Mesmo o excesso de peso quando o jovem pode dobrar o risco da doença
As crianças com obesidade têm mais um motivo para reverter esse quadro, além dos riscos que o excesso de peso traz em um primeiro momento, como o diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Segundo um estudo feito por pesquisadores do Riley Hospital for Children da Universidade de Indiana (EUA), a obesidade infantil pode aumentar as chances de hipertensão quando as crianças atingem a idade adulta. Os dados foram apresentados dia 12 de setembro na reunião da American Heart Association, em New Orleans, e devem ser vistos como preliminares até serem revisados e publicados em um jornal científico.
Em 1986, os estudiosos começaram a acompanhar o desenvolvimento de mais de 1.100 crianças e adolescentes saudáveis. Os médicos verificaram peso, altura e pressão arterial da amostragem duas vezes por ano. No início da pesquisa, cerca de dois terços das crianças estavam com peso normal, enquanto 16% tinham obesidade e outros 16% estavam acima do peso. Passados 27 anos desde o início do estudo, os investigadores descobriram que 26% das crianças com obesidade acabaram com a pressão arterial elevada quando adultos, em comparação com 14% das crianças com sobrepeso e apenas 6% dos jovens com peso normal.
Os resultados mostram a obesidade infantil aumenta em quatro vezes as chances de hipertensão na vida adulta, se comparadas com aquelas que tinham IMC normal. Já aquelas que estavam com sobrepeso tinham o dobro do risco, também comparadas com as crianças dentro do peso ideal. Segundo os pesquisadores, um estudo de longo acompanhamento como esse é importante para mostrar os efeitos em longo prazo da obesidade e sobrepeso infantil. Dessa forma, é importante ficar atento para o peso das crianças tanto quanto dos adultos, fazendo o possível para que esses quadros sejam revertidos o mais rápido possível.
16 hábitos diários que previnem a obesidade infantil
Manter as crianças dentro de uma dieta saudável dá trabalho, principalmente quando elas adoram ir ao supermercado e ficam com olhos gulosos para cima das prateleiras de salgadinhos, doces e congelados. Segundo dados do Ministério da Saúde, uma em cada três crianças no Brasil está acima do peso, podendo chegar à obesidade (situação em que os quilos sobrando já são encarados como doença). A nutricionista chefe da equipe Dieta e Saúde, Roberta Stella, pontua desde cedo as crianças devem aprender que comer pode ser saudável e divertido. Conheça a seguir hábitos que ajudam seus filhos a ter uma alimentação mais saudável, diminuindo as chances de desenvolver a obesidade infantil:
A criança deve comer cinco ou seis refeições (café da manhã, lanche da manhã, almoço, lanche da tarde, jantar e ceia) em locais apropriados e horários pré-estabelecidos.
As guloseimas não devem ser proibidas, mas sim oferecidas em porções controladas, por exemplo, um pacotinho com três bolachas recheadas. Não se esqueça de não deixar as guloseimas ao alcance da criança.
Evitar consumo excessivo de salgadinhos, frituras, refrigerantes, doces e guloseimas em geral, limitando o uso destes a 1x/semana no máximo.
Sempre tenha em casa legumes, verduras, salada, frutas, iogurtes, cereais matinais e sucos naturais.
Ajude as refeições fracionadas a virar rotina do seu filho, diminuindo assim o volume dos alimentos ingeridos nas refeições principais.
Estimule o uso de saladas cruas. Para torná-la mais atrativa acrescente complementos como kani kama, atum ou queijos magros. Uma boa dica é montar pratos de saladas bem coloridos e variados, ou seja, que sejam atrativos para as crianças.
Passe a usar mais produtos integrais, diminuindo a quantidade dos refinados.
Substitua os refrigerantes por sucos naturais e não deixe que a ingestão de líquidos junto às refeições, seja maior que 250 ml.
Procure não adoçar sucos, deixe que a criança crie o hábito em não precisar deste complemento nada saudável ao suco.
Nunca use doces e guloseimas como recompensas.
Evite que as refeições sejam feitas em frente à TV ou computador.
Não insista que a criança raspe o prato, caso já esteja satisfeita e evite o hábito de repetir mais um pouquinho.
Elogie seu filho - Getty Images
Elogie seu filho ao perceber que ele está levando a sério sua nova maneira de se alimentar. Também ofereça prêmios a cada nova conquista! (Mas o prêmio não pode estar ligado a alimentos).
Diminua gradativamente a quantidade de alimentos, se esse for o motivo do ganho de peso.
Se for comer em fast-foods (no máximo uma vez por semana), ajude seu filho a escolher opções saudáveis. Por exemplo, um suco de fruta no lugar do refrigerante. Ou comida japonesa em vez da pizza e do hambúrguer.
Leve a criança ao supermercado ou hortifruti para que desperte a vontade e escolha opções saudáveis de alimentos.
fonte:http://www.minhavida.com.br/familia/galerias/16827-obesidade-infantil-quadruplica-chances-de-hipertensao-no-adulto
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