sexta-feira, 25 de julho de 2008

Mau hálito atinge quase metade dos brasileiros. Você faz parte desta estatística?

Sai pra lá com esse bafo!

Ui, não deu certo! Você bem que tentou ficar perto dele(a), mas o mau hálito da pessoa afastou toda e qualquer possibilidade de conversa. Você ofereceu Halls, Tic-tac, Mentos e Trident para driblar o "bafo de onça", mas nada disfarçou. A situação fica ainda pior se ele(a) não percebe o odor! Mas afinal, você sabe por que as pessoas sofrem deste problema e como ele surge?

Veja só: Um levantamento da Associação Brasileira de Pesquisas dos Odores Bucais (ABPO) envolvendo 1600 pessoas mostra que o mau hálito atinge 40% dos brasileiros, sendo 17% até 12 anos; 41% de 12 a 65 anos; e 71% acima de 65 anos, devido à redução da função das glândulas salivares. A halitose, nome verdadeiro do "bafo", sempre foi uma preocupação das pessoas, interferindo diretamente na qualidade do relacionamento pessoal. Então essa é a oportunidade de entender porque você, seu amigo ou o seu namorado tem mau hálito.

Os principais tipos (causas) de halitose são: Matinal; da fome ou do regime; língua saburrosa* (saburra lingual); gengivite (além de cáries, placas dentárias e outros fatores); diabetes; perturbações do sistema gastrointestinal; alimentos de odor carregado (cebola, etc.), tabagismo, estresse (sim, estresse!) e falta de higiene oral.

É um sintoma constrangedor e indica, na maioria das vezes, que há algumas alterações no organismo, podendo ser fisiológica, patológica ou apenas uma questão de higiene. Todo hálito desagradável nem sempre é uma doença ou significa uma anormalidade. Pode ser que seja um indicativo de que algo no organismo não vai bem e precisa ser diagnosticado e tratado. O cheiro desagradável na boca varia com o período do dia e a idade da pessoa.

Muitas vezes ocorrem alterações do hálito em pessoas normais, pela manhã, quando em jejum ou quando com fome, em decorrência do baixo teor de glicogênio (que guarda açúcar) no organismo. O comer e escovar os dentes pela manhã remove a halitose pela ação da língua e da limpeza pela saliva durante a mastigação (por isso é sempre bom comer alguma coisa ao acordar). Caso algum odor permaneça após a quebra do jejum matinal, merece cuidados especiais quanto ao diagnóstico, tratamento e controle. Dietas ricas em lipídios (gorduras) derivados do leite podem causar odores muitas vezes desagradáveis.

O estresse também é considerado um fator de importância e decisivo quando o assunto é mau hálito, devido ao aumento da liberação de adrenalina, que inibe o funcionamento das glândulas salivares (o volume da saliva diminui), causando a redução do fluxo salivar em maior ou menor grau. Está associada a 85% das causas de mau hálito.

Halitose e hábitos alimentares
Para a manutenção de um bom hálito, seria ideal diminuir o espaço de tempo dado entre as refeições e fazer pequenas refeições a cada 3 horas. Assim, as reservas de carboidratos estarão sendo supridas evitando a manifestação de halitose causada pela queima de gordura, devido à queda dos níveis de glicose (açúcar).

Além de forçarem a mastigação, as fibras estimulam mecanicamente o funcionamento das glândulas salivares e favorecem o bom funcionamento intestinal. Podemos observar também que as pessoas quase não têm o hábito de consumirem frutas “in natura”. Elas consomem as frutas coadas nos sucos, deixando de exercer a função mastigatória, além diminuir a ingestão de nutrientes, uma vez que são perdidos durante este processamento.

A ingestão em excesso de estimulantes do sistema nervoso central, como café, bebidas a base de cola e similares podem causar danos ao organismo, bem como prejudicar o suprimento sangüíneo das glândulas salivares e a qualidade do sono, pois algumas pessoas apresentam sensibilidade maior à capacidade dessas substâncias de estimular. Pessoas que dormem mal alteram o seu metabolismo, prejudicando o bom funcionamento orgânico e podendo ter o quadro de mau hálito agravado.

Diagnóstico
Algumas características devem ser levadas em consideração: orientação do uso correto do fio dental, técnicas de escovação, orientação da dieta alimentar, hábitos alimentares, limpeza da língua para a remoção da saburra lingual, exame clínico e sondagem periodontal.

Observar locais de sangramento gengival, presença de cárie,exame de toda mucosa bucal e observar descamação bucal. O tipo de odor poderá orientar o diagnóstico, como, por exemplo, o hálito cetônico refere a diabetes e, portanto, devemos levar em consideração o encaminhamento médico.

O diagnóstico da halitose está relacionado com um cuidadoso exame clínico bucal, porém não podemos esquecer que a halitose tem diversas causas, portanto a importância da interação entre as especialidades médicas e odontológicas para o tratamento é fundamental. O diagnóstico bem elaborado e atento permite identificar causas e orientar o tratamento.

*Halitose por língua saburrosa: Formação de material branco ou amarelado, que se deposita na língua. A saliva exerce papel importante na halitose, já que atua como um detergente natural da cavidade bucal. A redução de fluxo salivar favorece a maior formação de saburra lingual.

Você conhece alguém que tenha mau hálito? Já deu um toque na pessoa? E você, que tem halitose, como faz para amenizar o problema?

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