segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Brasil é recorde em casos de depressão na América Latina

Organização Mundial da Saúde revelou também que o Brasil lidera na América Latina o ranking de pessoas com algum tipo de transtorno de ansiedade

Dados publicados pela OMS apontam que 5,8% da população nacional seja afetada pela depressão. A taxa média supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5%. (iStock/Getty Images)

O Brasil tem a maior taxa de pessoas com depressão na América Latina e uma média que supera os índices mundiais. Dados publicados nesta quinta-feira pela Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que 5,8% da população nacional seja afetada pela depressão. A taxa média supera a de Cuba, com 5,5%, a do Paraguai, com 5,2%, além de Chile e Uruguai, com 5%.

Ainda de acordo com o levantando, no mundo, 322 milhões de pessoas sofrem de depressão, 18% a mais do que há dez anos. O número representa 4,4% da população do planeta. A doença já é a que mais contribui com a incapacidade no mundo. Ela é também a principal causa de mortes por suicídio, com cerca de 800.000 casos por ano, a segunda principal causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos.

Entre os sexos, globalmente, as mulheres são as principais afetadas, com 5,1% delas com o problema, versus 3,6% dos homens. Em números absolutos, metade dos 322 milhões de vítimas da doença vivem na Ásia.

A organização também alertou que, apesar da existência de tratamentos efetivos para a doença, menos da metade das pessoas afetadas pela condição no mundo – e, em alguns países, menos de 10% dos casos – recebe ajuda médica. As barreiras incluem falta de recursos, falta de profissionais capacitados e o estigma social associado a transtornos mentais, além de falhas no diagnóstico.

“A depressão é diferente de flutuações habituais de humor e respostas emocionais de curta duração aos desafios da vida cotidiana. Especialmente quando de longa duração e com intensidade moderada ou severa, a depressão pode se tornar um sério problema de saúde. O fardo da depressão e de outras condições envolvendo a saúde mental está em ascensão em todo o mundo.”, destacou a organização em comunicado.

Ansiedade
Além da depressão, a entidade indica que, pelo mundo, 264 milhões de pessoas sofrem com transtornos de ansiedade, uma média de 3,6% da população mundial. O número representa uma alta de 15% em comparação a 2005.

Uma vez mais, o Brasil lidera na América Latina, com 9,3% da população com algum tipo de transtorno de ansiedade. Em relação à média mundial, a taxa do país é três vezes superior. Os índices brasileiros também ultrapassam de forma substancial as taxas identificadas nos demais países da região: 7,6% no Paraguai, 6,5% no Chile e 6,4% no Uruguai.

Como na depressão, em números absolutos, o Sudeste Asiático é a região que mais registra casos de transtornos de ansiedade: 60 milhões (23% do total mundial). No segundo lugar vêm as Américas, com 57,2 milhões (21% do total).

A OMS estima ainda que, a cada ano, as consequências dos transtornos mentais gerem uma perda econômica de 1 trilhão de dólares para o mundo.

(Com Estadão Conteúdo)
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