domingo, 2 de julho de 2017

Proteína vegetal reduz o risco de menopausa precoce

Segundo um novo estudo, soja, folhas verdes, sementes e castanhas podem reduzir o risco de menopausa precoce em até 60%

Para evitar o risco de menopausa precoce, os pesquisadores recomendam a ingestão de 32,5 g de proteína vegetal por dia, ou 3 a 4 porções de alimentos como massas integrais, cereais, tofu e nozes, em uma dieta de 2000 calorias. (iStock/Getty Images)

De acordo com um novo estudo, publicado no periódico científico American Journal of Epidemiology, mulheres que comem tofu, soja e outros alimentos ricos em proteína vegetal podem ter o risco de menopausa precoce reduzido em até 60%. Quando surge antes dos 45 anos de idade, a menopausa pode elevar os riscos de doenças cardíacas, osteoporose e Alzheimer precoces.

Genética
Até então, especialistas acreditavam que a menopausa precoce devia-se a uma peculiaridade genética inevitável para algumas mulheres, particularmente aquelas que também tiveram puberdade precoce quando mais novas. No entanto, o novo estudo sugere que o risco de atingir a menopausa mais cedo pode ser reduzido com a partir de uma dieta rica em proteína vegetal.

Segundo os pesquisadores, as causas da menopausa precoce ainda não são amplamente compreendidas e, na maioria dos casos, os diagnósticos não os atribuem aos genes ou a auto-imunidade.

O estudo
Cientistas da Universidade Harvard e da Universidade de Massachusetts, ambas nos Estados Unidos, acompanharam cerca de 116.000 mulheres por duas décadas, de 1991 até 2011, quando todas atingiram a fase pós-menopausa. Aquelas cuja ingestão calórica incluía pelo menos 9% de proteínas vegetais, como alimentos integrais, tofu, soja, nozes e sementes, apresentaram 59% menos risco do que aquelas que tiveram 4% ou menos.

Proteína vegetal
Segundo os pesquisadores, pessoas vegetarianas são mais propensas a comer essa quantidade elevada de proteínas vegetais. No entanto, é possível se adaptar a esse nível, mesmo consumindo alimentos de origem animal. Entre as participantes, poucas realmente atendiam aos 9% do consumo capazes de reduzir o risco.

Porém, 20% das mulheres obtiveram 6,5% de suas calorias de proteína vegetal, o suficiente para reduzir o risco de menopausa precoce em 16% – em comparação às mulheres que tiveram apenas 4% do consumo diário total.

Menopausa precoce
A menopausa geralmente ocorre por volta dos 51 anos, quando o corpo começa a parar de produzir estrogênio e outros hormônios naturalmente, terminando a vida reprodutiva da mulher.

Os especialistas acreditam que a proteína vegetal, que é diferente da de origem animal, protege os ovários, reduzindo o esgotamento dos folículos, que são peça-chave para o processo reprodutivo. Eles ainda não sabem como isso funciona, mas esperam ser possível desenvolver formas de prevenção assim que surgirem mais estudos sobre o assunto.

“Uma melhor compreensão de como a ingestão de proteína vegetal está associada ao envelhecimento dos ovários pode identificar formas para que as mulheres modifiquem seu risco de menopausa precoce e condições de saúde associadas. Para uma mulher com uma dieta de 2000 calorias, isso equivale a 32,5 gramas de proteína vegetal por dia, ou três a quatro porções de alimentos ricos em proteína, como massas integrais, cereais, tofu e nozes.”, disseram os autores da pesquisa.

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