Alternativas ao tratamento padrão envolvem cirurgia e uso de bomba peniana
Disfunção erétil, mais conhecida como impotência sexual, é uma doença bastante prevalente na população brasileira, principalmente naquelas pessoas que possuem pressão alta e taxa de glicose elevada no sangue. Existem inúmeros tratamentos para este quadro, sendo que o tratamento de primeira é feito com drogas conhecidas como inibidores da 5-fosfodiesterase, tais como sildenafil (Viagra), vardenafil (Levitra), tadalafila (Cialis), dentre outras. Porém, nem todos os pacientes respondem adequadamente a estas medicações.
Para o medicamento fazer efeito, inicialmente deve haver estímulo sexual e vontade sexual (libido). Sem estímulo ou libido a medicação pode não funcionar. Outro ponto importante é a troca da medicação caso o paciente não responda com um em específico. Não é porque o paciente não obteve uma resposta satisfatória com determinada medicação que outra não funcionará. Contudo, não se devem combinar duas medicações diferentes por via oral ao mesmo tempo. Atualmente, pode-se combinar a terapia oral com um tratamento local usando bomba à vácuo peniana, que ainda apresenta pouca aceitação na população em geral.
Existem pacientes com grau de disfunção erétil tão elevado que mesmo com utilização de vários tipos de inibidores da 5-fosfodiesterase não existe uma resposta adequada. Neste caso, recomenda-se o tratamento de segunda linha, que seria com os medicamentos injetáveis no corpo cavernoso do pênis. Inúmeras medicações injetáveis podem ser utilizadas, dentre elas fentolamina, papaverina, pepitídeo vasoativo intestinal e prostaglandina, seja isoladamente ou em combinação.
Nos pacientes que apresentam falha nos tratamentos de primeira e segunda linha, pode-se utilizar outros tipos de tratamento. Os mais indicados seriam os cirúrgicos, seja o implante de próstese peniana semirrígida ou inflável ou a tentativa de revascularização cirúrgica do pênis.
O que se deve saber é que toda queixa de disfunção erétil deve ser investigada antes de ser iniciado o tratamento.
*Artigo escrito em parceria com o urologista Helce Ribeiro Julio Junior (CRM 52-80011-2), da Sociedade Brasileira de Urologia Regional RJ. Membro do departamento de Andrologia da SBU-RJ, mestre em ciências cirúrgicas pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UERJ) e membro da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.
fonte
Dr. Ailton Fernandes UROLOGISTA - CRM 728179/RJ
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