Quanto mais cedo o Alzheimer for diagnosticado, melhor o paciente responde ao tratamento. Idealmente, o paciente deve começar a ser tratado antes de exibir sintomas neurológicos. Para tentar passar a perna na doença, pesquisadores criaram até jogos de memória e localização espacial para identificar pioras discretas nas funções cerebrais da população geral.
Outra grande novidade do diagnóstico precoce da doença é o exame da retina. A pesquisa feita na Universidade de Minnesota (EUA) foi publicada na revista Investigative Ophthalmology & Visual Science.
No trabalho, os pesquisadores detectaram mudanças na retina de ratos com predisposição para desenvolver Alzheimer.
Olhos como janelas para o cérebro
Neurologistas costumam dedicar uma boa atenção ao exame dos olhos de seus pacientes. “A retina não é apenas ‘conectada’ ao cérebro – ela é parte do sistema nervoso central”, explica o pesquisador Swati More. Apesar de tanto o cérebro quanto a retina se alterarem com o Alzheimer, a retina tem uma vantagem: “Ao contrário do cérebro, a retina é acessível, tornando alterações mais fáceis de serem observadas. Percebemos mudanças na retina de ratos com Alzheimer antes da idade típica em que os sinais neurológicos são observados”, aponta More.
Novos tratamentos
Além de oferecer diagnóstico precoce para pacientes, outro objetivo do estudo é melhorar a criação de medicamentos para os primeiros estágios da doença. Já que o Alzheimer costuma ser diagnosticado quando sintomas neurológicos já são apresentados, as drogas existentes são voltadas para esta fase tardia.
“Drogas não podem ser testadas para determinar se são eficazes no começo do Alzheimer. Com uma ferramenta de diagnóstico precoce, podemos ajudar no desenvolvimento de novas drogas”, explica outro autor do trabalho, Robert Vince.
Com esta tecnologia de diagnóstico, novos tratamentos podem ser desenvolvidos para a fase anterior da doença. [Science Daily]
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