Os testes de HIV agora poderão ser feitos por correspondência. O anúncio foi feito no Diário Oficial da União, através do Ministério da Saúde.
Estimativa é de que existam 630 mil brasileiros infectados pelo vírus HIV. Foto: NIAID/Divulgação |
Em nota, o Ministério da Saúde explica que, tecnicamente, as amostras de sangue seco não são consideradas biologicamente infecciosas, facilitando o manuseio e o transporte até o laboratório. O comunicado diz ainda, que, a principal vantagem do método é o armazenamento da amostra de sangue por até 12 semanas sem refrigeração. Essa metodologia, por sua praticidade, dispensa a necessidade de coleta e transporte especializados, baixando consequentemente o custo dos exames.
O novo modelo de exame vale para as redes pública e privada em todo o Brasil. Com a medida, o ministério acredita que os laboratórios terão maior praticidade na realização das análises e os resultados serão mais rápidos. A decisão também foi ampliada para a utilização da biologia molecular para detectar a presença do vírus. Isso quer dizer que o diagnóstico será mais preciso, por identificar diretamente o HIV e não os anticorpos produzidos pelo vírus, pois, nesses casos, o resultado é classificado como indeterminado.
A estimativa é de que, atualmente, existam 630 mil pessoas infectadas pelo vírus HIV em todo o Brasil. E, aproximadamente, 250 mil são portadores da doença, mas ainda não fizeram o teste. A Pesquisa de Comportamento, Atitudes e Práticas na População Brasileira (PCAP), realizada ano passado, mostra por região o índice de exames de Aids feitos pela população. O Nordeste registrou o menor percentual: 26,6%. A região Sudeste tem percentual de 41%, seguida da Centro-Oeste, com 38,9%. Dados da pesquisa realizada pelo Ministério da Saúde, em 2008, mostram um aumento de 67% no número de pessoas que já fizeram exames no país. Em1998, apenas 24% da população entre 15 e 54 anos havia se testado, em 2008 esse índice foi de de 36,5%.
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