sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Intestino preguiçoso é líder de queixa entre os brasileiros


Qui, 07 Fev, 02h30
Por Lola Felix


São Paulo, 07 (AE) - A pesquisa "O impacto da constipação na qualidade de vida: resultados de uma pesquisa multinacional", publicada recentemente pela revista médica "Alimentary Pharmacology & Therapeutics", apontou que os brasileiros são os mais afetados pela prisão de ventre em suas vidas sociais. Diversos povos participaram do estudo: franceses, alemães, italianos, ingleses, sul-coreanos e norte-americanos.

Caracterizada pela diminuição na freqüência de evacuar, a prisão de ventre é um problema que atinge cerca de 20% dos brasileiros, segundo estimativas de especialistas como Décio Chinzon, do Departamento de Gastroenterologia da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

O professor de farmacologia Orlando Petrini, do Istituto Cantonale di Microbiologia em Bellinzona (Suíça), diz que o resultado se explica, principalmente, pelo estresse diário ao qual os brasileiros são submetidos na vida pessoal e no trabalho. "Além disso, ir ao banheiro é considerado um tabu na America Latina, um assunto sobre o qual não se deve falar", explica o professor. Segundo o especialista, ao contrário dos europeus, por aqui algumas pessoas sentem-se constrangidas ao pedir licença para ir ao banheiro no meio de uma reunião, por exemplo. Para tratar o problema de maneira satisfatória, Petrini garante ser preciso lidar com aspectos psicológicos e com o estresse.

Pelos dados do estudo, Petrini conclui que a dieta do brasileiro é pobre em vegetais e fibras, elementos que facilitam o trânsito intestinal. Segundo ele, só é possível melhorar a situação mediante a modificação do hábitos de vida - incluindo a adição de exercícios físicos.

A cantora Suely Gregori, de 47 anos, conta que tem prisão de ventre desde a infância. "Como muitos vegetais, mas não adianta. Devo ir ao banheiro, no máximo, umas duas vezes por semana", diz. Por isso, ela faz uso de medicamentos próprios para o problema.

Segundo o gastroenterologista Décio Chinzon, porém, o laxante só vai agravar o quadro se for administrado sem orientação médica. "O tratamento é iniciado com orientação higiênico-dietética, como exercício e aumento da ingestão de água e fibras (pelo menos 30g/dia)", diz Chinzon. "Se estas medidas não dão resultado, adicionamos medicamentos que facilitem a evacuação como os emolientes, formadores de bolo fecal ou laxativos", completa.

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