quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Bactérias podem ser eficazes para combater a asma

Um novo estudo mostrou que a exposição precoce a bactérias "boas" presentes no intestino pode diminuir o risco de desenvolvimento da doença inflamatória.

Bebês de três meses que apresentaram maiores níveis de um grupo de bactérias no organismo corriam menos risco de desenvolver asma aos três anos de idade (Thinkstock/VEJA/VEJA)

A exposição a bactérias “boas” desde cedo pode evitar o desenvolvimento da asma. É o que diz um estudo realizado por cientistas canadenses e publicado recentemente na revista científica Science Translational Medicine.

A equipe de pesquisadores da Universidade da British Columbia e do Hospital Infantil de Vancouver, ambos no Canadá, comparou o microbioma de bactérias intestinais de bebês aos três meses e com um ano de idade e o risco de desenvolver asma aos três anos.

A análise das fezes de 319 crianças com apenas três meses de idade mostrou que aquelas que corriam maior risco de asma tinham menores níveis de quatro tipos de bactérias em seu organismo: Faecalibacterium, Lachnospira, Veillonella e Rothia (apelidadas de FLVR). Entretanto, os níveis destas bactérias no corpo das mesmas crianças com um ano de idade não provocou o mesmo efeito no risco de desenvolvimento de asma. De acordo com os resultados, os primeiros meses de vida são cruciais para a prevenção da doença. “A exposição aos microrganismos no momento ideal pode ser a melhor forma de prevenir várias alergias e principalmente a asma”, relataram os autores.

De acordo com os pesquisadores, identificar o grupo bacteriano e sua relação com a asma é fundamental para tentar encontrar maneiras de prevenir a doença. No futuro, eles esperam que seja possível evitar a asma por meio da administração de probióticos em bebês que apresentarem deficiência dessas bactérias.

Asma – A asma é inflamação crônica das vias aéreas, que se estreitam e dificultam a respiração. Embora não tenha cura, é uma doença controlável se for corretamente tratada. Caso contrário, o estreitamento das vias aéreas torna-se ainda mais espesso. Estima-se que cerca de 300 milhões de pessoas no mundo convivam com o problema. No Brasil são 20 milhões pacientes asmáticos — o que significa uma prevalência de 10% na população.

(Da redação)
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