quinta-feira, 8 de abril de 2010

Enxaqueca

A enxaqueca

A enxaqueca é um distúrbio neuroquímico vascular com origem genética. Ela está relacionada a falhas no mecanismo de produção da serotonina - neurotransmissor (substância química) ligado ao humor e ao prazer - e à dilatação dos vasos sangüíneos.

Como se trata de uma doença genética, não dá para falar em causas da enxaqueca, mas sim no que a desencadeia. De um modo geral está relacionada a alterações de rotina. Por exemplo, se a pessoa está acostumada a dormir oito horas e por algum motivo altera isso, seja para mais ou para menos, pode dar início a uma crise. Outros fatores deflagradores já registrados são álcool, alguns alimentos (queijos, chocolate, adoçante), estresse, e alterações hormonais. Por isso, as mulheres são as maiores vítimas: três para cada homem.

A doença se caracteriza por crises que podem ter uma série de sintomas: dor de cabeça forte e pulsátil em uma metade da cabeça - o que geralmente incapacita o paciente -, sensibilidade a luz, a cheiro, a barulho e a movimento, alterações psíquicas (como irritabilidade), perda do apetite e até náuseas (algumas pessoas chegam a vomitar). As crises costumam durar de 4 a 72 horas. Esses sintomas não acontecem todos ao mesmo tempo e também não atingem os pacientes do mesmo modo.

Mas quem suspeita que tem enxaqueca não precisa começar a evitar queijo e chocolate ou bebidas alcoólicas. Uma das principais características da doença é que ela apresenta sintomas e é desencadeada de forma diferente em cada pessoa, o que exige um tratamento específico. É importante fazer uma pesquisa minuciosa para perceber o que deflagra uma crise, como ela se manifesta e quanto tempo dura. Para prescrever um tratamento adequado, o médico precisa saber exatamente como é essa dor. É recomendável, inclusive, que o paciente faça um diário com essas informações.

Para algumas pessoas, por exemplo, repouso e silêncio já são suficientes. Outras têm crises tão arrebatadoras que precisam ser tratadas com prevenção e medicamentos diários. Nos tratamentos em que o paciente toma remédios só quando a dor começa, geralmente são usadas pílulas à base de triptanos, que agem de forma semelhante à serotonina. A orientação individual para cada paciente é importante também para evitar um fenômeno conhecido como dor de cabeça rebote, causado pelo uso excessivo de analgésicos.

Mas a grande maioria dos médicos defende que evitar a crise ainda é a melhor opção. Para conseguir isso, os pacientes precisam manter uma rotina regrada, afastando as coisas que podem desencadear uma crise, e ser feliz. Parece brincadeira, mas a dica é bastante científica. Bom humor e alegria mantêm os níveis de serotonina alto. E para o cérebro, dor e felicidade são incompatíveis, pois ele já está produzindo o analgésico.



O caminho da dor...

1. ORIGEM

A faísca que inicia o processo pode ser acesa por uma série de gatilhos. Para a maioria das pessoas, é preciso uma combinação de diversos fatores, que vão se acumulando com o tempo, para chegar ao limite neurológico do indivíduo. Esses fatores podem ser internos (mudanças hormonais, estresse, falta de sono) ou externos (mudanças no tempo, dietas, alergias) ou ambos

2. CENTRO DE CONTROLE

Os desencadeadores da enxaqueca atiçam inicialmente o hipotálamo, um dos principais centros de processamento do cérebro, responsável por regular hormônios, sono e fome. Sintomas da enxaqueca, como náuseas e vômitos, são iniciados por sinais enviados pelo hipotálamo ao gerador de enxaqueca


3. GERADOR DE ENXAQUECA

O hipotálamo então dispara sinais para a parte superior do tronco cerebral, onde se inicia o sistema trigêmeo vascular, cujas fibras nervosas se ramificam para cobrir todo o cérebro como se fossem um capacete. Mas esse capacete é dividido em dois, um para cada metade do cérebro. Por isso os pacientes costumam sentir a dor em somente um lado da cabeça

4. O MAL-ESTAR

A dor pulsante da enxaqueca é causada pelo inchaço das veias sangüíneas na cobertura externa do cérebro. Uma vez que os nervos trigêmeos são ativados, eles liberam componentes que despertam os receptores de dor e fazem com que as veias se inchem mais



Informações site: www.dordecabeça.com.br e Revista Time



Crises de enxaqueca podem ser afastadas com sexo, exercícios e bom sono, garantem especialistas...

Um estudo da Sociedade Brasileira de Cefaléia descobriu que as pessoas que sofrem de enxaqueca encontram solução para seu problema na pratica do sexo, de exercícios e com uma boa noite de sono. A união desses três aumenta a endorfina no cérebro, o que ajuda no controle da doença.

Mas ainda segundo a pesquisa, é necessário que a pessoa que sofre deste mal também seja medicada com pequenas doses de remédios não-analgésicos, como os utilizados no tratamento da depressão, pressão alta e tonteira. O medicamento equilibra os neurotransmissores do cérebro afetados com a doença.

Equipe Bem Star

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