23/10/09 - 07h00 - Atualizado em 23/10/09 - 07h00
Mulheres com mais de 65 anos apresentam baixos índices do hormônio.
Aposentada descobriu que estava com osteoporose aos 70 anos.
Aposentada descobriu que estava com osteoporose aos 70 anos.
De acordo com Russo, por ser um país tropical e ensolarado, muitos médicos acreditavam que o Brasil não tivesse uma população exposta a esse tipo de deficiência, já que a vitamina D promove a absorção de cálcio após a exposição à luz solar.
Em uma escala utilizada para verificar os índices da vitamina no sangue, quem está com o valor inferior a 25 apresenta deficiência; de 25 a 50, insuficiência; e, de 50 a 75, tem níveis inadequados.
A pesquisa mostra que os índices da vitamina D encontrados na população idosa do norte da Europa, região de baixas temperaturas, ficam em torno de 84, enquanto que os constatados no estudo feito no Rio de Janeiro chegam a 65,4.
O médico Luis Russo assinala a necessidade de se tornar obrigatória a fortificação e suplementação de alimentos como leite, sucos, cereais e pães. “Em alguns países da Europa, nos Estados Unidos e no Canadá, as empresas alimentícias são obrigadas a incluir suplementos com cálcio e vitamina D em diversos alimentos”, conta.
Ainda segundo o médico, pessoas de todas as idades devem consumir pelo menos três copos de leite por dia. “É muito importante prevenir doenças como a osteoporose”, afirma.
Risco para as mulheres
A aposentada Sylvia Neves de Assis, de 81 anos, descobriu que tinha 40% dos ossos atingidos pela osteoporose ao fazer um exame de desintometria óssea quando estava com 70 anos. Ela conta que fez o exame por acaso, depois de participar de uma palestra sobre a doença.De acordo com a aposentada, uma operação para a retirada de um mioma aos 36 anos pode ter contribuído para o desenvolvimento da doença. “Eu precisei retirar o útero e entrei na menopausa muito cedo, o que contribuiu”, ressalta.
Rosa Luiza Ramos, de 76 anos também descobriu a doença tarde. A aposentada conta que sofreu uma queda em casa e fraturou uma das vértebras há três meses. “A osteoporose agravou o meu estado e estou usando um colete para ajudar na cicatrização”, afirma.
Combate à osteoporose
Neste domingo (25), dia mundial de combate à doença, a Federação Nacional de Associações de Pacientes e de Combate à Osteoporose (Fenapco) vai oferecer uma série de exames gratuitos como teste de calcanho e IOF no Forte do Leme, na Zona Sul fluminense. Além de testes que apontam os riscos da osteoporose, a população poderá participar de oficinas e palestras sobre exercícios, alimentação e bem estar. Também será realizada uma caminhada a partir das 9h na Avenida Atlântica, em Copacabana.
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