quarta-feira, 5 de abril de 2017

Adeus, agulhas: lentes com sensores podem medir o diabetes

Por meio da análise da lágrima do paciente, o dispositivo é capaz de monitorar o nível de açúcar ou a quantidade de ácido úrico em seu sangue

O equipamento ainda está em fase de testes, mas deve chegar ao mercado com um valor menor que os procedimentos comuns (Oregon State University/Divulgação)

Os diabéticos e outros pacientes que precisam coletar sangue todos os dias para realizar algum exame sabem como são doloridos esses procedimentos. Porém, uma pesquisa publicada nesta terça-feira (4), no periódico científico da American Chemical Society, apontou uma possível solução para tornar esses processos (bem) menos invasivos. Trata-se de uma lente de contato equipada com um sensor biométrico capaz de aferir o nível de glicose no sangue do paciente.

Os sensores são alocados à uma lente de contato comum e transparente. Assim, eles conseguem monitorar os sinais biológicos (glicemia, ácido úrico) do indivíduo apenas por meio da análise de suas lágrimas. “Nosso objetivo é detectar os biomarcadores nas lágrimas e não no sangue do paciente, o que torna a tecnologia muito menos invasiva”, diz ao site de VEJA o engenheiro americano Gregory Herman, da Universidade do Estado do Oregon, um dos pesquisadores responsáveis pelo estudo.

De acordo com Herman, os sensores das lentes possuem uma enzima sensível à glicose. Dessa forma, cada vez que o dispositivo está na presença de açúcar, sua enzima se modifica. Isso permite que os cientistas acompanhem o níveis de glicose dos pacientes apenas monitorando a lente.

Inicialmente, a tecnologia foi desenvolvida para aferir somente as taxas de glicemia no sangue. Porém, as pesquisas se expandiram para que o dispositivo também monitore outros sinais biológicos como ácido úrico, colesterol, dentre outros. “Durante as pesquisas, descobrimos também que podemos alterar a química do dispositivo para termos um sensor de ácido úrico, importante biomarcador de doenças renais”, exemplifica o pesquisador.

As lentes ainda estão em fase de testes, mas, de acordo com o estudo, a tecnologia — que deve ser mais barata que os procedimentos comuns — pode ser produzida em escala industrial desde que haja apoio das empresas. “Já estamos buscando colaborações com a iniciativa privada. Uma vez que conseguirmos tal apoio, acredito que as lentes e os sensores podem chegar ao mercado com rapidez e serão relativamente baratos”, antecipa o pesquisador.

Por Carla Monteiro
Atenção: O Saúde Canal da Vida é um espaço de informação, divulgação e educação sobre assuntos relacionados a saúde, não utilize as informações como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde. Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Conteúdo de terceiros

O http://saudecanaldavida.blogspot.com/ sempre credita fonte em suas publicações quando estas têm como base conteúdos de terceiros, uma vez que não é do nosso interesse apropriar-se indevidamente de qualquer material produzido por profissionais ou empresas que não têm relação com o site. Entretanto, caso seja detentor de direito autoral sobre algo que foi publicado no saudecanaldavida e que tenha feito você e/ou sua empresa sentir-se lesados, ou mesmo deseje que tal não seja mostrado no site, entre em contato conosco (82 999541003 Zap) e solicite a retirada imediata.