Um novo estudo Universidade de Stanford (EUA) encontrou novos genes ligados a longevidade.
Quatro variações – do gene ABO, envolvido na determinação do tipo de sangue; do CDKN2B, que regula a divisão celular; do APOE, ligado a doença de Alzheimer; e do SH2B3, que antes pensava-se prolongar a vida em moscas-da-fruta – foram descobertas nos genomas de pessoas com 100 anos ou mais, os chamados centenários.
Novo método para desvendar a longevidade
De acordo com o pesquisador Stuart Kim, professor do Departamento de Biologia do Desenvolvimento e Genética, o objetivo era descobrir quão forte era o componente genético para se tornar um centenário.
“Estamos começando a desvendar o mistério de por que algumas pessoas envelhecem com tanto sucesso em relação à população normal”, disse.
Estudos anteriores tentaram encontrar variações nos genes mais comuns em pessoas muito idosas, mas não tiveram muita sorte.
A nova pesquisa estreitou a busca para genes ligados com a vida longa, focando especialmente naqueles conhecidos por afetar fortemente o risco de doenças relacionadas com a idade, como doença cardíaca e doença de Alzheimer. As pessoas que têm menos risco para essas condições, dita a lógica, vivem mais tempo.
Os quatro vencedores
Os pesquisadores primeiro procuraram por genes ligados a longevidade em uma população de cerca de 800 pessoas com mais de 100 anos, e 5.400 pessoas com mais de 90 anos.
Eles descobriram oito genes ligados com uma vida longa, e foram capazes de confirmar quatro em uma análise de acompanhamento com cerca de 1.000 pessoas com idades entre 100 ou mais.
O estudo constatou que certas variantes dos genes chamados ABO, CDKN2B, APOE e SH2B3 eram mais comuns em centenários do que em pessoas com uma expectativa de vida média (no caso do Brasil, cerca de 73 anos).
Por quê?
Os cientistas determinaram que a variação genética associada com sangue tipo O era mais comum em centenários do que no grupo de controle, o que significa que haviam mais centenários com sangue tipo O em comparação com as pessoas com uma expectativa de vida típica.
Estudos anteriores já haviam indicado que pessoas com sangue tipo O têm menor risco de doença cardíaca e câncer, e têm níveis de colesterol mais baixos.
Outra variante genética, no CDKN2B, pareceu importante para uma vida longa, pois desempenha um papel na divisão celular. A paragem da divisão, chamada senescência, contribui para o envelhecimento, de forma que ter uma variação que a reduz é vantajoso.
Provavelmente, existem muitos outros genes que afetam a longevidade. Os pesquisadores devem continuar sua busca, a fim de compreender melhor o processo de envelhecimento. [LiveScience]
por Natasha Romanzoti
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