quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Conselhos para obter uma boa atividade sexual


De uma forma geral, grandes transformações na vida sexual podem vir a revelar problemas subjacentes, quer sejam doenças, efeitos secundários de medicação ou abuso de substâncias, como o álcool. Os companheiros, familiares e médico assistente devem estar alerta para estes sinais.
Neste campo, muitas vezes os médicos não estão sensibilizados para os problemas secundários que determinado tipo de doença e medicação pode causar nos seus pacientes.

Os médicos e outros técnicos de saúde também têm os seus mitos e preconceitos e estão condicionados por uma escola médica que valoriza mais o salvar vidas e o controlo das doenças, do que as consequências que determinados tratamentos podem ter na vida diária dos seus pacientes.
O tratar não é inócuo e pode, ele próprio, causar outro tipo de problemas. É nesta balança que se jogam e analisam prós e contras.

Nestas ponderações todos têm um papel a desempenhar. Todos nós podemos, de forma livre e descomplexada, perguntar ao nosso médico questões que nos intriguem, perturbem e que necessitem de esclarecimento. Acontece ser nesses momentos, que o médico se dá conta de “pormenores” a que não dava muita atenção, para os quais não estava nem tinha sido alertado.

Muitas das alterações que vão surgindo podem ser mal interpretadas pelo casal. Assim o homem tem de saber que as alterações sexuais relacionadas com a idade são normais e a mulher tem de compreender que as alterações que vivência no seu parceiro não são causadas por si. Com isso, por exemplo, uma diminuição na dureza da erecção por parte do homem, será vivida por ambos como natural. O mesmo deve acontecer com as alterações sentidas pelo sexo oposto, como será exemplo uma diminuição da lubrificação vaginal. 

Algumas doenças físicas, pelo seu impacto e importância na vida da pessoa, podem causar receios e medos, relacionados com o exercício e esforço efetuado durante o ato sexual. É o caso dos doentes pós infarte do miocárdio que podem ter receio de retomar a atividade sexual. Aqui, mais uma vez, o esclarecimento médico é fundamental.

Por outro lado, para alguns homens, principalmente para aqueles que associam virilidade a rápidas e intensas ereções e a relações sexuais enérgicas, a doença pode libertá-los da pressão que auto-induzem para desempenhos equivalentes aos da sua juventude, aceitando com naturalidade as novas performances. Como exemplo contrário, algumas mulheres que nunca desfrutaram o sexo e as relações sexuais, podem apoiar-se numa doença para evitar ou abandonar a atividade sexual. Ora, ambas as situações podem acontecer no sexo oposto, situações essas em que a doença ajuda na melhoria da sexualidade ou serve como desculpa, para o abandono desta.

Hoje em dia desenvolveram-se uma série de técnicas e fármacos que permitem resolver ou minorar muitos dos problemas relacionados com a sexualidade. Quem não ouviu já falar do Viagra, e seus concorrentes Cialis e Levitra, essas pílulas milagrosas que resolveram muitas disfunções eréteis, devolvendo a alegria a tantos casais, de todas as idades e culturas?

De medicamentos mais específicos, que necessitam de aconselhamento médico, até simples cremes vaginais comprados sem receita médica em qualquer farmácia, para minorar a diminuição da lubrificação feminina, vivemos uma era onde para os problemas encontramos soluções e com isso gozamos de uma sexualidade plena em todas as idades, independentemente das especificidades relacionadas com cada cultura, cada pessoa, cada vivência.
A atividade sexual em qualquer idade requer tempo, envolvimento psicossocial e energia.
Numa fase onde estão presentes as transformações do corpo e a adaptação à reforma e à organização do tempo, é importante fugir à monotonia imposta por uma longa vida a dois e a hábitos sexuais muitas vezes rígidos.

Estabelecer novos padrões de comportamento, como usufruir de novos locais ou experimentar diferentes técnicas ou posições, pode quebrar a monotonia e libertar novamente o interesse. Quando por qualquer razão há uma interrupção prolongada da vida sexual, retomar a atividade pode ser algo difícil. Expressões como “síndrome da viuvez” ou “atrito por desuso”, refletem estas dificuldades).
Em alguns casos é o cortejo e a sedução que estão destreinados. Ao fim de longos anos ao lado de alguém, a morte deste pode levar-nos a uma vida de celibato ou a uma nova busca de parceiro. Esta procura é muitas vezes censurada pelo próprio ou pelas pessoas circundantes. Aqui há que dizer sem rodeios que todas as pessoas, independentemente da idade, têm direito a um novo recomeçar. Recomeçar não é desrespeitar o passado. E uma opção tão respeitável e aceitável como a de permanecer sozinho.

Claro está que nem todas as expressões da sexualidade necessitam de parceiro. Nesta idade, a masturbação, o visionamento de material erótico e as fantasias sexuais deverão ser tão naturais como em qualquer outro momento da nossa vida. As várias formas de sexualidade no idoso, não são moralmente erradas nem tão pouco não naturais.
Como em qualquer idade, hábitos de vida saudáveis são fundamentais para uma vida sã e sexualmente ativa. O desporto, a quebra das rotinas, o afastamento do tabaco e de consumos pesados de álcool, são fatores a ter em consideração.

Com o aumentar dos anos de vida e com a manutenção da vida sexual, problemas até há pouco “dos mais novos” passam a fazer parte das preocupações dos idosos. Aqui gostaríamos de salientar as doenças sexualmente transmissíveis que não escolhem sexo ou idade.
Informação, informar e ser informado é fundamental. E com o trabalho conjunto de muitos profissionais, desde psiquiatras, ginecologistas, urologistas, passando por psicólogos e outros técnicos, com os diferentes saberes e técnicas disponíveis, pondo questões e ouvindo esclarecimentos, que podemos dar passos seguros numa velhice que se quer feliz e plena.

Se a idade avançada leva a uma perda de algumas das capacidades e performances sexuais, também abre a porta a novas oportunidades e vantagens na descoberta de novas formas de expressão sexual. O maior período que usualmente o homem necessita para atingir a ereção e posterior orgasmo, bem como a eventual diminuição do desejo por parte da mulher, pode levar a um aumento do jogo, da comunicação e partilha. A intimidade e o afeto são desenvolvidos com uma maior atenção ao abraço, ao beijo e à carícia. Assim, o sexo e a sexualidade pode ser melhor que nunca!

Dez maneiras para alcançar a sexualidade no envelhecimento:

- Cultivar uma atitude positiva em relação à sexualidade na 3ª idade.
- Manter a saúde e o desporto. Evitar o tabaco e excesso de álcool.
- Manter uma comunicação aberta e honesta com o companheiro, acerca das mudanças sexuais sentidas com o tempo.
- Incidir nos preliminares tal como na relação sexual em si. Mente aberta na adaptação dos hábitos sexuais às necessidades.
- Otimizar o tratamento de problemas médicos e incapacidades que Interferem com as funções sexuais. Consultar o médico acerca de preocupações resultantes do excesso de exercício durante a atividade sexual. Fazer os exercícios adequados para melhorar a força e a autoconfiança.
- Maximizar o tratamento de sintomas que limitam a atividade sexual. Na dor considerar tomar um banho ou chuveiro quente, receber massagens relaxantes ou tomar analgésicos antes da atividade sexual. Escolher as alturas do dia em que se esteja melhor. Nas dificuldades respiratórias adaptar a atividade sexual para minimizar o esforço e usar previamente os inaladores prescritos.
- Terapia de substituição hormonal pode melhorar a secura vaginal e melhorar a vasocongestão nas mulheres no período e pós-menopausa. A estimulação de zonas genitais ou mamárias poderá requerer uma estimulação mais gentil, por vezes com o uso de lubrificação externa.
- Identificar medicação problemática e propor medicação e estratégias alternativas.
- Evitar expectativas irrealistas de que o sexo tem de ser igual ao que era quando jovem.
- Explorar diferentes posições sexuais para diminuir o esforço.

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