quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Beber leite pode retardar a artrite no joelho em mulheres

Mesmo efeito não foi observado em homens, afirma estudo

O leite pode ser uma arma útil contra artrite do joelho em mulheres, mais especificamente a osteoartrite, diz um novo estudo desenvolvido no Brigham and Women's Hospital (EUA) e financiado pelo U.S. National Heart, Lung, and Blood Institute. Os resultados mostraram que quanto mais as mulheres consumiam leite sem gordura ou com baixo teor de gordura, mais lenta era progressão da osteoartrite do joelho. No entanto, o consumo de leite não mostrou o mesmo benefício para os homens.

A pesquisa envolveu 1.260 mulheres e quase 900 homens com artrite no joelho que forneceram informações sobre seus hábitos alimentares. Os joelhos foram avaliados no início do estudo e, novamente 12, 24, 36 e 48 meses mais tarde. Os resultados, publicados dia 07 de abril no jornal Arthritis Care & Research, também mostraram que a ingestão de maiores quantidades de queijo teve o efeito oposto, acelerando a progressão da artrite do joelho em mulheres, enquanto o consumo de iogurte não teve efeito sobre a doença em mulheres ou homens.

Segundo os autores, esse é o maior estudo já feito para investigar o impacto da ingestão de produtos lácteos na progressão da osteoartrite do joelho. Eles acreditam que, com base nestes e outros dados, o consumo de leite desempenha um papel importante na saúde dos ossos.

Embora o estudo tenha encontra uma associação entre o consumo de leite e a saúde dos ossos do joelho, não poderia provar causa e efeito. Os cientistas afirmam que o leite já é conhecido por seus benefícios aos ossos, uma vez que contêm nutrientes importantes como fósforo, cálcio, proteínas e pode ser enriquecido com vitamina D. Uma possível explicação para o leite beneficiar somente mulheres e não homens, dizem os especialistas, é o papel do hormônio feminino estrógeno na saúde óssea. O cálcio também pode afetar a saúde óssea em mulheres de uma forma diferente do que para os homens, acrescentaram.

Oito formas de incluir o leite na dieta
Desde o peito materno até o cafezinho da tarde, o leite é um alimento que merece estar presente no cardápio em todas as idades. Por ser fonte de cálcio, vitamina A, vitamina D e outros nutrientes, a bebida ajuda a prevenir doenças como osteoporose e hipertensão. No entanto, são tantas as formas de consumir que muitas vezes há dúvidas se ela realmente cabe na dieta. Pensando nisso, conversamos com especialistas para saber os melhores jeitos para consumir esse alimento.

Mulher bebendo leite - Foto: Getty Images

Prefira sempre o desnatado
O leite integral possui muita gordura e pode aumentar os níveis de colesterol, podendo ser consumido apenas até os dez anos de idade, de acordo com a nutricionista Raquel Maranhão, da Clínica BeSlim, no Rio de Janeiro. "Na verdade, por causa do aumento dos casos de obesidade infantil, esse tipo de leite tem sido cada vez menos indicado até mesmo para as crianças", explica. O melhor é investir versão desnatada, que é mais saudável e rica nos mesmos nutrientes.

Após os exercícios
Beber leite com chocolate depois dos exercícios ajuda a construir músculos, reduzir a gordura e melhorar o desempenho, de acordo com uma pesquisa realizada na Universidade do Texas, nos Estados Unidos. Os especialistas explicam que o leite de baixa gordura misturado ao chocolate tem a combinação certa de carboidratos e proteínas. "Ele é eficaz para repor o estoque de açúcares do músculo e interromper o processo de degradação muscular, auxiliando na plena recuperação do atleta", explica a nutricionista Ariane Longo, da Gastro Obeso Center, em São Paulo.

Além disso, um estudo realizado pela Universidade do Canadá constatou que mulheres que bebem dois copos grandes de leite após a sua rotina de musculação podem ganhar mais massa muscular e perder mais gordura do que as mulheres que bebem energéticos.

Antes de dormir
Outra ótima maneira de consumir o leite é antes de dormir. "O alimento é fonte de triptofano, um aminoácido precursor da serotonina, que é o hormônio responsável por baixar os níveis de estresse do corpo, preparando-o para o sono", diz Raquel Maranhão. Além disso, a temperatura morna do leite ajuda o corpo a relaxar. A nutricionista recomenda adoçar o leite com mel, carboidrato simples que facilita a absorção de triptofano. Um copo de leite desnatado adoçado com uma colher de sopa de mel tem em média 150 calorias.

Leite somente nas pequenas refeições
Apesar de ser muito saboroso e rico em nutrientes, o leite deve ser consumido de preferência em refeições mais leves, como café da manhã ou lanche da tarde. "Essa bebida pode prejudicar absorção de alguns nutrientes presentes em grandes refeições, como o ferro dos vegetais folhosos", explica a nutricionista Ariane. Ela conta que o contrário também pode acontecer: cálcio e outros nutrientes do leite podem não ser bem aproveitados pelo organismo por conta de outros alimentos do almoço e do jantar.

Faça uma vitamina
Nada mais gostoso do que tomar uma deliciosa vitamina, não é? Segundo Ariane Longo, leite com frutas no café da manhã é uma ótima pedida, pois dá energia e fornece uma série de nutrientes. "Vale incluir tanto frutas como cenoura, beterraba e outros legumes", afirma a nutricionista. Converse com um nutricionista para saber melhor a quantidade de cada ingrediente de acordo com o seu consumo diário de calorias.

Leite com canela
"A canela tem ação antimicrobiana, ajuda no controle da glicemia, diminui os níveis de triglicérides e colesterol, facilita a digestão e melhora a circulação sanguínea", diz a nutricionista Ariane. Os nutrientes da canela não são perdidos quando misturados ao leite e deixam a bebida com um sabor especial. "No entanto, o leite não pode estar muito quente, pois a canela em altas temperaturas perde grande quantidade de suas propriedades", adverte a profissional.

Aliviando cólicas
Uma pesquisa feita pela Universidade de Ciências e Tecnologia da Jordânia revela que o consumo de leite pode amenizar os sintomas da cólica menstrual

A pesquisa avaliou a reação de 127 estudantes universitárias e mostrou que as mulheres que consumiram de três a quatro porções por dia de leite e derivados apresentaram uma redução acentuada nas dores, comparadas às mulheres que não consumiam nenhuma porção. "Uma justificativa para essa ação é a presença do cálcio no leite, que pode desempenhar um papel importante no controle da atividade neuromuscular", explica a nutricionista Raquel.

Acrescente leite na sopa
Que tal deixar a sua sopa mais cremosa? "Além de deixar o caldo mais encorpado, o leite agrega mais nutrientes ao prato, tornando a refeição ainda mais saudável", explica Ariane Longo. Evite, porém, misturar a bebida com vegetais, pois ela prejudica a absorção do ferro presente nesses alimentos. "Nada de incluir o leite em sopas de espinafre ou de escarola, por exemplo", alerta a nutricionista.

fonte:http://www.minhavida.com.br/alimentacao/galerias/17487-beber-leite-pode-retardar-a-artrite-no-joelho-em-mulheres
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Previna-se de 10 ameaças à saúde cardiovascular feminina

Tratar apneia do sono e até se proteger de DSTs garantem coração saudável

Para alertar a população feminina sobre os riscos das doenças cardiovasculares e estimular cuidados preventivos, uma campanha internacional está pedindo que as pessoas vistam-se de vermelho nesta sexta-feira (dia 06/02). A campanha Go Red for Women (Vá de Vermelho pelas Mulheres) é liderada pela American Heart Association, desde 2004, e agora chega ao Brasil. A campanha começou com a constatação de que mais de 500 mil mulheres morriam todos os anos nos Estados Unidos por doenças do coração, superando o número de homens mortos pela mesma causa.

São seis os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, hipertensão, obesidade, sedentarismo, tabagismo, diabetes e colesterol elevado. E o que era preocupação quase que exclusiva do público masculino também começa a ameaçar o sexo oposto. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia, a incidência de infarto em mulheres tem crescido e deverá passar a de homens em poucos anos. Além disso, um estudo publicado pela Associação Médica Americana aponta que mulheres de 45 anos correm um risco 30% maior de sofrer um infarto sem dor no peito do que os homens.

Para mudar o quadro atual das estatísticas apresentadas pela Organização Mundial da Saúde, que mostra doenças cardiovasculares como principal causa de morte entre as mulheres, ficando acima de problemas como câncer de mama, listamos ameaças pouco conhecidas ao coração feminino. Mergulhe de cabeça no vermelho e proteja-se:

Enxaqueca - Foto Getty Images

Enxaqueca
Como se não bastasse as frequentes dores de cabeça, mulheres que sofrem de enxaqueca também apresenta um risco elevado de doenças cardiovasculares. Um estudo publicado pela Academia Americana de Neurologia aponta, inclusive, que o risco pode ser maior até se comparado ao de mulheres com diabetes e tabagistas. Para chegar à conclusão, foram acompanhadas 27.860 mulheres por 15 anos. No período, foram registrados 1.030 casos de ataque cardíaco, acidente vascular cerebral (AVC) ou morte por algum problema cardiovascular. A conclusão? A enxaqueca foi o segundo fator de risco que contribuiu para algum desses eventos, ficando atrás apenas da hipertensão e à frente do diabetes, do tabagismo e da obesidade. Ao tratar o problema, entretanto, os riscos diminuem.

Estresse
"O estresse é extremamente prejudicial ao organismo, pois promove a liberação de substâncias inflamatórias que, em longo prazo, aumentam o risco de problemas cardiovasculares", aponta o cardiologista Orlando. Isso é o que confirma um estudo publicado na revista PLoS ONE que acompanhou 22 mil mulheres durante 10 anos. Aquelas consideradas muito tensas tinham um risco 40% maior de sofrer ataques cardíacos fatais e 67% de sofrer um ataque cardíaco não-fatal do que as mulheres menos estressadas. Para o cardiologista, uma característica feminina que favorece o problema é a dupla jornada a qual grande parte delas precisa se submeter, trabalhando e cuidando da casa e dos filhos.

Alimentos de alto índice glicêmico
Não é só a gordura saturada que é vilã do coração. Uma pesquisa da Fundação Nacional do Câncer de Milão, na Itália, descobriu que o consumo exagerado de carboidratos pode duplicar o risco de doenças cardíacas em mulheres. O nutrólogo Roberto explica: "alimentos de alto índice glicêmico promovem grande liberação de insulina no sangue, hormônio que, quando em níveis elevados estimula processos inflamatórios que degradam os vasos sanguíneos". O mesmo problema afeta mulheres que não abrem mão de bebidas com adição de açúcar, como aponta um estudo feito pelo Centro de Saúde da Universidade de Oklahoma, nos Estados Unidos.

Apneia do sono
"A apneia do sono caracterizada pela interrupção da respiração durante o sono é um problema crescente e que favorece alterações metabólicas extremamente perigosas para a saúde cardiovascular", aponta o cardiologista Orlando Otávio de Medeiros, presidente do Departamento de Cardiologia da Mulher da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Tais alterações levam, entre outros problemas, ao desenvolvimento de doenças como o diabetes. O problema é destacado em um estudo publicado no periódico Annals of Internal Medicine, que acompanhou 1.116 mulheres. A pesquisa mostrou maior taxa de mortalidade cardiovascular entre aquelas que sofriam de apneia. Neste caso, a prevenção, de acordo com o especialista, começa com a realização da Polissonografia, exame que monitora o sono do paciente para entender a gravidade da doença.

Frituras
O peixe é conhecido por ser amigo da saúde cardiovascular, graças ao ômega 3, ácido graxo poli-insaturado que realiza uma faxina nas artérias evitando a formação de placas e ainda controla as taxas de colesterol no sangue. O modo de preparo do alimento, entretanto, pode torná-lo um vilão. Isso é o que mostra um estudo publicado no periódico Circulation: Heart Failure. Depois de acompanhar o diário alimentar de mais de 84 mil mulheres, pesquisadores concluíram que aquelas que consumiam peixes grelhados apresentavam menor risco de desenvolver doenças cardíacas do que as que ingeriam mais peixe frito. De acordo com o nutrólogo Roberto Navarro, da Associação Brasileira de Nutrologia, quando o óleo é submetido a altas temperaturas produz substâncias inflamatórias que prejudicam os vasos sanguíneos, favorecendo infartos e derrames. Assim, prefira optar não só por essa carne magra, mas também pelo tipo grelhado, protegendo seu coração em dobro.

HPV
Doença sexualmente transmissível que aumenta o risco de câncer de colo de útero, o HPV também parece ser uma ameaça ao coração feminino. A descoberta, que faz parte do Women's Health Initiative Observational Study, aponta que o vírus pode atuar como modificador de genes ligados à saúde cardiovascular. "Algumas viroses tendem a prejudicar o metabolismo de gorduras no corpo, favorecendo a aterosclerose, que é o endurecimento das artérias", explica o cardiologista Orlando. Com o tempo, o fluxo sanguíneo por esses vasos vai diminuindo, o que pode culminar em um ataque cardíaco. Para se prevenir da DST, especialistas recomendam não só o uso da camisinha como também a vacinação contra o vírus.

Suplementos de cálcio
Com a menopausa, caracterizada pela queda de estrogênio no organismo, aumenta o risco de desenvolvimento da osteoporose, o que faz com que muitas mulheres recorram a suplementação de cálcio. Entretanto, um estudo divulgado no British Medical Journal mostra que os suplementos podem ser uma ameaça ao coração feminino. "A ingestão de cálcio por meio da dieta ocorre em pequenas quantidades, diferente da suplementação, que fornece grandes quantidades do nutriente de uma só vez", explica o nutrólogo Roberto. O resultado disso é uma possível calcificação dos vasos e crescimento das placas de gordura, podendo levar ao entupimento de uma artéria. O especialista recomenda, portanto, que um bom profissional seja consultado para avaliar a necessidade de incluir a suplementação na alimentação e, se confirmada, a quantidade a ser ingerida.

Artrite
Embora pareçam problemas distantes, a artrite e as doenças cardiovasculares parecem ter uma relação bastante próxima. Um estudo apresentado no Congresso Anual da Liga Europeia Contra o Reumatismo descobriu que quem sofre da doença apresenta seis vezes mais chances de sofrer um ataque cardíaco. A doença, que afeta principalmente o público feminino, é conhecida por desencadear processos inflamatórios no organismo que, possivelmente, afetam os vasos sanguíneos. "A doença favorece o surgimento de placas de gordura nas artérias, fazendo com que fiquem endurecidas, o que reduz o fluxo sanguíneo", explica o cardiologista Orlando.

fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/16037-previna-se-de-10-ameacas-a-saude-cardiovascular-feminina
por: Laura Tavares
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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Faça em casa: sete autoexames muito simples para verificar sua saúde

Escurecimento das axilas e frequência cardíaca alterada são sinais que podem levantar suspeitas de doenças

Você já parou para medir a sua frequência cardíaca? Um procedimento relativamente simples que você mesmo pode fazer em casa pode trazer alertas importantes à sua saúde. É importante estar atento a alguns sinais do corpo que podem indicar doenças, principalmente em pessoas que tem histórico familiar e outros fatores de risco. Separamos alguns autoexames simples que servem de alerta para você conversar com o médico e pedir exames laboratoriais e clínicos complementares. Confira:

homem medindo a barriga - Foto: Getty Images

Circunferência da cintura
Estar com as medidas da cintura acima do recomendado indica uma concentração de gordura na região. O acúmulo de gordura no abdômen se relaciona com diversas disfunções metabólicas, que elevam o risco de hipertensão arterial, diabetes, colesterol alto. Quando associados, esses fatores de risco elevam as chances de doenças cardíacas e diabetes. "As recomendações atuais são as de que a circunferência abdominal não ultrapasse 102 cm nos homens ou 88 cm nas mulheres", afirma o cardiologista Raffael Fraga, do Núcleo de Cardiologia do Hospital Samaritano de São Paulo. Para fazer essa medida, explica o profissional, basta posicionar uma fita métrica em volta do abdômen, na altura do umbigo, mantendo a barriga relaxada e tendo o cuidado de verificar se em toda a sua extensão a fita está paralela ao plano do chão. Caso você esteja acima do indicado, é necessário ir ao médico fazer alguns exames de rotina e procurar um plano de emagrecimento e atividade física.

Frequência cardíaca em repouso
A medição dos batimentos cardíacos pode ser feita manualmente ou através de frequencímetros (relógios que possuem uma fita torácica com sensores e transmissores que indicam os batimentos cardíacos). De acordo com o cardiologista Raffael, a frequência cardíaca pode ser medida de forma manual em qualquer lugar do corpo onde possa ser detectada a pulsação arterial, sendo os locais mais comuns o pulso carotídeo (pescoço, logo abaixo da mandíbula) e radial (no pulso).

Podemos medir a frequência da pulsação arterial pressionando estes locais com os dedos indicador e médio. "A medida da pulsação arterial deve ser realizada acompanhando e contanto os pulsos de um minuto completo", afirma o cardiologista Raffael. A frequência cardíaca em repouso é um parâmetro utilizado para avaliar o grau de condicionamento físico da pessoa, além de poder representar a presença eventual de alguma patologia. "Essa contagem habitualmente é feita em repouso pela manhã antes de sair de cama, em deitado de barriga para cima, e por 3 ou 4 dias diferentes, calculando-se a média", explica o cardiologista Hélio Castello, e diretor da clínica Angiocardio.

A medida ideal está entre 60 e 80 batidas por minuto (bpm), porém a pessoa pode ser absolutamente saudável com frequências maiores ou menores - quem determinará isso é o médico. Segundo os especialistas, uma frequência entre 80 e 100 seria considerada como limítrofe e acima de 100 bpm uma frequência aumentada, que recebe o nome de taquicardia. Frequência cardíaca abaixo de 60 bpm pode ser verificada em pessoas que praticam esporte ou atletas. Frequências cardíacas muito baixas devem ser avaliadas para descartar problemas cardíacos.

Avaliação do sono
Excesso de trabalho, estresse, insônia, acúmulo de tarefas e distúrbios do sono são alguns dos vilões mais comuns de uma boa noite de descanso. Um estudo realizado em 2013 pelo Instituto de Pesquisa e Orientação da Mente (IPOM) afirma que 69% dos brasileiros avaliam seu próprio sono como ruim e insatisfatório, com problemas que vão desde a dificuldade para pegar no sono até acordar diversas vezes durante a noite. Embora as poucas horas de sono já façam parte da rotina dos brasileiros, dormir menos do que nosso corpo necessita pode afetar a nossa saúde como um todo - impedindo a síntese de hormônios, dificultando o emagrecimento, enfraquecendo a imunidade, etc.

Segundo a Academia Brasileira de Neurologia, pelo menos um desses sintomas diurnos abaixo é relatado nas pessoas com sono insuficiente:

- Fadiga;
- Déficit de atenção, concentração e memória;
- Disfunção social e/ou baixa produção escolar;
- Distúrbio do humor e irritabilidade;
- Sonolência diurna;
- Redução de energia para as tarefas diárias e desmotivação;
- Predisposição a erros e acidentes no trabalho e no trânsito;
- Tensão, dor de cabeça ou sintomas gastrintestinais devido à perda de sono e estresse.

Os critérios utilizados são o de tempo, frequência e período - conhecido como regra TFP. "O tempo que uma pessoa demora para dormir ou voltar a dormir não deve ser superior a 30 minutos", explica a neurologista Rosa Hasan, responsável pelo Laboratório do Sono do Hospital São Luiz. Além disso, essa dificuldade em iniciar ou manter o sono indica um problema se ocorrer pelo menos três vezes por semana e já deve estar ocorrendo há pelo menos seis meses. Esse é um bom indicativo para buscar tratamentos para insônia.

Além disso, sintomas diurnos como cansaço, perda de concentração e interesse e dificuldade para permanecer acordado são fortes indícios de que a qualidade do seu sono está ruim. "Isso não quer dizer necessariamente que você dorme pouco, mas indicar distúrbios que afetam a qualidade do sono, como apneia", afirma a especialista. Tente seguir algumas dicas para melhorar a higiene do sono e, caso o problema persista, procure um médico.

Alterações na memória
A fluência verbal aparece alterada em pessoas com diversos distúrbios patológicos, tais como Alzheimer, esquizofrenia e depressão. Isso porque a prova de fluência verbal mostra como está a capacidade do indivíduo de armazenar informações, recuperá-las e organizá-las. O teste de fluência verbal funciona da seguinte forma: a pessoa deve dizer o maior número de palavras possíveis dentro de um tema num período de tempo fixado. Existe o teste com a evocação de palavras que começam com uma letra específica ou teste por categoria, com a geração de palavras de certa classe semântica como, por exemplo, "animais" e "frutas".

Além da velocidade para encontrar as palavras ser um índice importante de avaliação, os erros devem ser cuidadosamente analisados, como repetições, inclusão de outras letras ou categorias e troca de palavras. Além disso, a generalização de palavras dentro de subcategorias também indica um bom andamento da acuidade mental. Por exemplo: na categoria "animais" a pessoa pode começar pelos felinos (gato, tigre, pantera, etc) e depois passar para as aves (canário, pavão, galinha, pato) - indicando que ela se organizou mentalmente em subcategorias, fazendo associações.
Você pode pedir para que outra pessoa te ajude na avaliação do teste. Pensar em um número muito pequeno de palavras - abaixo de três ou cinco, por exemplo - pode indicar algum problema. Além disso, erros e dificuldade na categorização das palavras também são indicativos de algum problema, sendo necessário procurar um médico e expor sua vontade de fazer mais exames neurológicos.

Coloração das axilas e pescoço
Alteração de coloração nas dobras das axilas, acompanhada de escurecimento da parte posterior do pescoço, pode aparecer em pessoas com obesidade e de pele morena. "Esta alteração chama acantose nigricans e está associada ao risco de diabetes, pois reflete um estado de resistência insulínica", diz a endocrinologista Roberta Frota, do Hospital 9 de Julho. Está relacionada a uma proliferação de melanócitos na pele, que ocorre pela resistência insulínica. "Ela é mais comum no excesso do peso porque a insulina produzida pelo pâncreas não consegue agir adequadamente devido à obesidade", explica. Portanto, as manchas podem ser um indicativo de risco para diabetes. Observe a região uma vez por mês após o banho e, na presença de alteração com outros sintomas associados, como casos de diabetes na família, vontade de urinar diversas vezes e sede insaciável, procure um médico e peça exames de glicemia.

Grânulos nas pálpebras, joelhos ou cotovelos
Nódulos amarelados nesses locais podem significar um acúmulo de gordura. No autoexame, vemos nódulos que podem ser pontos minúsculos ou ter diâmetro superior a 5 cm. "Os xantelasmas (grânulos nas pálpebras) e os xantomas (grânulos no cotovelo, joelhos e articulações) podem estar relacionados a elevados níveis de colesterol e triglicérides no sangue", diz a endocrinologista Roberta. Quando há um elevado nível de gorduras no sangue, elas podem acabar se depositando nesses locais. De acordo com a especialista, há uma predisposição genética para esse problema. Dessa forma, na presença desses grânulos é importante procurar um médico para fazer exames de colesterol e triglicérides, principalmente se você apresenta histórico familiar do problema e obesidade.

Pele
Examinar sua pele periodicamente é uma maneira simples e fácil de detectar precocemente o câncer de pele. Com a ajuda de um espelho, o paciente pode enxergar áreas que raramente consegue visualizar. "É importante observar se há manchas que coçam, descamam ou sangram e que não conseguem cicatrizar, além de perceber se há pintas que mudaram de tamanho, forma ou cor", explica a dermatologista Tatiana Steiner, da Sociedade Brasileira de Dermatologia. O diagnóstico precoce é muito importante, já que a maioria dos casos detectados no início apresenta bons índices de cura. "Por isso, como regra geral, qualquer novo sinal na pele ou mudança em uma pinta/mancha que já existia deve servir de alerta para procurar um dermatologista", diz a especialista. É importante procurar um médico sempre que notar uma nova lesão, ou quando uma lesão antiga tiver algum tipo de modificação. Existe uma regra didática para os pacientes, chamada ABCD, cujo objetivo é reconhecer uma lesão suspeita de câncer de pele. Veja os critérios abaixo, que devem aparecer todos juntos:

- Assimetria: imagine uma divisão no meio da pinta e verifique se os dois lados são iguais. Se apresentarem diferenças deve ser investigado
- Bordas irregulares: verifique se a borda está irregular, serrilhada, não uniforme
- Cor: verificar se há várias cores misturadas em uma mesma pinta ou mancha
- Diâmetro: veja se a pinta ou mancha está crescendo progressivamente.

Não necessariamente um nevo (ou pinta) em relevo e com diversas cores ou contorno irregular será maligna, mas ele deverá ser avaliado por um médico dermatologista que poderá, com propriedade, dizer se esta lesão deverá ou não ser removida.

fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/galerias/17520-faca-em-casa-sete-autoexames-muito-simples-para-verificar-sua-saude?
Por: Carolina Serpejante
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Quais os sintomas de glicose alta no sangue?

Sede excessiva e visão embaçada são alguns sinais do problema


A causa mais comum de aumento persistente da glicose no sangue (hiperglicemia) é o diabetes mellitus. Outros fatores, tais como as infecções agudas graves e a ingestão de alguns medicamentos (exemplo: corticoides) podem provocar hiperglicemia temporária.

A insulina é um hormônio produzido pelo pâncreas, a qual facilita a passagem do açúcar (glicose) presente no sangue para o interior dos tecidos, para ser utilizado como fonte de energia. Dessa forma, a insulina é capaz de reduzir a glicose do sangue. Portanto, se houver falta desse hormônio, ou mesmo se ele não agir corretamente (resistência à insulina), haverá aumento sérico de glicose e, consequentemente, diabetes.

Há dois tipos principais de diabetes, a saber: tipo 1 é aquele em que as células-beta do pâncreas, responsáveis pela fabricação da insulina, são destruídas. Isso leva a uma intensa falta desse hormônio que, geralmente, causa um grave aumento da glicose no sangue e necessidade de tratamento imediato com insulina. Esse tipo acomete mais frequentemente os indivíduos jovens, embora, às vezes, possa aparecer também em adultos.

No diabetes tipo 2, que ocorre comumente em pessoas com mais de 40 anos, há uma combinação de dois fatores. Além de haver redução da produção de insulina (falta relativa), este hormônio também não age de maneira adequada. Neste caso, apesar de a insulina estar presente, sua capacidade de fazer a glicose sair da corrente sanguínea e entrar no interior das células é menor. Consequentemente, a glicose no sangue aumenta (hiperglicemia). Em geral, o diabetes tipo 2 pode ser tratado com medicamentos orais ou injetáveis, contudo, com o passar do tempo, a falta de insulina pode se agravar. Se isso acontecer, será necessário, também, o emprego desse hormônio, isolado ou associado com medicamentos.
Há, também, outros tipos de diabetes, incluindo o diabetes gestacional, que pode até necessitar de tratamento com insulina, dependendo de cada gestante. Esse tipo de diabetes tende a desaparecer após a gestação.

É importante que as pessoas estejam familiarizadas com as manifestações clínicas da hiperglicemia, pois elas são, frequentemente, o primeiro indício de diabetes

Atualmente, o valor de referência normal para a glicemia (concentração de glicose no sangue) após, no mínimo, 8 horas de jejum é de até 99 mg/dL. Valores de 100 a 125 mg/dL são considerados alterados, mas ainda não diabéticos. O indivíduo é considerado diabético nas seguintes situações:

- Duas glicemias de jejum maiores ou iguais a 126 mg/d;Glicemia maior que 200 mg/dL colhida a qualquer hora do dia na presença de sinais e sintomas de diabetes (polidipsia, poliúria e perda de peso)

A curva glicêmica ou teste oral de tolerância à glicose (75 g) pode ser também empregada para o diagnóstico de diabetes. São realizadas glicemias antes e 30, 60, 90 e 120 minutos após a ingestão de glicose. Neste teste, os valores de glicemia entre 140 e 200 mg/dL, duas horas após a ingestão de glicose, são compatíveis com intolerância à glicose (pré-diabetes). O diagnóstico de diabetes é confirmado quando a glicemia for igual ou maior que 200 mg/dL aos 120 minutos.

Todos os indivíduos diabéticos (tipos 1 e 2) apresentam hiperglicemia no momento do diagnóstico, mas a presença das manifestações clínicas (Quadro 1) dependerá da intensidade do aumento da glicose. Por exemplo, uma pessoa que tem diabetes e sua glicose gira em torno de 130 mg/dL, em geral, não apresenta sintomas.

Ainda que as glicemias maiores ou iguais a 126 mg/dL confirmem a presença de diabetes, os sintomas e sinais de hiperglicemia são mais evidentes quando a glicose atinge valores mais altos no soro. Embora possa variar de uma pessoa para outra, a glicose aparece na urina, quando suas concentrações são maiores que 160-180 mg/dL no soro. Quando presente na urina, a glicose atrai mais água (diurese osmótica) que aumenta o volume urinário. Assim sendo, só haverá aumento do volume diário de urina (poliúria) e sede excessiva (polidipsia) quando a glicose estiver maior que esses valores.

No diabetes tipo 1, geralmente ocorre grande falta de insulina, hiperglicemia mais intensa e sintomas mais expressivos. Além das manifestações da hiperglicemia descritas no quadro 1, pode ocorrer, também, perda de peso, aumento do apetite, enurese noturna (perda involuntária de urina durante o sono), tontura postural e fraqueza. Além disso, quando houver acentuada e abrupta redução de insulina pode ocorrer cetoacidose diabética com perda de apetite, náuseas, vômitos, alterações do nível de consciência, coma etc.

Já no tipo 2, habitualmente, não há deficiência grave de insulina e, dessa forma, na maior parte das vezes a glicose sobe menos e, também, de forma mais lenta. Consequentemente, os sinais e sintomas aparecem de maneira gradual, podendo, inclusive, passar despercebidos durante meses ou até anos. As infecções de pele, como os furúnculos são comuns. Sensação de coceira e infecções da vulva e da vagina (como candidíases) são, muitas vezes, as primeiras manifestações de diabetes. A possibilidade de diabetes deve ser descartada nas gestantes que dão a luz a bebês grandes (mais de 4,1 Kg), com pré-eclâmpsia e quando há morte fetal de causa desconhecida.

É importante que as pessoas estejam familiarizadas com as manifestações clínicas da hiperglicemia, pois elas são, frequentemente, o primeiro indício de diabetes. Por exemplo: especial atenção deve ser dada a uma criança que não molhava mais a cama à noite (há no mínimo seis meses) e volta a molhar (enurese noturna secundária). Há várias causas para esse problema, mas uma delas é o aumento do volume de urina provocado pela hiperglicemia em crianças diabéticas.

Já que muitas vezes o diabetes tipo 2 pode passar muito tempo despercebido, a melhor maneira de identificá-lo precocemente é por meio de avaliações periódicas da glicemia (mesmo que seja com a gotinha de sangue obtida da ponta do dedo), especialmente, nos indivíduos obesos e com história familiar de diabetes, que correm maior risco de desenvolver a doença. Esse procedimento certamente contribuirá para a detecção precoce e prevenção das complicações dessa enfermidade.

Quadro 1. Manifestações clínicas comuns no momento do diagnóstico de diabetes
Aumento do volume urinário (poliúria)
Sede excessiva (polidipsia)
Perda de peso
Aumento do apetite
Formigamentos (parestesias)
Visão embaçada (turva)
Fraqueza, fadiga
Enurese noturna (perda involuntária de urina durante o sono)
Infecções de pele, da vulva e da vagina

fonte:http://www.minhavida.com.br/saude/materias/18184-quais-os-sintomas-de-glicose-alta-no-sangue?
por:Danilo Höfling ENDOCRINOLOGISTA E METABOLOGISTA
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