O alto custo e o desconhecimento sobre a doença entre a própria classe médica têm dificultado o tratamento de pacientes diagnosticados com Hipertensão Arterial Pulmonar
Luiz Henrique Campos
enviado a São Paulo
Fonte: O Povo Online
Em 2005 o médico pneumologista do Hospital de Messejana, Fabrício Martins, iniciou o tratamento ambulatorial em dois pacientes que apresentavam Hipertensão Arterial Pulmonar (HAP), doença que faz aumentar a pressão arterial nos pulmões. Na época, os riscos e consequências da patologia ainda eram pouco conhecidos no Brasil, o que também dificultava o diagnóstico preciso.
Dos dois pacientes inicialmente tratados por Fabrício, um faleceu. O outro, hoje, faz parte da lista de 80 adultos de várias idades que periodicamente são atendidos no ambulatório do Hospital de Messejana e submetidos a um processo de monitoramento que durará para o resto da vida. Nos últimos três anos, nove dos pacientes tratados em Messejana vieram a falecer, alguns, ressalta Fabrício, por apresentarem a doença já em estado avançado.
Por paciente, o custo do tratamento, à base de remédios, pode variar de R$ 3 mil a R$ 12 mil por mês. Mas esse não é o principal problema que afeta diretamente os possíveis portadores da HAP. O pouco conhecimento da doença, e como consequência, o diagnóstico tardio, têm sido os maiores vilões de uma patologia, que além de complexa, é capaz de levar a morte em dois anos se não for tratada adequadamente.
No Ceará, por exemplo, apenas Fabrício, e o pneumologista Marcelo Jacó, também do Messejana, atendem aos pacientes adultos acometidos por HAP. Em todo o Brasil o quadro não é diferente, e poucos médicos se dedicam a esse tipo de tratamento, o que leva as classes médicas a considerarem que as quatro mil pessoas diagnosticadas com HAP no País seja um número subestimado.
Para tentar reverter esse perfil, as sociedades brasileiras de Cardiologia, Pneumologia e Tisiologia e de Reumatologia, juntamente com o Comitê Brasileiro de Hipertensão Pulmonar, lançaram em abril, no Hospital do Coração (Hcor), em São Paulo, uma campanha de esclarecimento aos próprios profissionais de saúde no sentido de alertar sobre a necessidade de uma maior atenção no diagnóstico precoce da doença.
A HAP pode ser confundida facilmente com outras doenças, principalmente porque seus principais sintomas - falta de ar, cansaço, dor no peito, tonturas e palpitações frequentes, pele azulada e inchaço nos pés e tornozelos - estão também relacionados a doenças como a cardiopatia isquêmica coronariana, miocardiopatias, asma brônquica e até estados depressivos. Pacientes portadores de esquistossomose também têm grandes chances de desenvolver a hipertensão pulmonar.
Além disso, ressalta o diretor do Hospital do Coração, Adib Jetene, é uma síndrome grave e fatal, que afeta pessoas de todas as idades, sexos e etnias, e multidisciplinar. A multidisciplinaridade é também um dos motivos da campanha, destaca o médico, já que o acompanhamento da doença não pode ser feito de forma isolada. “O papel da sociedade está sendo o que os médicos estão fazendo por meio das sociedades de classe. O governo deve fazer a dele, mas nós também temos que fazer a nossa”, afirma.
>O jornalista viajou a São Paulo a convite do Comitê Brasileiro de Hipertensão Pulmonar.
E-MAIS
>O interesse maior dos médicos sobre a HAP teve início no final da década de 1960 quando o moderador de apetite Aminorex causou um surto na Europa central de casos do gênero. O fato fez com que em 1973 a Organização Mundial da Saúde reunisse um grupo de trabalho para discutir o problema da HAP, com recomendações que permitiriam, a seguir, abordagem mais sistematizada do tema.
> Em 1981, o National Heart, Lung and Blood Institute of Health, nos EUA, criou o Registro Nacional de Pacientes com hipertensão pulmonar primária, cujos primeiros resultados foram apresentados em 1987. O segundo encontro patrocinado pela Organização Mundial da Saúde, em 1998, e um grande simpósio internacional em 2003, deram a devida dimensão ao problema e firmaram a institucionalização da Hipertensão Arterial Pulmonar como uma realidade clínica. No Brasil, nesse mesmo período, com o surgimento de remédios, alguns grupos de especialistas passaram a se estruturar para atuar no combate à doença e a disseminar informações no País.
4 DICAS PARA SE VIVER MELHOR
>> Se você está grávida e abusa na hora de se alimentar, é melhor deixar de lado esse hábito. Um estudo apontou que dietas com alto índice glicêmico no terceiro trimestre da gestação podem fazer com que a criança nasça mais pesada e com maior risco de desenvolver obesidade infantil.
>> Mulheres que consomem uma dieta rica em produtos com soja são 60% menos propensas a ter um tecido mamário de “alto risco”, comparadas às que comem menos soja, afirmaram cientistas.
>> A obesidade dobra o risco de mulheres jovens desenvolverem câncer de intestino, disseram pesquisadores norte-americanos. Um estudo com cerca de 90 mil mulheres, realizado por uma equipe da Escola de Medicina Albert Einstein, em Nova York, mostrou que o peso excessivo aumentou o risco de desenvolver a doença em mulheres antes da menopausa.
>>Todo mundo sabe que o estresse faz mal para o coração. Mas um estudo revelou que as mulheres estão muito mais sujeitas que os homens a sofrerem paradas cardíacas por causa do estresse. Esse estudo, apresentado no Fórum Científico da Ásia e do Pacífico da Associação Americana do Coração, foi liderado por Norman Ratliff, cardiologista da Fundação Instituto do Coração de Minneapolis da Universidade de Minnesota.
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