Há dois anos, Abigail Caraciki, de 64 anos, era uma pessoa triste. Tinha perdido filho, o marido e o único irmão. Deprimida, encontrou na dança de salão um novo ânimo para viver. Hoje, rodopia diariamente numa academia e conta que sua qualidade de vida melhorou muito:
Num primeiro momento, a dança me ajudou a superar a depressão. Hoje é muito mais que uma terapia. Até as dores no joelho melhoraram - conta Abigail, aluna assídua da Casa de Dança Carlinhos de Jesus.
Ela não é a única a recorrer à dança de salão como uma forma de melhorar o condicionamento físico e aumentar a auto-estima. As academias e casas noturnas com música ao vivo estão cada vez mais cheias de pessoas acima de 60 anos. A maior novidade é dança sênior, criada na Alemanha, realizada em grupo e que pode ser praticada até por quem mal consegue se locomover.
Os dançarinos da terceira idade não escolhem ritmo, nem par. Vicente Quintanilha, de 62 anos, costumava freqüentar bailes na Região dos Lagos, onde tem uma casa. Incentivado pelo filho Luisinho, jogador do Vasco da Gama, ele decidiu se aperfeiçoar na Casa da Dança Carlinhos de Jesus. Dança de tudo: samba, forró, swing, rock e tango. E não faltam parceiras para acompanhar seus passos, nos bailes da academia ou em casas noturnas como Roda Viva e Ilha dos Pescadores.
Valdeci, minha mulher, gosta de dançar, mas prefere se dedicar a outras atividades como a hidroginástica. Então, danço com outras parceiras na academia. É ótimo para a auto-estima e não me sinto velho. Faço check-up periodicamente e meu cardiologista disse que estou ótimo - conta Quintanilha.
O dançarino Carlinhos de Jesus diz que quanto mais cedo a pessoa começa a dançar, maiores os benefícios. Mas nunca é tarde para entrar no salão. A dança estimula a criatividade e fortalece a autoconfiança.
Sob o aspecto psicológico, é uma excelente atividade. Quando a pessoa aprende a dançar, ela passa a se cuidar mais e melhora sua qualidade de vida. É uma forma de evitar o isolamento. De maneira geral, não há contra-indicações, mas na terceira idade é melhor optar pelos ritmos mais compassados, como swing, valsa e samba canção - afirma Carlinhos.
Já a professora Stela Cardoso acrescenta que a dança é uma forma de afastar a solidão e de dar novo interesse à vida das pessoas.
É uma maneira de trabalhar o corpo de forma saudável e prazerosa e uma oportunidade de fazer novas amizades - comenta.
A médica Rachel Vieira concorda e lembra que há outros benefícios na dança para terceira idade, principalmente para as mulheres. Este tipo de atividade, realizada regularmente, melhora a capacidade cardiorrespiratória, ativa a circulação sangüínea e previne a osteoporose depois da menopausa.
Numa academia de ginástica, o idoso não tem motivação para fazer os exercícios aeróbicos e acompanhar as turmas. Na dança de salão, faz os movimentos com prazer. Esta atividade só é contra-indicada em casos específicos, como em alguns casos de angina de peito e osteoporose em estado avançado. Nestes casos, a pessoa deve consultar seu médico e evitar movimentos bruscos, como rodopios e ritmos como lambada e axé - explica Rachel.
Segundo o ortopedista Theo Cohen, que tem um trabalho voltado para a prevenção de doenças articulares na velhice, estudos recentes realizados na Escandinávia revelam que as pessoas na terceira idade que praticam dança correm menor risco de fraturas de colo do fêmur. Este tipo de fratura é comum na terceira idade, devido à osteoporose. Mas as pessoas que dançam regularmente têm uma boa vascularização e seus ossos são mais fortes.
Nesta faixa etária, é importante evitar ritmos como a lambada, que sobrecarrega a musculatura e os ossos, aumentando o risco de fraturas de vértebras e de costela. Os excessos também pioram a artrose - alerta o médico, que contra-indica todos os ritmos baianos para pessoas da terceira idade por exigirem saltos freqüentes, sobrecarregando a coluna vertebral e as articulações dos joelhos e dos tornozelos.
O médico e dietista João Curvo também elogia a prática da dança na terceira idade:
Esta atividade queima calorias suficientes para a manutenção do peso. Fortalece o tônus muscular, principalmente as pernas, os glúteos e o abdômen. Além disso, a sensação de fome diminui, porque o organismo produz mais serotonina - explica. Por: Antônio Marinho
Num primeiro momento, a dança me ajudou a superar a depressão. Hoje é muito mais que uma terapia. Até as dores no joelho melhoraram - conta Abigail, aluna assídua da Casa de Dança Carlinhos de Jesus.
Ela não é a única a recorrer à dança de salão como uma forma de melhorar o condicionamento físico e aumentar a auto-estima. As academias e casas noturnas com música ao vivo estão cada vez mais cheias de pessoas acima de 60 anos. A maior novidade é dança sênior, criada na Alemanha, realizada em grupo e que pode ser praticada até por quem mal consegue se locomover.
Os dançarinos da terceira idade não escolhem ritmo, nem par. Vicente Quintanilha, de 62 anos, costumava freqüentar bailes na Região dos Lagos, onde tem uma casa. Incentivado pelo filho Luisinho, jogador do Vasco da Gama, ele decidiu se aperfeiçoar na Casa da Dança Carlinhos de Jesus. Dança de tudo: samba, forró, swing, rock e tango. E não faltam parceiras para acompanhar seus passos, nos bailes da academia ou em casas noturnas como Roda Viva e Ilha dos Pescadores.
Valdeci, minha mulher, gosta de dançar, mas prefere se dedicar a outras atividades como a hidroginástica. Então, danço com outras parceiras na academia. É ótimo para a auto-estima e não me sinto velho. Faço check-up periodicamente e meu cardiologista disse que estou ótimo - conta Quintanilha.
O dançarino Carlinhos de Jesus diz que quanto mais cedo a pessoa começa a dançar, maiores os benefícios. Mas nunca é tarde para entrar no salão. A dança estimula a criatividade e fortalece a autoconfiança.
Sob o aspecto psicológico, é uma excelente atividade. Quando a pessoa aprende a dançar, ela passa a se cuidar mais e melhora sua qualidade de vida. É uma forma de evitar o isolamento. De maneira geral, não há contra-indicações, mas na terceira idade é melhor optar pelos ritmos mais compassados, como swing, valsa e samba canção - afirma Carlinhos.
Já a professora Stela Cardoso acrescenta que a dança é uma forma de afastar a solidão e de dar novo interesse à vida das pessoas.
É uma maneira de trabalhar o corpo de forma saudável e prazerosa e uma oportunidade de fazer novas amizades - comenta.
A médica Rachel Vieira concorda e lembra que há outros benefícios na dança para terceira idade, principalmente para as mulheres. Este tipo de atividade, realizada regularmente, melhora a capacidade cardiorrespiratória, ativa a circulação sangüínea e previne a osteoporose depois da menopausa.
Numa academia de ginástica, o idoso não tem motivação para fazer os exercícios aeróbicos e acompanhar as turmas. Na dança de salão, faz os movimentos com prazer. Esta atividade só é contra-indicada em casos específicos, como em alguns casos de angina de peito e osteoporose em estado avançado. Nestes casos, a pessoa deve consultar seu médico e evitar movimentos bruscos, como rodopios e ritmos como lambada e axé - explica Rachel.
Segundo o ortopedista Theo Cohen, que tem um trabalho voltado para a prevenção de doenças articulares na velhice, estudos recentes realizados na Escandinávia revelam que as pessoas na terceira idade que praticam dança correm menor risco de fraturas de colo do fêmur. Este tipo de fratura é comum na terceira idade, devido à osteoporose. Mas as pessoas que dançam regularmente têm uma boa vascularização e seus ossos são mais fortes.
Nesta faixa etária, é importante evitar ritmos como a lambada, que sobrecarrega a musculatura e os ossos, aumentando o risco de fraturas de vértebras e de costela. Os excessos também pioram a artrose - alerta o médico, que contra-indica todos os ritmos baianos para pessoas da terceira idade por exigirem saltos freqüentes, sobrecarregando a coluna vertebral e as articulações dos joelhos e dos tornozelos.
O médico e dietista João Curvo também elogia a prática da dança na terceira idade:
Esta atividade queima calorias suficientes para a manutenção do peso. Fortalece o tônus muscular, principalmente as pernas, os glúteos e o abdômen. Além disso, a sensação de fome diminui, porque o organismo produz mais serotonina - explica. Por: Antônio Marinho
Fonte: Antônio Marinho
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imagem:jorgeteixeira4.blogspot.com
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