sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Vida após o câncer

O tratamento do câncer envolve cirurgias de extração, o uso de drogas quimioterápicas e radioterapia.

Com o avanço científico no diagnóstico precoce e nessas modalidades de tratamento, observou-se, nos últimos 25 anos, um aumento na sobrevivência de todos os tipos de cânceres, com ênfase ao câncer de mama, para o qual a cura acontece em 90% dos casos atualmente. Entretanto, tratamentos como a quimio e a radioterapia podem comprometer a fertilidade, pois afetam os testículos e ovários, podendo danificar os espermatozoides e óvulos. Este comprometimento varia caso a caso e está ligado à dose e à duração do tratamento.

Para manter a esperança da maternidade ou paternidade, os pacientes necessitam realizar, antes do início do tratamento contra o câncer, a preservação da fertilidade. A opção de preservação para o homem é o congelamento de espermatozoide ou de tecido testicular. Os espermatozoides podem ser obtidos do sêmen ejaculado ou das punções de epidídimo ou testículo.

Já as mulheres podem crio-preservar óvulos (ovócitos) ou tecido ovariano. Dependendo do tipo de câncer e do tratamento indicado, outras medidas podem ser adotadas, como a transposição ovariana e a utilização de medicamentos para bloquear o desenvolvimento folicular (Análogos de GnRH).

Programa de Preservação da Fertilidade
Pensando nos pacientes com câncer, que desejam ter filhos, mas precisam ser submetidos à tais tratamentos, criou-se o Programa de Preservação da Fertilidade, que realiza o atendimento gratuito para estes casos. Segundo a coordenadora do Programa, Dra. Ângela van Nimwegen, este é um tratamento diferente, pois traz a perspectiva pós-câncer. “Um paciente que descobre qualquer tipo de câncer fica fragilizado e este não é o momento para pensar em custos para manter a fertilidade. Esta deve ser uma opção que traga esperança sobre o futuro depois da doença: a constituição de família”, ressalta a coordenadora.

Ainda de acordo com a médica, as maiores dificuldades enfrentadas pelo Programa são a falta de informação e a necessidade de iniciar imediatamente o tratamento contra o câncer. “Muitos pacientes não sabem os efeitos da quimio e da radioterapia sobre a fertilidade e chegam ao Programa após o início do tratamento. Nestes casos não é possível realizar as técnicas para preservação da fertilidade”, comenta.

A especialista prossegue dizendo que muitos pacientes procuram o Programa poucos dias antes de iniciar a quimio e/ou radioterapia, limitando as opções de tratamento. “O ideal é que, assim que o diagnóstico de câncer for recebido, o paciente procure o aconselhamento médico para preservação da fertilidade, permitindo a escolha de qualquer método, sem limitação de tempo. Para tanto, é necessário um trabalho em conjunto com os oncologistas e médicos de outras especialidades, assim como a criação de programas para orientar a população”, acrescenta.

Para os homens, caso não haja fatores de infertilidade, a preservação é feita em poucos dias. Quando há a necessidade de utilizar técnicas mais complexas, como a punção do epidídimo ou testículo, o processo é realizado em aproximadamente uma semana. No caso da preservação de fertilidade da mulher, leva-se um pouco mais de tempo. Cerca de 15 dias são necessários para hiperestimular a ovulação e realizar a captação dos óvulos. Importante lembrar que a indução da ovulação pode ser iniciada em qualquer fase do ciclo menstrual.

Outro ponto a ser destacado é o tipo de câncer apresentado pela mulher. Pacientes com neoplasia hormônio-dependente (câncer de mama ou endométrio) precisam de protocolos de indução da ovulação diferenciados.

Essa medida é adotada para não agravar a enfermidade. Os pacientes que realizam a preservação da fertilidade são avaliados periodicamente, por tempo indeterminado, para que a equipe médica do Programa verifique se o tratamento realmente está afetando a fertilidade. Este período corresponde ao tempo do acompanhamento oncológico, para verificar possíveis reincidências do câncer.

Após este período, o oncologista libera a paciente para engravidar. Caso os ovários tenham sido afetados e a paciente não consiga uma gestação naturalmente, ela poderá optar pela reprodução assistida e utilizar os óvulos crio-preservados.

fonte:http://www.corposaun.com/vida-apos-o-cancer/22082/
Por Lais
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