segunda-feira, 24 de julho de 2017

Psicólogos alertam que pais desencorajem os filhos pequenos a tirarem selfies – os riscos são preocupantes


Psicólogos estão alertando sobre os perigos envolvendo a tecnologia e crianças. Segundo eles, as crianças devem ser desencorajadas a tirarem selfies ou fotografias devido ao risco de que não conseguirão experimentar qualquer coisa senão através de uma lente.

Ainda, os pais devem ficar atentos ao tempo que os pequenos passam em frente às telas, e encorajá-los a brincar ao ar livre, bem como impedir que usem celulares, tablets ou computadores durante as refeições. Recomenda-se ainda que, nas saídas em família, o ideal é que toda a tecnologia fique em casa. Com informações do Daily Mail.

A advertência foi feita pela consultora e psicóloga clínica Elie Godsi. Segundo ela, as crianças devem ter permissão para brincar ao ar livre para que escapem do “mundo sedentário” de smartphones, computadores e televisão. “Deixe a tecnologia em casa”, adverte. “Quando for sair como família, deixe os dispositivos móveis desligados e tenha uma regra que diga que não se pode usar telefones celulares durante as refeições familiares”

Em minha opinião, as selfies não devem ser encorajadas. Eu acho certo que algumas fotos sejam tiradas, como uma maneira de ajudar as famílias a se lembrarem do passado ou compartilhar memórias, mas a pressão constante para publicá-las em mídias sociais significa que existe o risco de elas (crianças) não experimentarem nada, exceto através de uma lente”, explica a psicóloga.

Segundo ela, as crianças devem experimentar “diversões reais” ao invés de “fingirem” se divertir através da lente de uma câmera. Há uma tendência “preocupante e crescente” para os chamados pais “helicópteros”, que tentam a qualquer custo supervisionar e monitorar os movimentos de cada passo da criança.

Embora isso seja claramente adequado para crianças mais novas, à medida que envelhecem, uma supervisão tão intensa inibe seu desenvolvimento”, explica. “Os celulares podem se tornar um cordão umbilical psicológico insalubre entre os pais e seus filhos. Deve haver um equilíbrio entre a segurança da criança e sua autonomia”.

“Por exemplo, quando uma criança experimenta algo fora do comum, como ser capaz de telefonar para alguém, por exemplo, imediatamente lhe é negada a oportunidade de aprender a processar novas experiências para si, pelo menos até chegarem em casa“.

De acordo com Dr.ª Godsi, uma pesquisa feita com 2.000 pais pela Kingswood descobriu que a maior fonte de tempo compartilhado entre as famílias é a que passam assistindo televisão juntos. Cerca de 68% citaram isso como sua principal atividade compartilhada, seguido de ir ao cinema (35%), e jogos de computador (24%). 85% das famílias disseram que seus filhos nunca haviam acampado, enquanto que 51% das crianças disseram nunca ter subido em árvores. 40% dos pais admitiram que seus filhos nunca haviam experimentado passeios de bicicleta, enquanto que 43% nunca estiveram no mar e 31% nunca havia brincado em um parque.

De acordo com Matt Healey, chefe de aprendizagem da Kingswood, “é mais importante do que tudo que os pais continuem a incentivar seus filhos a tentarem coisas novas – ao invés de apenas deixá-los assistindo TV ou constantemente em mídias sociais”.
[ Daily Mail ] [ Foto: Reprodução / Pixabay ]

por Merelyn Cerqueira
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