
Entre crianças até cinco anos, 20,9% estão com anemia. Segundo a pesquisa, a área rural possui índices melhores que a urbana
A anemia atinge 29,4% das mulheres brasileiras em idade fértil, de 15 a 49 anos, e 20,9% das crianças até cinco anos. É o que revela pesquisa divulgada ontem do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), com dados de 2006
e financiamento do Ministério da Saúde. Já a deficiência de vitamina A (hipovitaminose) alcança 12,3% das mulheres e 17,4% das crianças.
A anemia pode provocar desde cansaço e redução da imunidade a infecções até,
em casos mais graves, problemas no desenvolvimento das crianças. Já a vitamina
A é importante para prevenir doenças relacionadas à visão, como a cegueira.
Nos dois aspectos, o Brasil está situado na classificação de risco “moderada”,
de acordo com os critérios da Organização Mundial da Saúde (OMS). A escala vai de leve a grave.
A área rural tem índices melhores do que a urbana em relação aos dois problemas, o que pode ser consequência de uma alimentação mais natural e com menos produtos industrializados, afirmou Ana Beatriz Vasconcellos, coordenadora da Política Nacional de Alimentação e Nutrição do ministério. Ela
ressaltou, no entanto, que se trata de uma hipótese.
O mesmo fator pode explicar o fato de que, entre as cinco regiões do País, a
Sudeste tenha a maior incidência de deficiência de vitamina A entre as crianças:
21,6%. No Nordeste, o índice é de 19%.
Considerando toda a nação, a maior taxa de anemia infantil está na idade
até dois anos, o que, para Vasconcellos, indica problemas na transição do aleitamento materno para a alimentação normal.
Estudos anteriores restritos a determinados locais do País haviam indicado
uma incidência maior da anemia entre as crianças. (da Folhapress)
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