Divulgação Científica 31/3/2009
Agência FAPESP – Um grupo de pesquisa da Universidade da Califórnia em São Francisco, nos Estados Unidos, desenvolveu um novo método para distinguir entre manchas benignas e melanoma. A técnica consiste em medir diferenças nos níveis de marcadores genéticos.
A novidade conseguiu distinguir entre lesões benignas na pele e melanomas com uma taxa da sucesso superior a 90%. Também teve bom resultado com relação a casos incorretamente diagnosticados. O método deverá ajudar casos mais complexos, uma vez que, segundo os autores do estudo, exames comuns de tecidos, feitos em microscópios, podem ser ambíguos e subjetivos.
O melanoma cutâneo é um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele). Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), embora só represente 4% dos tipos de câncer de pele, o melanoma é o mais grave devido à sua alta possibilidade de metástase.
A letalidade do câncer de pele melanoma é elevada, porém sua incidência é baixa. São cerca de 6 mil novos casos por ano no país, segundo a Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil.
Para desenvolver a estratégia de diagnóstico molecular, os pesquisadores usaram um microarray (lâmina preparada com arranjo de fragmentos de DNA) para isolar cerca de mil genes humanos que estavam presentes em diferentes níveis em melanomas.
Identificaram cinco genes que apresentavam níveis de atividade superiores em melanomas com relação a manchas benignas. As proteínas produzidas por cada um dos genes foram coloridas (marcadas) com anticorpos específicos para fins de diagnóstico de modo a avaliar o nível de expressão genética no tecido.
Segundo o estudo, a nova técnica foi capaz de distinguir entre manchas benignas e melanomas em diferenças no nível e no padrão de atividade das cinco proteínas produzidas.
Os cientistas examinaram os níveis dos cinco biomarcadores em 693 amostras de tecido de biópsias. Antes, um dos autores do estudo, patologista, revisou os diagnósticos das amostras, para garantir que estavam corretos.
O grupo analisou as amostras com o novo método e verificou que o aumento na produção das proteínas pelos melanomas, comparado com as manchas não malignas, foi estatisticamente significante, servindo como um indicador confiável para diagnóstico.
As proteínas também apresentaram padrões de atividade diferentes nos dois tipos de tecido, constituindo um outro indicador para diagnóstico. “Encontramos diferenças claras na intensidade da expressão genética, mas observamos também que o padrão de atividade da proteína de cima para baixo no tecido era muito diferente entre os tecidos benigno e maligno”, disse Mohammed Kashani-Sabet, primeiro autor do estudo.
Alguns dos genes identificados – e suas proteínas – se mostraram indicadores melhores do que os outros, mas a maior eficácia foi verificada justamente na combinação dos cinco biomarcadores. O método resultante identificou corretamente 95% das manchas benignas e 91% dos melanomas. Nos casos mais difíceis, a eficiência foi de 75%.
Os pesquisadores entraram com pedido de patente para o uso dos marcadores genéticos no diagnóstico de melanoma.
O artigo A multi-marker assay to distinguish malignant melanomas from benign nevi, de Mohammed Kashani-Sabet e outros, poderá ser lido em breve por assinantes da Pnas em
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