terça-feira, 1 de maio de 2018

Estudo de Harvard conclui que dieta vegetariana pode prevenir uma em três mortes prematuras


Segundo um novo estudo da Universidade de Harvard, nos EUA, um terço de todas as mortes prematuras poderia ser evitada por uma dieta vegetariana.

Essas descobertas indicam que temos subestimado enormemente os benefícios de uma dieta baseada em vegetais.

Subestimação
Os resultados da pesquisa foram apresentados na Quarta Conferência Internacional do Vaticano na Cidade do Vaticano, pelo pesquisador Dr. Walter Willett, professor de epidemiologia e nutrição da Faculdade de Medicina de Harvard.

Willett disse na conferência: “Acabamos de fazer alguns cálculos olhando para a questão de quanto poderíamos reduzir a mortalidade mudando para uma dieta saudável, mais baseada em vegetais, não necessariamente totalmente vegana, e nossas estimativas são de que cerca de um terço das mortes precoces poderia ser evitada”.

Por exemplo, enquanto dados recentes britânicos sugeriam que 141.000 mortes por ano na Grã-Bretanha eram evitáveis, a nova pesquisa de Harvard produziu um número maior: cerca de 200.000 vidas poderiam ser salvas a cada ano no Reino Unido se as pessoas removessem carne de suas dietas.

“Não estamos nem mesmo falando de fazer atividade física ou não fumar, e estamos falando de qualquer morte, não apenas morte por câncer. E esse número é provavelmente subestimado, já que não leva em conta a obesidade, um fator importante”, acrescentou Willett.

O poder da dieta
Segundo o pesquisador, a dieta saudável está relacionada a um risco menor de quase tudo, o que talvez não seja surpreendente, “porque tudo no corpo está conectado pelos mesmos processos subjacentes”, disse.

O professor britânico David Jenkins, da Universidade de Toronto, no Canadá, também falou na conferência sobre a subestimação dos benefícios do vegetarianismo. Ele desenvolveu o índice glicêmico que ajuda a explicar como os carboidratos causam impacto no açúcar no sangue.

Jenkins acredita que nós seríamos mais saudáveis seguindo uma dieta “simiana”, semelhante aos gorilas que comem caules, folhas, vinhas e frutas, em vez de uma dieta paleo ou do homem das cavernas, que corta carboidratos, mas permite carne.

Um estudo recente da Universidade de Toronto, por exemplo, descobriu que uma dieta vegetariana pode reverter certos problemas de saúde com as mesmas margens de sucesso de medicamentos comumente usados, chamados estatinas.

Potencial para a saúde
A equipe de Jenkins fez uma parceria com o The Bronx Zoo em Nova York e viajou para a África central para registrar os hábitos alimentares dos gorilas.

Quando eles recriaram a dieta para seres humanos – que chegou a 63 porções de frutas e vegetais por dia -, descobriram que houve uma queda de 35% no colesterol em apenas duas semanas, o equivalente a tomar estatinas.

No geral, não havia diferença entre seguir essa dieta ou tomar o medicamento. Milhões de pessoas são elegíveis para tomar estatinas a fim de evitar doenças cardíacas, o que equivale à maioria dos homens com mais de 60 anos e a maioria das mulheres com mais de 65 anos. A dieta, além de igualmente eficaz, não tem os efeitos colaterais da droga.

O Dr. Neal Barnard, presidente do Comitê para a Medicina Responsável, também fez uma declaração que as pessoas precisam despertar para os benefícios do vegetarianismo e do veganismo para a saúde. “Acho que as pessoas imaginam que uma dieta saudável tem apenas um efeito modesto e uma dieta vegetariana pode ajudá-las a perder um pouco de peso. Mas quando essas dietas são construídas corretamente, penso que são extremamente poderosas”.

Barnard afirma que uma dieta vegana com baixo teor de gordura é a mais eficiente para melhorar a diabetes, por exemplo. No que diz respeito a doenças inflamatórias como a artrite reumatoide, estudos também estão vendo um tremendo potencial.

Em resumo…
Uma dieta basicamente vegetariana é benéfica em partes por causa do que estamos evitando – como a carne – e por causa do colesterol, mas também por todos os nutrientes mágicos presentes nos vegetais e frutas que simplesmente não são encontrados em outras fontes. [TheWeek, Telegraph]

por Natasha Romanzoti
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