quinta-feira, 16 de junho de 2011

Estudo: depressão afeta um terço dos sobreviventes de AVC

“A depressão e a ansiedade são comuns após um acidente vascular cerebral (AVC), afectando um terço dos sobreviventes de AVC. Frequentemente, a depressão passa despercebida e não é tratada,” explicou a Dra. Jennifer H. White (Universidade de Newcastle, Austrália). A Dra. White apresentou um novo estudo sobre depressão e ansiedade pós-AVC nos dias de hoje, no 21º Encontro Anual da Sociedade Europeia de Neurologia (ENS) em Lisboa. Mais de 3200 especialistas em neurologia de todo o mundo estão a discutir os mais recentes desenvolvimentos em todas as áreas da sua especialidade na capital portuguesa, avança comunicado de imprensa.

“A depressão pós-AVC é geralmente associada aos níveis mais elevados de incapacidade e ao baixo apoio social. A reabilitação deve não só incidir na recuperação física dos pacientes após o AVC, mas também abordar as questões da saúde mental mais seriamente. Se não for tratada, a depressão existente pode ser debilitante para a qualidade de vida,” de acordo com a Dra. White. O estudo mostra que a ansiedade tem tendência para passar com o tempo, enquanto que a depressão pode persistir se não for tratada.

Este estudo de coorte longitudinal conduzido pelo grupo de investigação australiano pretendeu explorar os factores predictivos da depressão e ansiedade pós-AVC. Os cientistas olharam para factores que contribuíram para uma alteração dos sintomas de 134 sobreviventes de AVC ao longo de um período de 12 meses. Foi solicitada aos sobreviventes a sua participação em entrevistas pessoais, explorando perturbações de humor, funções físicas, qualidade de vida, apoio social e participação da comunidade após a ocorrência do AVC e aos 3, 6, 9 e 12 meses após a ocorrência.

Os resultados destacam que uma história anterior de depressão e uma baixa participação da comunidade são factores que fazem prever a ocorrência de depressão pós-AVC. Não foram descobertos quaisquer factores que predigam a resolução da depressão pós-AVC. A ansiedade parece melhorar com o passar do tempo, enquanto que a depressão não tratada permanece uma carga contínua para todas as pessoas envolvidas, pacientes e família. “O nosso estudo sugere que os sobrevivente de AVC requerem um acompanhamento psicológico a longo prazo e estratégias de intervenção precoce que abordem a incapacidade e o baixo apoio social,” salientou a Dra. White. Os médicos que os tratam devem considerar aconselhamento para os pacientes e suas famílias e a introdução de um baixo limiar de antidepressivos se necessário. “Um melhor acesso à reabilitação contínua deve ter em conta as necessidades individuais de cada sobrevivente de AVC, bem como outros potenciais agentes de stress que possam contribuir para a experiência do AVC”.
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