

O custo econômico das fraturas foi estimado nos Estados Unidos em 20 bilhões de dólares em 1991, sendo que a osteoporose foi responsável por 35% desses gastos.

Nas mulheres o pico da massa óssea é atingido por volta dos 16 anos de idade , permanecendo estável até 30 e a seguir declinando a uma razão de 1% ao ano. Já nos homens , o pico é atingido aos 18 anos de idade , permanecendo estável até os 40 e a seguir declinando mais lentamente ao longo dos anos, segundo características próprias de cada indivíduo.

Vários fatores tem sido implicados no ganho da massa óssea na adolescência :
1. hereditários (60%), sendo este o principal ;
2. nutricionais ,principalmente ingestão de cálcio ;
3. endócrinos , como hormônios sexuais , vitamina D , etc ;
4. mecânicos , atividade física com ênfase a exercícios com força da gravidade e contração muscular e o peso corporal.

Recentes avanços nas técnicas de medida de massa óssea (densitometria óssea) tem possibilitado uma melhor avaliação da mesma pois expõe o paciente a uma mínima radiação e apresentam boa reprodutibilidade e acurácia.

O risco de fratura por osteoporose é inversamente proporcional a densidade óssea, sendo que, a queda de cada desvio padrão aumenta o seu risco em 1,5 a 3 vezes . Na faixa etária dos 40-80 anos, a cada década o risco de fraturas por osteoporose dobra.

Osteoporose em mulheres

Vários são os fatores que predispõem a mulher à osteoporose, dentre eles o principal é a menopausa. Ocorre entretanto que não mais que 30% das mulheres nesta fase desenvolverão a doença. Porem, sob certas condições , mulheres antes da menopausa poderão apresentar osteoporose.

Assim sendo, é importante a identificação precoce dessas mulheres por meio de uma análise criteriosa dos fatores de risco, afim de dar início a sua prevenção, pois nessa fase o paciente é assintomático.

Dentre os principais fatores de risco a serem analisados, destacamos :

1. características gerais – idade acima de 50 anos, menarca tardia, menopausa precoce ( natural ou cirúrgica), raça branca ou oriental, porte pequeno, magras, sem filhos e principalmente a hereditariedade( história familiar);

2. hábitos alimentares - baixa ingestão de cálcio, alta ingestão de proteína animal, de sódio, de fibras e de café;

3. estilo de vida - uso de bebidas alcoólicas, tabagismo e vida sedentária;

4. utilização de drogas - corticoesteroides crônicamente, diuréticos de alça, anticonvulsivantes, hormônio tiroideano, vitamina A, metotrexato e antiácidos a base de hidróxido de alumínio;

A classificação da osteoporose é bastante ampla, sendo que a mais importante é a osteoporose involucional, que se divide em :

Na osteoporose pós-menopausa observamos um aumento da formação e reabsorção óssea, devido a uma redução de produção de estrógenos. Acomete mulheres entre 50 a 60 anos, com maior incidência nos primeiros anos de menopausa, aonde se verifica uma perda acelerada de 3 a 5% de massa óssea por ano. O osso trabecular é o mais afetado e as principais localizações de fraturas são: coluna dorsal e lombar, 1/3 distal do rádio e colo do fêmur.

Na osteoporose senil temos uma redução da formação e da reabsorção óssea. Ela acomete mulheres (e neste caso também homens ) acima dos 65 anos, sendo nas mulheres aquelas com menopausa há mais de 10 anos, com perda lenta de massa óssea nesse período. O osso trabecular e cortical são igualmente afetados e as fraturas ocorrem principalmente na coluna dorsal e lombar, trocanter do fêmur e em alguns ossos periféricos.

A osteoporose via regra é assintomática, entretanto pode ser sintomática apresentando :

redução da altura da pessoa;
acentuação da cifose da coluna dorsal (corcunda da viúva);
retificação da lordose da coluna lombar;
alteração do diâmetro da caixa torácica (predispondo a infecções respiratórias);
alteração da cavidade abdominal ( favorecendo a obstipação crônica).
Osteoporose em homens

A detecção e prevenção da osteoporose nos homens tem sido negligenciada, entretanto a observação progressiva de fraturas nesse sexo está adquirindo grande importância epidemiológica , sendo necessário uma busca maior , visando o seu diagnóstico.

Conforme já mencionado, o pico da massa óssea nos homens, difere do das mulheres, pois é alcançado mais tardiamente, mantendo – se estável até os 40 anos, e se acelerando na idade avançada. Estudos tem demonstrado uma perda média de massa óssea após os 40 anos, de 3 a 4% por década de osso cortical e 7 a 12% de osso trabecular. A maior resistência muscular e a atividade física estão associadas a maior massa óssea.

Existem dois tipos de osteoporose:

· Osteoporose idiopática, onde não são identificadas condições médicas ou fatores de risco associados a perda de massa óssea. Acomete homens com idades variando de 20 a 80 anos com maior incidência na sétima década da vida.

Os principais fatores relacionados a perda de massa óssea com a idade nesta modalidade, são as seguintes: baixa ingestão de cálcio e reduzida absorção intestinal, deficiência de vitamina D, redução dos níveis séricos de testosterona, aumento dos níveis de PTH, diminuição da função renal e principalmente a falta de atividade física.

· Osteoporose secundária , responsável por cerca de 30 a 60% das fraturas da coluna vertebral. Dentre as principais causas, temos: alcoolismo crônico ( 2,8 vezes maior risco de fratura ) , drogas ( anticonvulsivantes , heparina , cortisona , hormônios tiroideanos ) , tabagismo crônico, hiperparatireoidismo , hipertireoidismo , cirrose hepática, doenças inflamatórias intestinais, artrites reumatóide , espondilite anquilosante, hipogonadismo, diabetes mellitus , transplantes e imobilização prolongada.

Prevenção e Tratamento

A osteoporose deve ser prevenida e tratada adequadamente. Existem hoje métodos seguros e de baixo custo para a avaliação de massa óssea sob a forma de imagem (densitometria óssea) bem como marcadores laboratoriais com o objetivo de medir a formação e a reabsorção óssea. Esses métodos também permitem a avaliação da eficácia do tratamento.

Em relação a abordagem terapêutica, ela deve ser sempre preventiva, a partir da infância, com ênfase na orientação dietética, suplementação de cálcio, exercícios físicos, hábitos saudáveis de vida e medicamentos quando necessários segundo as melhores evidências do conhecimento científico, associado a experiência pessoal do médico.

O tratamento da osteoporose , dependerá de caso a caso, segundo a avaliação do médico especialista , seguindo os mesmos princípios da prevenção , com as adaptações necessárias , e ocorrendo fraturas , as mesmas deverão ser tratadas por um especialista.

O médico tem que levar em consideração a opinião do paciente, sendo que ele deve participar de todo o processo de decisão, após ser adequadamente informado e conscientizado de todos os atos médicos, quanto aos fatores de risco, diagnóstico, planejamento terapêutico, possíveis efeitos colaterais(que deverão ser comunicados) e resultados.

Conclusão

A osteoporose , principal doença ósseo metabólica da espécie humana, acomete mulheres, homens e inclusive crianças e é caracterizada por uma redução do volume e da qualidade óssea com deterioração de sua microarquitetura. Como consequência ocorre um aumento da fragilidade dos ossos , podendo gerar fraturas , que de acordo com sua localização pode levar a conseqüências imprevisíveis.

A osteoporose, adequadamente identificada pelo médico, pode ser prevenida . Entretanto quando sintomática pode ser extremamente dolorosa, desfigurante, incapacitante, podendo levar o indivíduo à morte.


Atenção: As informações contidas neste website têm caráter informativo e educacional não devem ser utilizadas para realizar auto-diagnóstico, auto-tratamento ou auto-medicação. Em caso de dúvida, o médico deverá ser consultado.

Fonte: clinica Goldenberg

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