Por Lais....
fonte:http://www.corposaun.com/cancer-laringe-tumores/17649/
De acordo com os dados divulgados pelo INCA (Instituto Nacional do Câncer), o câncer de laringe é um dos mais comuns a atingir a região da cabeça e pescoço, representando cerca de 25% dos tumores malignos que acometem esta área e 2% de todas as doenças cancerígenas. Aproximadamente 2/3 desses tumores surgem na corda vocal verdadeira e 1/3 na laringe supraglótica (acima das cordas vocais). Estima-se que no Brasil surgem de 8 a 10 mil casos ao ano.
O oncologista e médico responsável pelo Serviço de Cirurgia de Cabeça e Pescoço do Hospital Nossa Senhora das Graças, Alessandro Cury Ogata ressalta que a causa do câncer, em aproximadamente 95% dos casos, é o tabagismo. O fator de risco aumenta quando o cigarro está associado a bebidas destiladas. “Parar de fumar e de consumir álcool são medidas saudáveis e fundamentais para manter a saúde. Infecções virais da laringe (papilomas) podem ser consideradas outro fator de risco, além da herança genética, o que explicaria o surgimento dessa doença em pacientes não fumantes e jovens”, enfatiza o médico.
Em muitos casos a doença não ocorre somente nas cordas vocais, mas também em outras estruturas, como a epiglote – uma espécie de “tampa” localizada entre a base da língua e as cordas vocais. Além do tradicional sintoma de rouquidão, podem surgir outros como: a dificuldade para engolir ou ingerir, dor na garganta, massa cervical, sangramento e até mesmo dores irradiadas para ouvidos, nos casos mais avançados.
“É importante que o paciente que esteja rouco por mais de 15 dias procure o otorrinolaringologista, cirurgião de cabeça e pescoço ou seu médico de confiança para ser avaliado e possivelmente fazer um exame das cordas vocais”, explica o Cirurgião de Cabeça e Pescoço também do Hospital Nossa Senhora das Graças, Evandro Vasconcelos.
O tratamento do câncer de laringe tem evoluído continuamente, mas os pilares básicos ainda são: cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Com frequência ocorre a associação desses tratamentos. A radioterapia geralmente é indicada nos casos iniciais e pode ser potencializada com quimioterapia. A duração do tratamento geralmente dura de três a quatro meses”, ressalta Dr. Alessandro Ogata.
Dr. Evandro Vasconcelos avalia que o tratamento precisa ser adequadamente selecionado para cada situação e ter o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar para examinar o paciente, entre eles: o oncologista, o radioterapeuta, o cirurgião de cabeça e pescoço – que atua em conjunto com o otorrinolaringologista, normalmente o responsável pelo diagnóstico na maioria dos casos.
imagem:pensamentosfilmados.com.br
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