A progressão da Doença de Alzheimer é lenta e vai limitando as atividades do paciente. Assim, promover pequenas alterações na casa do portador da doença ajudará a dar-lhe mais independência e segurança, além de facilitar o dia a dia do paciente. “Assim, ele ficará mais seguro e confiante para transitar pela residência e garantir sua sociabilidade por mais tempo”, explica o neurologista Rodrigo Rizek Schultz, do Núcleo de Envelhecimento Cerebral da Universidade Federal de São Paulo (NUDEC-UNIFESP). As demências afetam 36 milhões de pessoas em todo o mundo, sendo que a doença de Alzheimer acomete cerca de 1,2 milhão de pessoas no Brasil.
De acordo com Schultz, retirar os tapetes ajudará a prevenir quedas e escorregões. No banheiro, é preciso redobrar a atenção: barras de segurança próximas ao chuveiro e ao vaso sanitário auxiliarão nos cuidados diários. Além disso, a porta com uma abertura de 20 cm do chão facilitará o socorro ao paciente, quando necessário.
O cuidador precisa estimular e orientar o paciente a colocar suas finanças em ordem, além de estabelecer hábitos e horários para as atividades e, principalmente, deixar os objetos em locais determinados. “Se o paciente na fase inicial da doença for envolvido em pequenas tarefas, como arrumar a cama, e receber pequenos elogios por conseguir completá-las, é uma forma de fazê-lo se sentir útil”, aconselha o especialista.
Já nos estágios mais avançados da doença é necessário redobrar a atenção, pois o paciente começa a apresentar os primeiros problemas de memória. É fundamental organizar uma rotina para evitar que o paciente fique confuso e colocar sinalização pela casa ajudará a orientar o portador. A cozinha com objetos cortantes e pontiagudos é um ambiente perigoso para o paciente de Alzheimer. Ele precisa de monitoramento quando estiver na cozinha, para evitar que se corte ou provoque um vazamento de gás, que pode resultar em incêndio.
No site www.doencadealzheimer.com.br, é possível fazer um passeio virtual por uma casa preparada para receber um paciente de Alzheimer, além de dicas para o cuidador e videoaula para profissionais de saúde.
Doença
O Alzheimer, uma doença progressiva e degenerativa, causada pela deterioração das células do cérebro (neurônios), representa de 50 a 70% das demências. A demência é considerada uma síndrome (grupo de sinais físicos e sintomas) que apresenta três características principais: esquecimento ou problemas de memória, alterações no comportamento (agitação, insônia, choro fácil) e perda de habilidades (dirigir, vestir-se, cozinhar).
“Ainda não existe cura para a doença, mas alguns medicamentos podem melhorar o comportamento do paciente e também diminuir a velocidade de progressão dos sintomas cognitivos. É o caso da memantina, indicada na fase moderada a grave. A substância impede os efeitos de níveis patologicamente elevados de glutamato, que podem levar à disfunção neuronal, e evita que o neurônio fique exposto a um fluxo excessivo de cálcio, um dos mecanismos responsáveis pela morte celular”, finaliza Schultz.
fonte:http://www.corposaun.com/ajustes-na-rotina-ajudam-na-independencia-do-paciente-com-alzheimer/21150/
Por Lais - imagem:comunidademib.blogspot.com
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