Durante a pesquisa, feita com 245 mães, a psicóloga avaliou alguns fatores que levam ao desenvolvimento do transtorno. Constatou que a sensação de impotência e insegurança podem ser determinantes.
A gravidez de gêmeos é uma etapa mais complicada. E de acordo com a pesquisadora, é mais provável que a mulher pense que não terá suporte emocional, familiar e financeiro suficiente para cuidar dos filhos.
De acordo com a pesquisadora, as duas únicas mães de gêmeos que participaram do estudo tiveram depressão.
O dado não foi considerado porque a amostragem era pequena, mas há pesquisas na literatura internacional que já apontaram maior prevalência do distúrbio em gestações múltiplas.
Cerca de 12% das mulheres têm depressão pós-parto. O transtorno pode começar logo nas primeiras semanas ou até um ano depois do nascimento do bebê. Mas, a duração e a intensidade dos sintomas variam muito e não devem ser confundidas com as de baby blue, tristeza que dura de quatro dias a duas semanas e afeta cerca de 50% das mulheres.
Há diferenças nos sintomas. Na baby blue a mulher sente um pouco de irritação pela privação do sono e pelo cansaço, mas a sensação passa sozinha. Enquanto que na depressão, além do cansaço e da melancolia serem mais fortes, pode acontecer de a mãe perder o interesse pela criança ou, no outro extremo, cuidar excessivamente do bebê e perder interesse por outros filhos e membros da família.
Reconhecer o problema e procurar ajuda são determinantes para garantir a saúde do bebê e da mãe. Principalmente, porque o transtorno pode prejudicar o cuidado da criança, as relações familiares e causar sofrimento intenso. Por isso, procurar tratamento o quanto antese o melhor, afirmam os especialistas.
Por Mondarto
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