Ele já foi considerado o vilão das dietas. Foi acusado de ser uma das principais causas de doenças cardiovasculares e uma fonte rica em colesterol e gordura saturada. Hoje, no entanto, o ovo vem conquistando um espaço cada vez maior na prateleira dos alimentos saudáveis. É o que mostra um estudo publicado recentemente pela Universidade de Surrey, na Inglaterra. Encabeçada pelo professor Bruce Griffin, a pesquisa descobriu que a ingestão de ovos é saudável e, de quebra, ainda ajuda a pessoa a perder alguns quilinhos.» Veja receitas de fritadas e omeletes
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Publicada em meados de fevereiro no site da Universidade, o estudo teve como base dois grupos de pesquisa. Um deles consumiu dois ovos todos os dias, enquanto o outro aboliu o alimento do cardápio. Exames de sangue apontaram uma perda de peso e índices de colesterol no sangue similares entre os dois grupos. "Os autores sugerem que a quantidade de gordura saturada na dieta é a causa dos níveis irregulares de colesterol no sangue", explica Cícero Galli, neurologista chefe do Laboratório de Fisiopatologia Clínica e Experimental da Universidade Federal de São Paulo.
Isso significa que o colesterol pode estar também na carne gordurosa, e não apenas no ovo de todo dia. E já que ele não é o vilão que se imaginava, por que não aproveitar para usá-lo para perder uns quilinhos? Segundo o jornal britânico The Guardian, o consumo de dois ovos no café-da-manhã pode deixar a pessoa com menos fome durante o dia, já que ele é capaz de dar uma maior sensação de saciedade e ajuda no metabolismo.
Ovo X Colesterol
Antes das recentes descobertas da Universidade de Surrey, a Fundação Britânica do Coração recomendava o consumo de, no máximo, quatro ovos por semana. Isso porque ele seria rico em colesterol - cada ovo contém 200mg da gordura.
De acordo com Daniel Magnoni, nutrólogo e cardiologista do Hospital do Coração de São Paulo, a quantia de ovos diária sugerida pela pesquisa de Griffin significa uma ingestão de colesterol tão elevada que poderia ser uma agravante para doenças cardiovasculares, como a insuficiência coronária.
Redação Terra
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