sexta-feira, 18 de abril de 2008

COMBATE À HIPERTENSÃO GANHA AS RUAS



Campanhas pela saúde são comunicadas à população, via de regra, em tom de festa. Hoje, por exemplo, "comemora-se o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão", anuncia o cartaz de um hospital público do estado. Para o vigilante Daniel de Barros, 59 anos, hipertenso desde 2004, não há o que celebrar. A doença provocada pelo aumento da pressão do coração sobre artérias e seus perigos o acompanham diariamente. Alteram não apenas a rotina de vida dele, mas da esposa, também hipertensa. A prevenção e combate à hipertensão ou pressão alta podem até ter um dia festivo na agenda da saúde pública e privada, mas não devem ser só um.

"Descobri que estava hipertenso quando voltei ao trabalho, depois de umas férias. Me sentia tonto, tinha dormência nas pernas e dor de cabeça. Fui ao setor médico da empresa que trabalhava e a pressão estava em 18 por 12, quando deveria ser perto de 12 por 8", conta o vigilante Daniel de Barros, que, duas vezes por dia, usa captopril, um anti-hipertensivo clássico. "O sal foi tirado da comida em casa e minha filha afere sempre a minha pressão com o tensiômetro que ela aprendeu a usar".

A hipertensão arterial é caracterizada pelo aumento da força exercida pelo coração para impulsionar o sangue pelo corpo todo. A doença não mostra sintomas, exceto nos casos em que a pessoa já está num quadro grave ou prolongado. São mais comuns: dor de cabeça, vômito, falta de ar, agitação e visão borrada. Se não tratada, a pressão alta pode causar acidente vascular cerebral (AVC), doenças do coração (infarto, insuficiência cardíaca e angina), insuficiência renal e alterações na visão. A hipertensão é responsável por 40% dos casos de infarto, 80% de acidente vascular cerebral (AVC) e 25% de insuficiência renal terminal, de acordo com a equipe médica da Clínica de Hipertensão do Hospital das Clínicas da UFPE. "Não se sabe com precisão a causa da doença, mas existem alguns fatores de risco. Obesidade, sedentarismo, história da doença na família e estresse são alguns deles", comenta o coordenador do serviço,Hilton Chaves. A Clínica de Hipertensão do HC existe há 16 anos e possui 10 mil pacientes cadastrados. Desses, cinco mil estão em acompanhamento.

Se não for tratada, a pressão alta pode causar acidente vascular cerebral, doenças no coração, problema renal e, ainda, alterações na visão

Pelo que conta o funcionário público Marcelo Emílio, de 43 anos, o estresse foi que causou sua hipertensão, há cerca de um ano. "Tive um problema emocional na família muito forte. A pior doença do mundo é o estresse", fala Marcelo, que se medica três vezes ao dia, para regular a pressão arterial. "O mais difícil tem sido controlar a alimentação. Eu como mais na rua do que em casa".

O serviço do Hospital das Clínicas tem algumas orientações para o controle da hipertensão: aferir a pressão regularmente, adotar uma alimentação saudável, praticar atividade física pelo menos cinco dias por semana, manter um peso adequado, diminuir a quantidade de sal na comida, reduzir o consumo de bebidas alcoólicas; evitar o fumo; controlar o estresse; e seguir as orientações médicas.

Fonte: www.pernambuco.com

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