terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais sobem para 152

Em 10% dos casos, a doença entra em uma fase considerada tóxica e causa hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência renal

Por causa do surto de febre amarela no Estado, o governo de Minas declarou emergência em 152 cidades. Os casos suspeitos da doença, no entanto, ocorrem em um grupo menor de cidades. (Fio Cruz/Divulgação)

O número de casos suspeitos de febre amarela em Minas Gerais subiu para 152, com 47 mortes informadas. Dos registros realizados até o momento, 37 casos são considerados prováveis – os pacientes apresentaram sintomas da doença e um exame laboratorial positivo para o vírus. Dos óbitos informados, 22 têm como causa provável a infecção pela febre amarela.

Por causa do surto, o governo de Minas declarou emergência em 152 cidades. Os casos suspeitos da doença, no entanto, ocorrem em um grupo menor de cidades. Até agora, 26 trazem registros de pacientes com infecção ou casos de mortes que podem estar relacionadas à febre amarela. Em 16 cidades foi identificada morte de macacos, provavelmente provocadas também pela doença.

O retorno da doença
Os primeiros sinais de que a febre amarela estava novamente ultrapassando a região amazônica começaram em 2014. Nesse período, de acordo com o Ministério da Saúde, o país passou a ter uma “reemergência” da doença. Entre 2015 e 2016, foram confirmados 15 casos, com 10 mortes nos Estados de Goiás, Pará, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Pará e São Paulo.

O vírus de febre amarela nunca deixou de circular no Brasil na forma silvestre. A cada ciclo de aproximadamente sete anos, no entanto, há um aumento de casos em áreas que ultrapassam a região da Amazônia. O fenômeno está associado a mudanças na população suscetível. A última onda de casos em humanos ocorreu em 2009, quando a doença atingiu o Rio Grande do Sul.

Características da febre amarela
A transmissão da doença ocorre pela picada de mosquitos portadores do vírus de febre amarela: Haemagogus, em regiões de campo e floresta, e o Aedes aegypti, na forma urbana da doença. Os principais sintomas da infecção são calafrios, dor de cabeça, dores nas costas e no corpo, náuseas, vômitos, fadiga e fraqueza.

Para maior parte dos pacientes, os sintomas vão perdendo a intensidade a partir do 3º ou 4º dia da infecção. Em 10% dos casos, no entanto, a doença entra em sua fase considerada tóxica e causa hemorragias, insuficiência hepática e insuficiência renal. Um dos sintomas mais visíveis dessa etapa é a coloração amarelada da pele e do branco dos olhos. Também é comum pacientes apresentarem vômito com sangue, um sintoma da hemorragia. Cerca de 50% dos pacientes que desenvolvem a forma grave da doença morrem num período entre 10 e 14 dias.

Como não há um tratamento específico para febre amarela, a medida mais eficaz é a vacinação, para evitar a contaminação da doença. A imunização é oferecida na rede pública de saúde e pode ser procurada a qualquer momento do ano.

(Com Estadão Conteúdo)
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