sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aumentam os casos de doenças do coração em jovens


 

As doenças cardiovasculares têm afetado pessoas cada vez mais jovens e surgem, em média, dez anos mais cedo. Na década de 80, os infartos eram menos frequentes em pessoas com 50 anos. Atualmente é comum pacientes na faixa dos 40 anos com problemas no coração. Hoje chegamos até a encontrar pacientes com idade em torno de 20 a 30 anos em UTIs com diagnóstico de Infarto Agudo do Miocárdio. Além disso, a Hipertensão Arterial vem, cada vez mais, acometendo indivíduos mais jovens.

Fatores de risco como tabagismo, obesidade, hipertensão, estresse, sedentarismo, diabetes e predisposição genética estão fazendo com que as doenças do coração atinjam pessoas mais jovens. Segundo Lise Bocchino, cardiologista do Delboni Auriemo Medicina Diagnóstica/DASA, até pessoas de 20 anos podem sofrer estreitamento significativo das artérias. Um alerta neste 25 de setembro, Dia Mundial do Coração.

Lise lembra que pessoas cada vez mais jovens sofrem hoje também por conta da obesidade. "E a obesidade na infância é o mais importante fator de risco para doenças cardiovasculares na vida adulta. Cerca de 60% dos adultos obesos foram crianças obesas", afirma a médica. A parcela de pequenos hipertensos também fica em 5%, ligando o problema com o aumento de peso.

Pesquisas do Ministério da Saúde mostram que a população de obesos está crescendo no Brasil. Em 2006, o levantamento apontou um total de 11,4% de pessoas obesas. No ano seguinte, esse percentual subiu para 12,9%. No ano passado, foram registrados 13% de adultos obesos, sendo o índice maior no grupo de mulheres (13,6%) do que no de homens (12,4%). O segmento de crianças e adolescentes acima do peso corresponde a 5%.

Ainda segundo o Ministério da Saúde, uma hora ou mais por semana de atividade física moderada a intensa, como correr, já pode reduzir o risco de doença cardíaca. "Trinta minutos diários de caminhada reduzem efetivamente o risco de doenças do coração e AVCs. Consumir cinco ou mais porções de frutas, legumes e verduras por dia, aumentar o consumo de grãos integrais, reduzir a quantidade de gorduras saturadas e evitar as gorduras trans são medidas que demonstraram melhorar a saúde do coração em crianças e adultos", reforça Lise Bocchino.

Mas a cardiologista lembra que o governo e a sociedade também podem adotar estratégias conjuntas para minimizar este problema. "Campanhas de educação alimentar voltadas para crianças nas escolas públicas e privadas, por exemplo, serviriam como estímulo para os pais. Não podemos permitir que o apelo da TV e do computador seja maior do que o da prática de exercícios físicos", finaliza.
Carolina Vasconcellos e Carolina Guerrero

Imagem Corporativa

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