quinta-feira, 8 de março de 2012

Alimentos que ajudam a manter os níveis de glicose equilibrados

Quando comemos um doce ou um prato de macarrão, os carboidratos desses alimentos são transformados em glicose e absorvidos pelo intestino delgado. Então, a glicose é levada ao sangue e, a partir daí, com a ação da insulina, é transportada para dentro das células, onde será convertida em energia. Esse é um processo normal do organismo. Não para os diabéticos. Neles, a insulina deixa de agir e a glicose fica circulando no sangue por muito tempo. Assim, falta energia para as atividades diárias e sobram problemas decorrentes do exagero desse tipo de carboidrato.

E se você é um dos mais de 6 milhões de brasileiros portadores da doença, fique tranquilo. Hoje, sabe-se que uma alimentação equilibrada, aliada à prática de exercícios físicos, pode ser suficiente para estabilizar a situação e evitar qualquer complicação que a diabete possa trazer. Esse é o exemplo da terapeuta ocupacional Sheila Muschellack, que convive com a doença há 14 anos. Ela conta que descobriu o problema aos 10 anos, no dia da Páscoa. “A pediatra ligou avisando e disse que os exames de sangue estavam alterados, logo, não poderia comer ovos de chocolate! Achei que seria passageiro, mas a diabete chegou para ficar e muita coisa mudou.” Aos poucos, ela aprendeu que o principal ingrediente para se manter bem eram as fibras – em todas as refeições.

É de se ressaltar a importância dessa substância para a saúde dos diabéticos. Ela freia a absorção dos carboidratos, evitando os picos de glicose no sangue. Consumir um prato de macarrão ao sugo, por exemplo, elevará mais a glicemia do que se a pessoa comer uma quantidade menor desse alimento com um pedaço de carne grelhada e legumes cozidos. Explicação: “O carboidrato [nutriente em que o macarrão é abundante], quando ingerido sozinho, eleva mais a glicemia do que quando combinado a alimentos ricos em proteínas [como a carne] e ricos em fibras [como os legumes]”, afirma a nutricionista Cíntia Elaine Ramos Trindade, do Total Care da Amil. “As fibras, quando agregadas aos carboidratos, dificultam a digestão desse nutriente, levando a uma absorção lenta e gradual da glicose”, completa o endocrinologista Ricardo Amim, de Minas Gerais. Isso dá oportunidade ao pâncreas de produzir a quantidade de insulina necessária para compensar o açúcar ingerido na refeição, ou dá tempo para o medicamento contra a diabete agir de forma adequada.

Aveia com Frutas
Desde pequeno somos incentivados a comer vegetais em geral. Como você já percebeu, eles são ricos em fibras e não devem faltar no prato do diabético. A regra também vale para os cereais integrais. Nesse grupo, cevada, quinoa, centeio e aveia são os mais recomendados. E entre todos eles, talvez, o último seja o mais fácil de ser incluído na alimentação. É que a aveia combina com tudo (ou quase tudo): com frutas, iogurte, ou mesmo no preparo de bolos e biscoitos. Dica: substitua seu café da manhã por um mingau de aveia com passas e amêndoas. “Ela tem altos teores de fibras solúveis, que ajudam a diminuir o risco de diabete e, também, as chances de doenças cardíacas e alguns tipos de câncer”, diz Cíntia Elaine.

Canela X Açúcar
De acordo com a nutricionista Lara Natacci, que atua em São Paulo, a canela é outra ótima aliada dos diabéticos. Essa especiaria melhora a sensibilidade das células à insulina – o hormônio responsável pelo transporte da glicose do sangue para dentro das células, facilitando a penetração do nutriente nelas. “Assim, a canela auxilia a reduzir os níveis glicêmicos”, diz a nutricionista. Esse benefício se deve à cumarina, um princípio ativo volátil encontrado em diversas espécies de plantas, entre elas, o guaco, o agrião e a canela. Quando consumida em excesso, porém, essa substância pode causar danos ao fígado e aos rins. “O ideal é ingerir meia colher de chá por dia e evitar o uso durante a gestação e se estiver com hipertensão”, recomenda Lara Natacci.

Yacon, Já Ouviu Falar?
Essa raiz costuma ser vendida como um tipo de batata e ainda é pouco conhecida no Brasil. Sua presença tímida nos pratos do País, no entanto, se deve apenas à falta de conhecimento sobre seus inúmeros benefícios. Um deles é de suma importância para os diabéticos: o alimento diminui os níveis de glicose no sangue. A raiz não é rica em amido (um tipo de carboidrato) e possui açúcares conhecidos como frutanos, que atuam como adoçantes naturais.

“O yacon armazena os carboidratos na forma de frutanos do tipo inulina, em sua maioria. Quando consumidos, chegam ao cólon sem alterações significativas em sua estrutura”, explica Deise Regina Baptista, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e membro do Departamento de Nutrição da Sociedade Brasileira de Diabetes.

“A inulina, dentro do organismo, transforma-se em uma espécie de gel, e no intestino delgado essa substância gelatinosa é capaz de tornar a absorção da glicose mais lenta”, continua. Como o diabético não tem insulina suficiente para queimar rapidamente a glicose, a lentidão em sua absorção pelo sangue é um forte aliado. Uma sugestão de consumo para o yacon é batê-lo com suco de frutas e ingeri-lo entre 15 e 20 minutos antes das refeições principais.

Levedo De Cerveja Também!
Ele é o resultado do processo de fermentação da cevada durante a produção de cerveja. “É rico em cromo e vitaminas do complexo B, que auxiliam na regulação da glicemia”, diz Lara Natacci. O interessante é a versatilidade do alimento: pode ser misturado às saladas, sopas e hortaliças cozidas. Algumas vitaminas do complexo B, como a tiamina, são importantes para combater os males da diabete – que vão de problemas na visão a alterações cerebrais e danos nos rins. Um estudo elaborado por cientistas da Universidade de Warwick, na Inglaterra, mostrou que os diabéticos expulsam essa vitamina do corpo em um ritmo até 15 vezes superior ao das pessoas saudáveis.

Segundo os pesquisadores, como ela ajuda a prevenir complicações, é bom não se esquecer de incluí-la na dieta. Alguns dos alimentos ricos em vitamina B1 (ou tiamina) são: ervilha, feijão, pão integral, noz, amendoim, gema de ovo e cereais integrais.

Escolha os alimentos certos! A tabela abaixo indica o que pode ser consumido, moderado e evitado pelo diabético

Tipos de diabetes

Tipo 1
Ocorre quando falta insulina no organismo, em pessoas abaixo dos 30 anos. Tem relação com infecções durante a infância e hereditariedade. Sintomas: muita sede e fome, excesso de urina e perda de peso.

Tipo 2
Responsável por 90% dos casos, surge após os 30 anos. Além da hereditariedade e da obesidade, o estilo de vida moderno (sedentarismo e alimentação inadequada) contribui para o desenvolvimento desse problema. Os sintomas são progressivos, ou seja, surgem lentamente ao longo dos anos. Alguns exemplos: sede, fome, urina excessiva, fraqueza, mal-estar, visão borrada e baixa imunidade.

Gestacional
Ocorre durante gravidez e, se tratada adequadamente, permanece apenas nesse período. Induzida por drogas É desenvolvida pelo uso frequente e em grande quantidade de medicamentos, como corticoide para tratar asma e bronquite. Pode ser curada com acompanhamento médico.

Para ficar longe
Melhor do que evitar os picos de açúcar no sangue depois que a diabete já está diagnosticada é prevenir o aparecimento dessa doença. “Sabe-se hoje que a diabete tipo 2 é a mais frequente, e que em 90% dos casos sua causa é hereditária”, afirma o endocrinologista Luiz Alberto Grossman, do Hospital Samaritano de São Paulo. Mas essa tendência hereditária pode ser impedida de se manifestar por algum tempo. E há algumas dicas para isso.

A maçã, por exemplo, é uma grande aliada. Pesquisadores do Instituto Nacional de Saúde Pública de Helsinque, na Finlândia, estudaram a alimentação de 60 mil homens e mulheres por um ano. Eles descobriram que os participantes que comiam maçãs mais frequentemente reduziram o risco de desenvolver diabete em 27%. Para isso, coma duas maçãs por dia!

O que também ajuda a prevenir a doença são os alimentos ricos em zinco, como as amêndoas, a castanha-do-pará e a carne bovina. A revista científica americana Diabetes Care divulgou uma pesquisa em que se observou que colocar zinco no prato reduz em até 28% o risco de desenvolver diabete, já que o mineral ajudaria a regular a ação da insulina. A dose recomendada para blindar o corpo seria de 8 miligramas diários do nutriente para as mulheres e de 11 miligramas para os homens (equivalente a uma xícara de café de farelo de trigo para ambos os casos).

Vi na net:http://gaad-amigosdiabeticos.blogspot.com.br/2009/10/especial-de-domingo-alimentos-que.htmlFonte da pesquisa: Portal Diabetes
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