sexta-feira, 20 de abril de 2018

Reação rara à tatuagem dá mesmos sintomas que câncer em paciente australiana


Tudo indicava que uma paciente australiana de 30 anos estava com câncer quando os médicos descobriram que na verdade aquela era uma reação muito rara ao pigmento preto de uma tatuagem feita 15 anos antes. O caso foi relatado na revista Annals of Internal Medicine.

A mulher chegou ao hematologista com linfonodos aumentados na axila (ínguas), que estavam incomodando havia duas semanas. Um exame de imagem em seu corpo revelou linfonodos no tórax, inclusive perto dos pulmões.

“90 vezes em 100, isso é linfoma”, afirmou o hematologista Christian Bryant, do Royal Prince Alfred Hospital (Sidney), à CNN. Vários tipos de câncer, inclusive o linfoma, podem fazer com que os linfonodos inchem por conta da inflamação e infecção.

No caso da paciente australiana, os nódulos estavam inflamados por causa de uma reação a uma tatuagem antiga, e não por conta de células cancerosas. Um dos nódulos foi removido da axila e nele foi identificado um aglomerado de células brancas cheias de pigmento preto. A mulher tinha uma tatuagem antiga cobrindo as costas e uma menor e mais recente no ombro.

O pigmento encontrado nas células eram muito grandes para que elas o eliminassem, por isso eles foram se acumulando no linfonodo. Mas por que a inflamação só aconteceu tantos anos depois da tatuagem ser feita? A resposta dos médicos no caso é que alguma coisa desencadeou essa inflamação, mas essa causa não foi identificada.

A paciente relatou que mensalmente sua tatuagem coçava por alguns dias. O tipo de inflamação encontrado em seus linfonodos, porém, chamado de granuloma, não foi encontrado na pele.

Em outros casos, linfonodos com pigmentação já foram confundidos com metástase de melanoma (tumor maligno de coloração escura na pele), mas este é o primeiro caso registrado em que houve confusão com sintomas do linfoma.

Para quem tem tatuagem, é importante lembrar que uma inflamação desse tipo pode acontecer anos mais tarde. Os médicos, por sua vez, devem conhecer o histórico dos pacientes, inclusive a existência de tatuagens, quando estão investigando doenças importantes.

A paciente australiana teve um final feliz. Na última consulta com o médico, seus linfonodos não estavam mais inchados e nenhuma sequela foi observada. O hematologista comemorou o resultado: “no meu trabalho, frequentemente não é assim”. [CNN]

por Juliana Blume
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