sexta-feira, 24 de junho de 2011

Lúpus

AACD busca portadores de lúpus para pesquisa com um remédio novo
O estudo avaliará a eficácia de um medicamento imunobiológico de aplicação subcutânea. Será feito ao mesmo tempo nos Estados Unidos e no Brasil, com o objetivo de conseguir a aprovação dos organismos oficiais para uso clínico. Podem se inscrever pessoas maiores de 18 anos que se tratam de lúpus eritematoso sistêmico com os remédios tradicionais e não venham tendo bons resultados.

A Associação de Assistência à Criança Deficiente (AACD), de São Paulo, seleciona portadores de lúpus eritematoso sistêmico para participar de uma pesquisa sobre a eficácia de novo tipo de medicamento imunobiológico, o subcutâneo, ou seja, que é aplicado sob a pele. Medicamentos imunobiológicos de aplicação endovenosa, é preciso destacar, já tinham sido aprovados nos Estados Unidos e no Brasil e vinham sendo usados no tratamento da doença, fazia alguns anos, com bons resultados. Agora se criou uma variedade de aplicação subcutânea. A vantagem dos medicamentos imunobiológicos sobre os usados tradicionalmente no tratamento do lúpus - anti-inflamatórios, antimaláricos, derivados de cortisona e imunossupressores - é que interferem só na produção de anticorpos pelo organismo, o que é chamado terapia-alvo, e provocam menos efeitos colaterais. As pesquisas sobre a eficácia do novo remédio durarão 12 meses. Objetivam conseguir sua aprovação pelos organismos oficiais de saúde para uso clínico.

Estão sendo feitas nos Estados Unidos e no Brasil. Aqui, são coordenadas e desenvolvidas pelo Hospital Roberto de Abreu Sodré, da AACD, em conjunto com os serviços de Reumatologia do Hospital dos Servidores e do Heliópolis, na capital paulista; da Universidade Federal Fluminense, do Rio de Janeiro; do Hospital São Lucas, da Pontifícia Universidade Católica, e do Hospital das Clínicas, de Porto Alegre (RS); do Hospital Geral de Goiânia (GO); do Hospital Universitário de Juiz de Fora (MG); da Santa Casa de Salvador (BA); da Pontifícia Universidade Católica e da Clínica Médica Bonfiglioli, de Campinas (SP).

Podem participar do estudo pessoas de todo o País maiores de 18 anos, de ambos os sexos, que se tratam de lúpus eritematoso sistêmico da forma tradicional e não conseguem bons resultados. Terão de comparecer uma vez por mês ao local para o qual se inscreverem para passar por avaliação e tomar o remédio. Por isso, o ideal é que se inscrevam na instituição da cidade onde moram ou na da cidade mais próxima. Interessados podem obter informações e se inscrever pelo e-mail vbrasileiro@aacd.org.br ou pelos telefones (011) 5576-0922 e 5576-0788. O lúpus, vale relembrar, é uma doença autoimune, ou seja, em que o organismo produz substâncias que atacam tecidos e órgãos dele mesmo. Há dois tipos: o eritematoso, que ataca só a pele, e o sistêmico, que ataca órgãos importantes como articulações, rins, coração, sistema nervoso central e células do sangue. Pode manifestar-se em crianças e adultos jovens.

É mais comum na mulher. Manifesta-se em 0,1% a 0,3% da população. Calcula-se que haja 10 milhões de portadores no planeta, dos quais 500000 a 600000 no Brasil. Os sintomas da doença são: lesões de pele; dores articulares e inflamação sobretudo dos punhos e das articulações das mãos; mal-estar; e queda de cabelo. O ideal é procurar um bom clínico geral ou um reumatologista à primeira indicação e se tratar. Com isso, o portador pode evitar tanto problemas graves, como a falência dos rins, quanto a morte por insuficiência cardíaca devido à inflamação do pericárdio, membrana que envolve externamente o coração.
Revista CARAS | 9 de Junho de 2011 (EDIÇÃO 918ano )


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