segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pesquisadores pretendem utilizar técnica arriscada para reduzir o HIV

Seg, 04 de Abril de 2011 16:53
Érika Rodrigues
A técnica prevê a utilização de um vírus para controlar a pandemia.

O HIV (vírus da imunodeficiência humana) ataca o sistema imunológico- principalmente os linfócitos -, altera o DNA celular e se duplica; após a multiplicação o vírus rompe a célula e continua infectando outras estruturas de defesa do nosso organismo. Possuir o vírus HIV não implica necessariamente em desenvolver a AIDS. A Organização Mundial de Saúde em um levantamento realizado em 2008 mostrou que existiam 33,4 milhões de pessoas infectadas no mundo e em 2009 esse número subiu para quase 36 milhões de pessoas.

Para tentar controlar a propagação do vírus os cientistas desenvolveram a Terapia das Partículas Indiferentes, representaria uma forma de tratamento complementar aos já aplicados nos pacientes. Esta terapia utilizaria sucatas virais que junto com o HIV seriam transmitidas de pessoa para pessoa. A intenção dos pesquisadores é que esses vírus concorram pelas mesmas condições que garantem a duplicação do HIV, o que findaria por reduzir a carga viral das pessoas infectadas com o vírus da AIDS. Esta alternativa seria uma maneira de controlar a quantidade do vírus principalmente entre usuários de drogas e profissionais do sexo, que são grupos de difícil acesso por parte dos órgãos de saúde e costumam apresentar resistências ao tratamento.

A técnica não é a cura para a AIDS, é uma forma de reduzir a taxa viral que o paciente infectado possui. Nenhuma pesquisa de campo foi realizada ainda, os resultados positivos apresentados no estudo são baseados em simulações feitas por programas de computador que levaram em consideração dados de portadores da doença na África Sub-saariana, região do mundo mais afetada pelo vírus.

A forma encontrada pelos pesquisadores para controlar a taxa viral do HIV gerou polêmica na comunidade científica, pois os riscos de se espalhar um outro vírus precisam ser considerados. Vírus sofrem mutações e os responsáveis pelo estudo ainda não foram precisos quanto ao comportamento deste agente no corpo humano. Além disso, a terapia pode soar controversa também para a opinião pública e para os pacientes que precisarão enxergar uma infecção viral como forma de tratamento.
http://www.jornalciencia.com


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