segunda-feira, 2 de abril de 2018

Pela primeira vez, novo medicamento parece eliminar diabetes tipo 2


Uma nova droga criada por uma equipe da Universidade da Califórnia, nos EUA, pode finalmente se revelar uma “cura” para o diabetes tipo 2.

A doença, embora influenciada pela genética, é em grande parte causada por uma dieta ruim e excesso de peso por períodos prolongados de tempo, especialmente em uma idade avançada.

Com a condição, o pâncreas é incapaz de produzir insulina suficiente, ou as células do corpo simplesmente não reagem a essa insulina, o que leva a níveis perigosamente altos de açúcar no sangue.

Isso é conhecido como resistência à insulina e, atualmente, não há nenhuma maneira médica de tratá-la.


Sucesso

No estudo americano, a droga foi administrada via oral a alguns ratos alimentados com uma dieta extremamente rica em gordura. Os animais tinham desenvolvido obesidade e diabetes tipo 2 como resultado.

Enquanto receberam o fármaco, os ratos não experimentaram efeitos colaterais. Suas células reagiram mais uma vez à presença de insulina, e seus níveis de açúcar no sangue retornaram ao normal durante pelo menos um mês.

Esta é a primeira vez que qualquer tratamento efetivamente “eliminou” o diabetes tipo 2. A equipe já tinha a noção de que uma determinada enzima era responsável por causar tal condição. Conhecida como “proteína tirosina fosfatase de baixo peso molecular” (na sigla em inglês, LMPTP), a enzima pode ser encontrada no fígado, e parece interagir com as células de tal forma que elas resistem à presença de insulina.

O medicamento foi especificamente projetado para dificultar o progresso da LMPTP, permitindo que os receptores de insulina das células fossem novamente capazes de reagir a ela.

Esperança
O próximo passo será verificar se a droga é segura para uso em ensaios clínicos com seres humanos.

A época para tanto não poderia ser melhor. Diabetes, em particular o tipo 2, será a sétima principal causa de morte em todo o mundo em 2030.

O número de pessoas que sofrem da condição aumentou 390% nas últimas três décadas e meia, e por enquanto existem apenas maneiras de mitigar seus sintomas, não uma cura funcional. Talvez esta seja a droga que finalmente vai mudar isso. [IFLS]

por Natasha Romanzoti
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