quarta-feira, 22 de julho de 2009

Diferente do que muita gente pensa, desnutrição não é somente resultado de pouca alimentação, mas também de alimentação excessiva e pobre em nutriente


Fonte:Saúde completa

Diferente do que muita gente pensa, desnutrição não é somente resultado de pouca alimentação, mas também de alimentação excessiva e pobre em nutrientes. Uma dieta desbalanceada pode levar o indivíduo a uma carência nutricional. Quem faz o alerta é a nutricionista do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, Sheila Silva Castro, explica que o corpo humano é composto por células que são renovadas constantemente e precisam de nutrientes para que tenham um bom funcionamento.

Uma pessoa pode ficar desnutrida quando não obtém na alimentação calorias suficientes ou praticam dietas desequilibradas com deficiência de proteínas, carboidratos e vitaminas. Os tipos mais comuns de desnutrição são a protéico-calórica e de micronutrientes. A primeira ocorre quando há inadequada absorção ou disponibilidade de energia e proteínas no organismo. Já a segunda está ligada a falta de alguns nutrientes essenciais, costuma ser conseqüência de uma dieta pobre, de absorção deficiente pelo intestino, da perda ou consumo anormal de nutrientes pelo corpo.

Os primeiros sinais da desarmonia nutricional são celulite, insônia, queda de cabelo, enxaqueca, acne, tensão pré-menstrual, depressão, hiperatividade, constipação, flatulência excessiva, diarréia e olheiras.

Para fugir destes problemas o primeiro passo é compreender que o emagrecimento precisa estar aliado à alimentação saudável, com micronutrientes e equilíbrio bioquímico. É necessário que a alimentação nutra as células para que haja um equilíbrio nutricional.

Parte deste desequilíbrio ocorre em conseqüência do consumo de produtos semiprontos, com corantes e conservantes, além dos fast foods, gorduras trans e saturadas, açúcar, sal e adoçante, que não nutrem o organismo e impedem a entrada dos nutrientes nas células. Outras problemáticas como o estresse, ansiedade e sedentarismo também agridem as células e levam a essa desarmonia.

Segundo a nutricionista, uma alimentação saudável não é aquela que contem somente alimentos que não engordam como os diet e light. "Cada organismo tem funcionamento e reações diferentes. É importante que os nutrientes sejam absorvidos e aproveitados pelas células", explica Sheila.
Em alguns períodos da vida, o corpo necessita de mais nutrientes, principalmente na infância, adolescência, gravidez e amamentação. Já na terceira idade as necessidades alimentares são menores e a capacidade de absorver os nutrientes fica reduzida, o que aumenta o risco de subnutrição.
Para saber se suas células estão absorvendo os nutrientes é necessário uma avaliação nutricional - realizado por um profissional capacitado - onde são avaliados alguns itens como dieta e problemas que possam existir, exame físico e laboratorial.

A desordem nutricional pode atingir o sistema nervoso, sistema cardiovascular, paladar, olfato, obesidade, hipertensão, ossos, articulações, osteoporose, escorbuto e o aumento da glândula tireóide. Além de gerar deficiência de niacina, zinco, iodo, ácido fólico, vitaminas do complexo, B, A, C e K.

A ingestão insuficiente de proteínas, calorias e outros nutrientes podem levar a criança à desnutrição protéico-calórica, que retarda o crescimento. Já na adolescência, as exigências nutricionais crescem devido ao aumento das taxas de crescimento.

A subnutrição também pode atingir idosos; vegetarianos; alcoólatras e dependentes químicos que não se alimentam bem; adolescentes que passam por surto de crescimento rápido, além de pessoas que tenham problemas no intestino, fígado e rins; que estejam em dietas rigorosas por muito tempo; que tomam remédios para apetite ou ainda que tenham anorexia nervosa, hipertireoidismo e câncer.

No idoso a subnutrição pode ocorrer em razão da solidão, incapacidade física, mental, doença crônica e a capacidade de absorver os nutrientes ficam reduzidas o que contribui para outros problemas como anemia e osteoporose.

As pessoas com doença renal são propensas a deficiência de proteínas, ferro, e vitamina D. Os vegetarianos não comem carne e ficam dispostas a deficiência de ferro e vitamina B12, é importante lembrar que estes são os únicos riscos desse tipo de dieta, porém eles vivem mais e tem menos condições de desenvolver doenças crônicas.

O importante é estar alerta as dietas que afirmam aumentar o bem-estar ao reduzir o peso, pois as altamente restritivas são nutricionalmente perigosas e resultam em deficiências de vitaminas, minerais e proteínas, além de doenças que afetam o coração, rins e metabolismo.

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