quinta-feira, 4 de maio de 2017

Fumar enfraquece gene que protege as artérias, diz estudo

O tabagismo pode debilitar em até 60% o gene que protege as artérias de obstrução por acúmulo de placas de gordura, podendo levar à aterosclerose

O tabagismo é responsável por um em cada cinco casos de aterosclerose em todo o mundo (reprodução/Reprodução)

O tabagismo pode debilitar em até 60% um gene que protege as artérias de obstrução, aumentando o risco de fumantes desenvolverem doença arterial coronariana (aterosclerose), indica estudo americano. A pesquisa, publicada nesta segunda-feira revista científica Circulation, aponta a correlação entre hábitos e genética no acúmulo da placa que endurece as artérias e pode ser um caminho no combate à doença. “Este foi um dos primeiros grandes passos rumo à resolução do complexo quebra-cabeça das interações genético-ambientais que levam a doenças coronarianas”, disse o pesquisador Danish Saleheen, da Universidade da Pensilvânia e um dos autores do estudo.

O tabagismo provoca, aproximadamente, 1,6 milhão de mortes anuais em todo o mundo e é responsável por um em cada cinco casos de aterosclerose. No entanto, os mecanismos de correlação entre o hábito e a doença ainda não haviam sido identificados. Seguindo a hipótese de alteração genética correlacionada ao fumo, os cientistas americanos analisaram mais de 60 mil casos de aterosclerose e outros 80 mil dados reunidos em 29 estudos sobre a interação genética com o tabagismo. Como resultado, eles identificaram que mudanças no cromossomo 15, próximas ao gene que produz a enzima ADAMTS7, estavam associadas a menos riscos de doenças na artéria coronária, 12% no caso de pessoas que nunca fumaram e 5% no caso de quem já foi ou é fumante.

Para melhor observar as implicações da alteração genética no cromossomo 15, os pesquisadores realizaram testes com ratos. Eles constataram que, nos animais modificados geneticamente, a produção da ADAMTS7 diminuiu significativamente e reduziu o acúmulo de plaquetas de gordura nas artérias. Em seguida, de modo a confirmar a influência do fumo na fabricação da enzima, eles aplicaram um extrato líquido da fumaça do cigarro em células da artéria coronária e observaram que a produção da ADAMTS7 mais que dobrou. Ou seja, a enzima está relacionada ao acúmulo de lipídios na corrente sanguínea e sua produção pode ser inflada pelo tabagismo.

Agora, os pesquisadores querem estabelecer exatamente como os variantes da enzima podem proteger contra a doença arterial coronariana, como o fumo afeta o gene que a produz e, se inibir a substância, pode reduzir a progressão de pacientes fumantes que já desenvolveram a aterosclerose.

Atenção: O Saúde Canal da Vida é um espaço de informação, divulgação e educação sobre assuntos relacionados a saúde, não utilize as informações como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde. Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Conteúdo de terceiros

O http://saudecanaldavida.blogspot.com/ sempre credita fonte em suas publicações quando estas têm como base conteúdos de terceiros, uma vez que não é do nosso interesse apropriar-se indevidamente de qualquer material produzido por profissionais ou empresas que não têm relação com o site. Entretanto, caso seja detentor de direito autoral sobre algo que foi publicado no saudecanaldavida e que tenha feito você e/ou sua empresa sentir-se lesados, ou mesmo deseje que tal não seja mostrado no site, entre em contato conosco (82 999541003 Zap) e solicite a retirada imediata.