terça-feira, 25 de agosto de 2009

HPV é responsável por quase 100% dos casos de câncer do colo do útero


 

Líder no ranking das doenças sexualmente transmissíveis, o HPV - Papiloma Vírus Humanos - é também um dos principais e mais preocupantes agentes causadores do câncer cervical, mais conhecido como câncer do colo do útero. A infecção é responsável por 99,7% dos casos do tumor em mulheres, principalmente, nas mais jovens. O início precoce da atividade sexual, as constantes trocas de parceiros e a resistência ao uso do preservativo são alguns fatores que tornam elas as principais vítimas da infecção e, consequentemente, da doença maligna. O tumor atinge cerca de 19 mil brasileiras por ano e é a segunda maior causa de câncer, atrás apenas do de mama, conforme dados do INCA (Instituto Nacional do Câncer).

"A vacina contra o HPV tem sido uma das alternativas eficientes para combater subtipos do vírus e, consequentemente, reduzir a incidência do câncer", afirma o presidente do comitê de Patologia do Trato Genital e Colposcopia da Associação dos Ginecologistas e Obstetras de Minas Gerais (SOGIMIG), André Ricardo Silva da Costa.

O HPV pode ser transmitido através do contato direto com a pele contaminada e do ato sexual sem proteção, inclusive o sexo oral. Ainda existe a possibilidade de contaminação por meio de objetos como roupas íntimas, toalhas e vasos sanitários. Em geral, o vírus provoca feridas ou pequenas verrugas de tamanhos variáveis nas regiões genital e anal, tanto na parte externa (vulva, pênis e ânus), quanto na parte interna (canal da vagina e colo uterino). Para evitar a contaminação, uma boa opção é a vacina contra o HPV, liberada pelo FDA (Foods and Drugs Administration), em 2006, para mulheres de 9 a 26 anos. Ela atua na prevenção de lesões genitais pré-cancerosas e verrugas genitais, além de combater os subtipos HPV 16/18, mais freqüentemente encontrados no câncer cervical, responsáveis por aproximadamente 70% dos casos. A profilaxia também reduz a incidência de doenças anogenitais associadas ao vírus, incluindo câncer vulvar, vaginal e anal e a papilomatose laríngea.

São três doses intramusculares (0, 2 e 6 meses) ainda com alto custo para a população, de maneira geral. Após cinco anos de controle, os testes mostraram eficácia de 87,5% de proteção para as lesões pré-malignas do colo uterino e as verrugas. A vacina previne, mas não protege contra todos os subtipos de HPV oncogênicos, da mesma forma que não trata infecções já estabelecidas. "É importante vacinar as pacientes antes da provável idade de exposição ao vírus", observa Costa. Para ele, o desafio futuro é verificar a validação em períodos maiores e a possível inclusão de outros tipos virais.

As mulheres manifestam mais a doença porque o vírus se prolifera preferencialmente na mucosa vaginal e no colo uterino, mas isso não quer dizer que os homens estejam imunes. No entanto, em mais de 80% dos casos de contaminação em adolescentes o agente é destruído pela própria defesa corporal da jovem. "Muitas vezes o vírus fica incubado por tempo indeterminado dentro da célula sem apresentar sintomas visíveis e vai regredindo com o tempo", detalha Costa.
Isabella Grossi

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