segunda-feira, 24 de junho de 2013

Consumo de carne vermelha pode aumentar o risco de diabetes tipo 2

Estudo afirma que a redução do consumo pode inclusive prevenir a doença

O diabetes é uma doença que chega sem anúncio, e no caso do tipo 2 suas causas se refletem diretamente nos hábitos adotados pelo indivíduo, incluindo a dieta Um estudo, conduzido por pesquisadores da Universidade Nacional de Cingapura, chegou à conclusão de que pessoas que aumentaram o consumo de carne vermelha estão mais propensos a desenvolver diabetes tipo 2. A pesquisa envolveu uma análise de dados de cerca de 150 mil pessoas de três estudos, com cerca de 20 anos de duração, feitos pela Harvard University, envolvendo principalmente enfermeiros e médicos.

Os resultados foram publicados dia 17 de junho, na revista da American Medical Association, JAMA Internal Medicine. Os participantes do estudo preencheram um questionário detalhado sobre os tipos de alimentos e bebidas que consumiram no início do estudo e a cada quatro anos.

Em termos gerais, o estudo mostrou que, em comparação com um grupo de pessoas que não tinham nenhuma alteração na ingestão de carne vermelha, o aumento do consumo de carne vermelha por mais de meia porção por dia ao longo dos quatros anos foi associado com um aumento de 48% no risco de desenvolver diabetes tipo 2 durante os próximos quatro anos. No entanto, a redução do consumo de carne vermelha pela mesma quantidade durante o mesmo período de tempo não foi associada à diminuição do risco de diabetes durante os próximos quatro anos, mas o risco se reduz em 14% em um período de tempo mais longo.

As mudanças eram independentes de outros fatores, como peso corporal e qualidade da dieta. As conclusões mostram que o problema não é simplesmente o tipo de carne ingerida (vermelha), e sim, o tipo de gordura e as quantidades dela presentes nesse tipo de proteína. Uma sugestão feita por pelos pesquisadores incluía o consumo de cortes mais magros de carne vermelha, como o contrafilé sem gordura e músculo.

Deixe sua carne menos gordurosa!
Muitos brasileiros amam carne vermelha e o alimento está disponível em restaurantes, em casa e, até mesmo, nos churrascos de fim de semana. No entanto, a recomendação geral é de que a ingestão de carne seja limitada a até três vezes por semana para não aumentar os níveis de colesterol e gordura no sangue. Confira como deixar sua carne menos gordurosa e mais nutritiva:

Cortes magros x cortes gordos
Segundo a nutricionista Barbara Gerbasi Ortolani, da RG Nutri, em São Paulo, os cortes que apresentam maior quantidade de gordura são a costela, com 28 g de gordura a cada 100 g de carne; a fraldinha, com 26 g de gordura a cada 100 g de carne e a picanha, com 20 g de gordura a cada 100 g de carne. Já os cortes mais magros são o patinho, a maminha e o músculo, com 7 g de gordura a cada 100 g de carne. Vale lembrar que 100 g é o peso de um bife de tamanho médio. Além disso, boa parte das calorias das carnes mais gordurosas pode ser dispensada com a eliminação da gordura aparente. Um pedaço de 100 g picanha pode perder até 80 calorias desprezando-se a gordura aparente. O mesmo peso de contra filé pode perder até 121 calorias com o procedimento.

Textura
"A maciez da carne varia não só conforme o corte, mas também de acordo com a criação e a idade do animal, a quantidade de gordura, entre outros fatores", afirma a nutricionista Barbara. Via de regra, os músculos são os cortes mais rígidos, enquanto que as partes macias coincidem com as que o animal menos exercita. Filé mignon, alcatra e picanha são os que mais se destacam quando o assunto é carne macia. Peito e acém, por outro lado, são carnes mais duras. Uma dica de preparo para tentar amaciar os cortes mais rígidos é deixá-lo descansando com o tempero por cerca de quatro horas. Uma dica é adicionar abacaxi e mamão nessa fase antes de ir à panela. Essas frutas podem ajudar na quebra da proteína, graças às enzimas bromelina e papaína, respectivamente, amaciando a carne.

Nervos
Fraldinha, coxão mole e músculo são peças que costumam apresentar mais nervos, mas, segundo a nutricionista Cátia, geralmente só é possível identificar tais características conforme a peça é cortada. Assim, é preciso ficar atento ao sentido das fibras na hora de cortar os bifes para que os pedaços fiquem macios. O segredo é deslizar a faca na transversal seguindo o desenho das fibras.

Carne fresca
Na hora de comprar uma peça de carne, escolha um estabelecimento confiável, limpo e organizado. Verifique, então, se a carne está sob refrigeração, com exceção das carnes secas e outros embutidos. Cheque também a data de validade do produto. "O excesso de sangue nas bandejas pode indicar refrigeração inadequada", alerta a nutricionista Barbara. Por fim, outros sinais que indicam que a carne está fresca são: gordura branca ou amarela-pálida, coloração vermelho-vivo com brilho e sem manchas escuras, odor característico (que não incomode) e elasticidade. "Ao pressionar o dedo sobre a peça, a carne deve oferecer alguma resistência, mas afundar e logo voltar à posição original", explica a profissional.

Nutrientes
Carnes são ótimas fontes de proteína de alto valor biológico, ferro, zinco e vitamina B12. "Para se ter uma ideia, um pedaço de 100 g de contra-filé grelhado sem gordura contribui com 47% da quantidade proteica recomendada para um dia, 20% de ferro e 109% (mais do que todo o necessário em um dia) de zinco", mostra a nutricionista Barbara. Quem busca aumentar apenas ingestão de ferro, entretanto, deve investir no fígado. Já a picanha e o miolo de alcatra se mostram ricos em ferro e zinco. Patinho e acém são referência quando se fala em zinco.

Carne moída
Pedir para moer na hora ou comprar a carne já moída? Segundo a nutricionista Cátia, o ideal é realizar o processo na hora da compra mesmo. "Solicitando a manipulação no momento em que você adquire o produto, há maior segurança quanto ao corte e à higiene", explica. Assim, o ideal é pedir um corte magro em que a gordura aparente seja retirada. Recomenda-se ainda que o alimento seja consumido em pouco tempo, pois a moagem muda a estrutura original da carne, podendo intensificar a ocorrência de reações químicas que podem reduzir seu prazo de validade.

Modo de preparo
"Para todos os cortes de carne é recomendado optar por preparos que demandem baixa quantidade de gordura, como assados, grelhados e cozidos", sugere a nutricionista Barbara. As carnes mais macias costumam apresentar bons resultados em qualquer um dos tipos, mas as de textura mais rígida podem ficar muito duras quando grelhadas. Outro fator que pode influenciar na maciez é o ponto da carne. Quanto mais bem passada, menos macia ficará.

fonte:http://yahoo.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/16445-consumo-de-carne-vermelha-pode-aumentar-o-risco-de-diabetes-tipo-2
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