sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Pycnogenol: Benefícios e como usar


Pycnogenol se denomina o extrato da casca do pinheiro marítimo francês (Pinus pinaster). A fonte específica trata-se de árvores localizadas na área sudoeste da França, próximo do Bordeaux. Os pinheiros são cultivados durante 30-50 anos, sem a utilização de pesticidas nem herbicidas.

Trata-se de uma patente que se padronizou para obter aproximadamente 60-70% de proantocianidinas. Estas substâncias contêm catequinas, semelhantes às encontradas no chá verde.

Como funciona o Pycnogenol
As catequinas encontradas nesse extrato de casca do pinheiro marítimo são potentes antioxidantes que permitem neutralizar os efeitos prejudiciais dos radicais livres e seu trabalho oxidativo celular. O pycnogenol atua estimulando as células para aumentar o seu potencial antioxidante, além de reduzir no plasma sanguíneo o nível de radicais livres.

Pycnogenol exerce função antiviral e antimicrobiana, o que estimula o sistema imunológico e fortalece as paredes dos vasos sanguíneos e capilares. Portanto, influencia na melhora da circulação, devido ao fato de que previne as possíveis constrições de artérias e coágulos.

Fontes mais ricas de polifenóis e catequinas
Extrato de semente de uva tende a ser confundido com o extrato mencionado, mas são duas fontes diferentes.
Polifenóis de cacau.

Pycnogenol.
A sua presença na forma de suplementos podem ser isolados ou em conjunto com um complexo de substâncias que tenham o objetivo do cuidado articular e ósseo, assim como para o tratamento da falta de irrigação e circulação sanguínea, assim como na presença de varizes.


Como tomar Pycnogenol?

Pycnogel deve ser recomendado por um fitoterapeuta. Geralmente, as doses variam em torno de 50-60 mg por dia, com mudanças significativas se a ingestão for mantida regularmente. Ainda assim, as doses padrão recomendadas se estabelecem em torno de 100-200 mg, não apresentando qualquer perigo tóxico para a saúde.

A forma de tomar Pycnogenol seria dividir a dose diária em 2 partes, para almoço e jantar, ou tomar diretamente a dose no café da manhã.

Benefícios do Pycnogenol para a saúde
Graças às propriedades que detém Pycnogenol, é possível conseguir entre outros, esses benefícios para a saúde:

*Aumenta a resistência no esporte.
*Reduz os casos de asma nas crianças.
*Previne alergias. Tomando Pycnogenol em períodos anteriores as estações que pioram as alergias.
*Melhora o perfil lipídico do sangue. Regulando os níveis de colesterol.
*Melhora a função renal. Aumentando o fluxo de sangue cortical nos rins.
*Diminui as doenças da retina em diabéticos.
*Disfunção erétil.
*Aumento da função cognitiva e melhora da memória.
*Reduz a inflamação.

Por Denise Cipolli Terapeuta Holística de Guaratinguetá, SP
Atenção: O Saúde Canal da Vida é um espaço de informação, divulgação e educação sobre assuntos relacionados a saúde, não utilize as informações como substituto ao diagnóstico médico ou tratamento sem antes consultar um profissional de saúde. Este site não produz e não tem fins lucrativos sobre qualquer uma das informações nele publicadas, funcionando apenas como mecanismo automático que "ecoa" notícias já existentes. Não nos responsabilizamos por qualquer texto aqui veiculado.

Relação entre cintura e estatura pode indicar risco de doença cardiovascular mesmo em pessoas saudáveis

Homens fisicamente ativos e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura elevados, têm maior chance de desenvolver distúrbios no coração, aponta estudo feito na Unesp (foto: Vitor Engrácia Valenti)

Homens e mulheres com acúmulo excessivo de gordura na região do abdômen têm maior risco de desenvolver problemas cardiovasculares. O alerta tem sido feito há anos por especialistas da área da Saúde, mas não são apenas aqueles com a chamada obesidade abdominal que estão em perigo.

Um novo estudo verificou que pessoas fisicamente ativas e sem sobrepeso, mas com valores de relação cintura-estatura (RCE) próximos do limiar de risco, também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração comparadas com pessoas com menores valores de RCE.

O trabalho foi feito por pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Presidente Prudente e Marília, em colaboração com colegas da Oxford Brookes University, na Inglaterra. Resultado de um projeto de pesquisa apoiado pela FAPESP, o estudo foi publicado na revista Scientific Reports.

“Observamos que pessoas saudáveis e fisicamente ativas, sem sobrepeso e histórico de doenças metabólicas ou cardiovasculares, mas com valores de RCE próximos do limite do fator de risco, também têm maior probabilidade de desenvolver distúrbios no coração em comparação com aquelas com menor acúmulo de gordura na região da cintura”, disse Vitor Engrácia Valenti, professor da Unesp de Marília e coordenador da pesquisa, à Agência FAPESP.

Segundo Valenti, estudos recentes sugerem que a RCE – obtida pela divisão da circunferência da cintura pela estatura – fornece informações mais precisas de riscos cardiovasculares do que o Índice de Massa Corporal (IMC), que avalia a distribuição de gordura pelo corpo.

Com base nessa constatação, os pesquisadores decidiram investigar se a recuperação do controle autonômico da frequência cardíaca após o exercício físico é diferente entre homens saudáveis com diferentes valores de RCE. Para isso, eles dividiram em três grupos 52 homens saudáveis e fisicamente ativos, com idade entre 18 e 30 anos, de acordo com os valores de RCE.

O primeiro grupo foi composto por homens com menor porcentagem de gordura corporal e com RCE entre 0,40 e 0,449 – abaixo do limiar de risco para o desenvolvimento de doenças cardiovasculares. O segundo grupo foi formado por homens com RCE entre 0,45 e 0,50 – próximo ao limiar de risco. E o terceiro grupo, por homens com RCE acima do limite de risco, entre 0,50 e 0,56.

Os participantes foram avaliados durante dois dias. No primeiro, permaneceram 15 minutos sentados e em repouso e, em seguida, fizeram uma corrida em esforço máximo em uma esteira ergométrica, a fim de ter a aptidão física avaliada. Após o exercício, permaneceram sentados por 60 minutos em repouso para se recuperar do esforço.

“O exercício aeróbio comprovou que todos eles eram fisicamente ativos. Não eram atletas, mas tinham o hábito de jogar futebol nos fins de semana, por exemplo”, disse Valenti.

No segundo dia, os participantes do estudo foram submetidos a um protocolo de exercício físico moderado, de caminhada durante 30 minutos em uma esteira com intensidade de aproximadamente 60% do esforço máximo.

A variabilidade da frequência cardíaca foi medida durante o repouso e na primeira hora após os exercícios a fim de avaliar a velocidade de recuperação cardíaca autonômica na sequência da atividade física.

“A medida do tempo de recuperação cardíaca autonômica após o exercício permite avaliar o risco de apresentar uma complicação cardiovascular imediatamente após a atividade física e também estimar o risco de desenvolver uma doença cardíaca”, disse Valenti. “Se a pessoa demora mais tempo para recuperar a frequência cardíaca normal, isso indica que apresenta maior risco de desenvolver distúrbio no coração.”

Interação com o sistema nervoso
As análises das medidas indicaram que os grupos com RCE próximo e acima do limite de risco para o desenvolvimento de doenças cardíacas apresentaram recuperação cardíaca autonômica mais lenta tanto no esforço máximo como no moderado.

“Constatamos que os voluntários do grupo com valores de RCE próximos ao limite de risco também apresentam maior probabilidade de desenvolver doenças no sistema cardiovascular”, disse Valenti.

Os pesquisadores da Unesp também fizeram análises estatísticas de correlação e regressão linear para verificar se há interação significativa da RCE com a variabilidade da frequência cardíaca dos participantes do estudo após os exercícios físicos.

Os resultados das análises estatísticas indicaram que a relação entre os dois fatores é mais significante nos primeiros 10 minutos da fase de recuperação do exercício, quando o sistema nervoso parassimpático – que restabelece o corpo a um estado de repouso ao diminuir o ritmo cardíaco – está sendo reativado.

“Verificamos que, conforme aumenta o valor da RCE, diminui a atividade do sistema nervoso parassimpático. Isso eleva o risco de desenvolvimento de distúrbios cardiovasculares”, disse Valenti.

O artigo Waist-stature ratio and its relationship with autonomic recovery from aerobic exercise in healthy men (DOI: 10.1038/s41598-018-34246-5), de Anne Michelli G. G. Fontes, Letícia S. de Oliveira, Franciele M. Vanderlei, David M. Garner e Vitor E. Valenti, pode ser lido em www.nature.com/articles/s41598-018-34246-5.

por Elton Alisson | Agência FAPESP
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quinta-feira, 10 de janeiro de 2019

Casos de sarampo chegam a 10,2 mil

© Tomaz Silva/Agência Brasil Casos de sarampo chegam a 10,2 mil

Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta quarta-feira (9) mostra que os casos confirmados de sarampo no País chegaram a 10.274, entre janeiro de 2019 e esta terça-feira (8). As infecções se concentram no Amazonas e Roraima, que enfrentam um surto da doença. Ao todo, 12 pessoas morreram por causa de complicações do sarampo nesses estados e no Pará.

Os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Rondônia, Bahia, Pernambuco, Distrito Federal e Sergipe também registraram casos da doença. O vírus que infectou os pacientes possuiu o mesmo genótipo daquele que circula na Venezuela, o que indica que ele tenha sido importado do país. Há dois anos os venezuelanos sofrem com o surto do sarampo.

Reforço
Contudo, o Ministério da Saúde ressalta que o pico das infecções já passou e que o ritmo de novas notificações tem diminuído. Além do envio de 15,5 milhões de doses da tríplice viral, a pasta também enviou técnicos e equipes de investigação, capacitou profissionais, repasse de apoio financeiro e envio de kits de laboratório, sobretudo ao Amazonas. Com informações do Portal Brasil.

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quinta-feira, 3 de janeiro de 2019

Sistema imunológico é capaz de neutralizar células cancerosas tornando-as dormentes: estudo

Células TRM (em verde claro) cercando e mantendo as células do melanoma (em vermelho) sob controle

Um novo estudo australiano descobriu como o sistema imunológico pode manter células cancerígenas em um estado dormente.
Espera-se que o achado ofereça novos caminhos para a imunoterapia que possam essencialmente impedir o crescimento de um tumor por um período indefinido de tempo.

Equilíbrio imune ao câncer
Ao invés de destruir as células cancerígenas, o novo estudo examinou uma abordagem potencialmente diferente para combater a doença.

Em alguns casos, as células malignas do câncer podem permanecer em estase por períodos prolongados de tempo sem se espalhar ou causar sintomas relacionados à doença.

Esse processo é chamado de equilíbrio imune ao câncer e, embora saibamos que é mediado pelo sistema imunológico do corpo, os cientistas não entendem exatamente como ele funciona.

“O que não entendemos são os mecanismos responsáveis por manter os tumores sob controle e neste estado de dormência”, explica Jason Waithman, da Universidade da Austrália Ocidental, um dos autores do novo estudo. “Tudo o que sabíamos era que essa ‘caixa preta’ de controle do câncer existia – e que, se pudéssemos entender melhor esse processo, poderíamos potencialmente explorá-lo em mais pacientes, salvando mais vidas”.

Células TRM
A pesquisa se concentrou em um tipo de célula imune chamada de célula T de memória residente em tecido (TRM, ou tissue-resident memory no original).

As células TRM foram identificadas há cerca de 20 anos, e são funcionalmente diferentes de outros tipos de células imunes.

A fim de estudar seu efeito no equilíbrio imunológico do câncer, os pesquisadores utilizaram uma nova técnica de imagem para observar o movimento dessas células em tempo real em ratos com uma espécie de melanoma.
“Usando um microscópio especial, pudemos observar as células T se moverem pela pele, encontrar as células do melanoma e controlar o crescimento dessas células”, afirmou Simone Park, outra pesquisadora do estudo da Universidade de Melbourne (Austrália).

Próximos passos
Os pesquisadores também observaram o que acontecia com as células de melanoma quando células TRM não estavam presentes.

Os resultados foram notáveis. O crescimento do tumor foi desencadeado após as células TRM serem removidas. Os cientistas concluíram que elas desempenham um papel fundamental na supressão da progressão do câncer e na manutenção do equilíbrio imunológico contra a doença.

Por enquanto, mais estudos e testes são necessários para entender exatamente como essas células TRM mantêm o câncer adormecido, mas os pesquisadores estão confiantes de que os resultados são transferíveis para seres humanos.
Pesquisas anteriores já descobriram que pacientes com câncer com níveis aumentados de células TRM têm melhores resultados gerais de tratamento.

“O próximo passo da pesquisa é aprofundar o mecanismo para que possamos fazer esse processo acontecer com mais frequência. Esperamos que esta pesquisa leve a novas maneiras de manter o câncer em um estado dormente e, efetivamente, curar pessoas”, concluiu Waithman.

Um artigo sobre o estudo foi publicado na revista científica Nature. [NewAtlas]

por Natasha Romanzoti
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