segunda-feira, 8 de março de 2010

Vacinação contra a gripe A começa por médicos e indígenas

08/03/2010 | 09h03min
Canal Rural
Ministério da Saúde alerta para atenção às datas definidas para cada grupo

O Brasil dá início nesta segunda, dia 8, à maior campanha de vacinação de sua história com um alerta. A população de 91 milhões de pessoas convocada a se imunizar contra a gripe A deve respeitar o calendário estipulado pelo Ministério da Saúde, sob risco de colocar em colapso os postos de saúde.

Nos dois meses e meio de campanha, a expectativa oficial é imunizar 80% do total inicial estimado. Desta segunda até o próximo dia 19, só serão vacinados índios e trabalhadores da área da saúde, como médicos, enfermeiros, recepcionistas, pessoal de limpeza e segurança, motoristas de ambulância e equipes de laboratório. Os profissionais receberão a dose nos locais de trabalho. Os índios que desejarem podem procurar os postos, mas não é necessário – a partir da próxima segunda-feira, agentes da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que nesta semana serão treinados para a tarefa, irão às aldeias para as aplicações.

– Não adianta a população em geral correr aos postos agora. Primeiro são os índios e os médicos. As pessoas devem observar o calendário para que não ocorram transtornos nos postos de saúde – recomenda Maria Tereza Schermann, coordenadora do Programa Estadual de Imunizações da Secretaria Estadual da Saúde (SES).

No país, o público-alvo da primeira etapa são 1,9 milhão de trabalhadores da saúde e 566 mil indígenas. No Rio Grande do Sul, são 137 mil trabalhadores e 20 mil índios. Os demais grupos devem procurar os postos de saúde em quatro períodos, entre 22 de março e 21 de maio (confira o calendário completo na página seguinte).

As dimensões da campanha atual – que supera a maior realizada até então, quando 67 milhões de pessoas foram imunizadas contra a rubéola em 2008 – a deixa vulnerável a problemas. Um deles é a possibilidade de pessoas se aproveitarem do período destinado a pacientes crônicos, por exemplo, para se vacinar mesmo não sendo portador de nenhuma enfermidade. Nos postos, não será preciso comprovar o mal crônico, apenas informá-lo.

– Se a pessoa não necessita da vacina, não está na faixa etária ou dentro dos critérios de risco, e procura um posto, está deixando alguém que realmente precisa sem ser vacinado – avaliou o ministro José Gomes Temporão na semana passada.

As pessoas que não integram os grupos de risco definidos pelas autoridades de saúde poderão recorrer à rede privada. Clínicas médicas e hospitais particulares, entretanto, ainda não dispõem das doses. Isso só deverá ocorrer no fim do mês ou no início de abril. O custo da aplicação deverá variar entre R$ 50 e R$ 70.

Diferentemente do ano passado, quando a gripe A assombrou o mundo, tendo origem no México, o objetivo do Ministério da Saúde não é conter o avanço do vírus A H1N1, que já está presente em pelo menos 213 países e territórios. A meta agora é proteger os grupos mais vulneráveis a complicações respiratórias e à morte.

ZERO HORA

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