HCor apoia campanha de conscientização da Organização Mundial da Saúde (OMS) em prol ao controle do fumo e do tabagismo passivo
As altas prevalências de fumantes e a mortalidade decorrente das doenças relacionadas ao cigarro fazem do tabagismo um problema de saúde pública. Estima-se que, em todo o mundo 1,3 bilhão de pessoas são fumantes; destes 20,1 milhões são brasileiros. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), os dados são mais assustadores: por ano, quase 6 milhões de pessoas morrem devido ao fumo, sendo que 600 mil são fumantes passivos. Se nada for feito, a previsão é que, a partir de 2030, mais de 8 milhões de pessoas morram anualmente.
Ao longo dos anos, diversas campanhas de conscientização veem sendo realizadas no Brasil e no mundo. Na próxima terça-feira, 31 de maio, Dia Mundial sem Tabaco, a Organização Mundial da Saúde (OMS) visa destacar os riscos à saúde e instituir regulamentações eficazes que reduzam o consumo do cigarro. A campanha deste ano apela para a padronização das embalagens de produtos do tabaco e seus derivados. Essa medida propõe a restrição do uso de cores, elementos gráficos e informações promocionais nos maços de cigarros.
A psicóloga Silvia Cury, coordenadora do Programa de Controle do Fumo do HCor – Hospital do Coração, em São Paulo, ressalta que a padronização das embalagens do cigarro pode apresentar uma efetividade importante no controle do tabagismo, uma vez que não chama a atenção do jovem para buscar o cigarro. "Sabe-se o quanto as embalagens chamativas podem levar o jovem a saciar sua curiosidade em conhecer determinado produto, principalmente porque, nos pontos de venda, eles são colocados em pontos estratégicos, como perto de doces, balas, chocolates entre outros. Pesquisas mostram que toda forma de restrição estabelecida para o cigarro ajuda a diminuir sua iniciação e prevalência”, diz.
A dependência
A nicotina é a grande responsável pela dependência. Ela estimula a produção de dopamina e serotonina, causando a sensação de prazer. Poucos segundos após a inalação da fumaça, a nicotina chega ao pulmão e, dele, atinge o sistema circulatório e o cérebro. Em menos de uma hora, o corpo sente a falta desta substância, o que leva o indivíduo a querer fumar ainda mais.
“As mais de 4.700 substâncias tóxicas existentes no cigarro são extremamente prejudiciais à saúde. O consumo do tabaco está associado a 30% das mortes por câncer, sendo mais de 90% deles de pulmão, 25% dos casos de infarto agudo do miocárdio e quase metade dos derrames cerebrais”, pontua João Marcos Salge, pneumologista do HCor.
Benefícios de parar de fumar
• Após 20 minutos a pressão e a pulsação já normalizam;
• Em 2 horas já não há mais nicotina circulando no sangue;
• Entre 12 e 24 horas os pulmões já funcionam melhor;
• Após 1 ano o risco de morte por infarto cai pela metade;
• Entre 5 e 10 anos o risco de enfarte será igual ao de uma pessoa que nunca fumou.
Controle do Fumo do HCor
O Programa de Controle do Fumo do HCor mantém uma equipe de psicólogos e médicos de diferentes especialidades que oferece um tratamento com duração de nove sessões individuais distribuídas em três meses de acompanhamento. Ao longo do tratamento, os fumantes são medicados, de acordo com as suas respectivas necessidades, e acompanhados por terapia psicológica com o objetivo de tratar a dependência física e emocional do cigarro.
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