Angela Martins
Páscoa é sinônimo de chocolate e muita gente abusa do doce nesta época do ano. Apesar de ser visto como 'vilão' das dietas, estudos apontam que o chocolate, consumido com moderação, traz diversos benefícios para a saúde, poucas calorias e proporciona sensação de bem estar.
De acordo com a nutricionista Angélica Marrocheli Barné, do departamento de Controle de Qualidade da Padaria Brasileira, estes benefícios estão relacionados a substâncias conhecidas como alcalóides, polifenóis e flavonóides, presentes no chocolate, principalmente no tipo amargo.
Experimentos científicos apontam que o consumo proporciona controle da pressão arterial; melhora da eficiência da insulina, contribuindo no controle da glicemia - embora o resultado ainda dependa mais de evidências para se comprovar; melhora a imunidade, através da estimulação do amadurecimento dos linfócitos T (defesa contra vírus e bactérias); efeitos antioxidantes a favor das células, inclusive de neurônios, promovendo baixo declínio das funções cognitivas como, por exemplo, perda de memória; estímulo da produção e liberação de endorfinas, substância produzida naturalmente em nosso organismo, responsável pela sensação de prazer, felicidade e bem estar.
Restrições
Apesar dos benefícios, pessoas alérgicas, com labirintite ou que apresentem problemas de saúde relacionadas ao metabolismo de açúcares e gorduras - caso dos diabéticos - devem evitar o consumo.
"Existem muitas afirmações negativas sobre o consumo do chocolate, como aparecimento de acnes, porém não há comprovações científicas desta relação. Assim como existem dúvidas sobre o efeito cosmético dos tratamentos à base deste ingrediente", aponta a nutricionista.
Indivíduos angustiados ou ansiosos podem ter sintomas agravados com o consumo, devido à presença de substâncias como a cafeína. "No mais, se houvesse uma recomendação para o consumo diário de chocolate (a Organização Mundial da Saúde não recomenda o consumo de nenhum tipo de doce) seria a de não ultrapassar o limite de 50 g diários, com preferência para o tipo amargo", explica Angélica.
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