Um dos maiores problemas de saúde pública da modernidade é o infarto agudo do miocárdio, uma forma grave de apresentação de doença da artéria coronária, que pode se manifestar em vários graus e ocorre em função da obstruçãodas artérias coronárias por placas de gordura.
As doenças cardiovasculares representam a primeira causa de morte no País. O Brasil ocupa o nono lugar em número de mortes devido às doenças cardíacas e o sexto em referência aos derrames, segundo a Organização Mundial de Saúde, que estima que até 2030 as doenças cardiovasculares terão feito mais de 24 milhões de vítimas fatais.
E lá vem a pergunta: como controlar a hipertensão, o colesterol e outros problemas do coração?
Não há uma fórmula secreta. Aliás, a receita é uma velha conhecida de todos. A hipertensão arterial, o colesterol e, conseqüentemente, as doenças que podem advir de seus valores elevados podem ser controlados com mudanças dos hábitos de vida, como uma dieta saudável (pouco sal e pouca gordura saturada), a prática de exercícios físicos, não fumar e evitar o estresse.
"Também existe uma série de medicações para estas patologias", observa Dr. Roberto Betti, coordenador do Núcleo de Diabetes do Instituto do Coração de São Paulo (Incor).
Está provado cientificamente que praticar exercícios físicos é muito importante para qualquer indivíduo, uma vez que o sedentarismo é muito prejudicial à saúde. Para a pessoa que tem diabetes, a atividade física traz diversos benefícios adicionais, como o aumento da ação da insulina.
A redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais significativos da atividade física no diabetes. A glicose é fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula. Estas mudanças de hábitos e o controle do diabetes podem reduzir o número de vítimas do infarto do miocárdio.
Segundo o médico, o colesterol é um dos grandes vilões da vida moderna, pois é um fator de risco muito importante para as doenças vasculares, principalmente das artérias coronárias. O colesterol é uma substância gordurosa que está presente em todas as células do nosso corpo.
Ele transita em nosso sangue por meio de partículas chamadas de lipoproteínas. A mais conhecida é a LDL, uma lipoproteína de baixa densidade e considerada a "partícula ruim", e a HDL, de alta densidade e considerada a "partícula boa".
"O LDL colesterol é considerado ruim, quando os seus valores no sangue estão acima de 100 mg/dL e o HDL colesterol é bom quando os seus valores estão acima de 50 mg/dL no sangue", explica o Dr. Betti. Por isso é fundamental observar o teor de gordura na alimentação.
Quanto mais gordura se come, maior tendência para o acúmulo de LDL. Os adultos devem prestar mais atenção ao colesterol porque estão mais sujeitos ao aumento dos níveis de colesterol do que as crianças e adolescentes, embora em função do estilo de vida que algumas crianças e adolescentes estejam adotando, elas também estão expostas a ter colesterol alto. Já as mulheres estão mais propensas à alta após a menopausa. Porém, não há particularidades na alimentação de cada fase.
O exercício físico não faz baixar o colesterol LDL, mas ajuda a aumentar a produção do HDL. Estudos recentes do Incor mostram que pessoas que fazem atividade física regular aceleram a "lavagem" de colesterol ruim dentro dos vasos sangüíneos. A remoção da LDL é até quatro vezes maior entre os adeptos da atividade física em relação aos sedentários.
Para controlar os níveis de colesterol, a alimentação específica, para quem tem diabetes ou não, não tem diferença. O importante é lembrar sempre que a alimentação também é uma forma de prevenir o colesterol "ruim" e que consumir alimentos certos garante a saúde e previne diversas doenças. Evite os alimentos ricos em colesterol, como o fígado e miolo de boi, aves e pele de aves, camarão, gema de ovo, creme de leite, manteiga, banha, toucinho, bacon, gordura aparente de carnes, queijos gordos, leite integral, gordura vegetal hidrogenada e os produtos preparados com ela.
O infarto são problemas que estão aparecendo em pessoas cada vez mais jovens e isso se deve principalmente a hábitos de vida errados, como uma alimentação irregular, ao ganho de peso, o sedentarismo, estresse e o tabagismo.
"Por isso é importante o abandono do cigarro, pois após um ano de suspensão do tabagismo o risco de doença cardiovascular cai pela metade e vai diminuindo de forma gradual. Depois de 15 anos de abstinência o risco de doença cardiovascular é similar ao de pessoas que nunca fumaram".
De acordo com o médico, o diabetes é um dos principais fatores de risco para desenvolver problemas no coração. Por isso, quem tem diabetes precisa se prevenir das doenças cardiovasculares. "Pessoas com diabetes têm uma incidência de 2 a 4 vezes maior de doença cardiovascular em comparação a quem não tem. Além disso, existe uma relação direta entre obesidade, principalmente a abdominal, a qual leva a resistência à insulina, e por conseqüência, ao diabetes do Tipo 2 e a dislipidemia."
As doenças das coronárias têm um início mais precoce em quem tem diabetes. "A sua prevalência, por diversos métodos diagnósticos, é em torno de 55% em adultos com diabetes, e entre 2% e 4% na população em geral", explica o Dr. Betti, para quem esse risco excessivo de doença cardiovascular levou, recentemente, a se considerar o diabetes Tipo 2 como equivalente de risco cardiovascular.
O Dr. Roberto Betti afirma ainda que o diabetes elimina a vantagem, usualmente observada nas mulheres, no que diz respeito ao risco de óbito na doença arterial coronariana: mulheres com diabetes têm de cinco a oito vezes mais chances do que as mulheres sem diabetes.
Para o especialista, todos os cuidados com as doenças cardiovasculares estão relacionados diretamente com a prevenção: "em primeiro lugar, é muito importante um controle rígido da glicemia, tanto a de jejum como a pósalimentar. Também é preciso manter a hemoglobina glicada, o colesterol e a pressão arterial em níveis normais".
Mas o diabetes não é o grande e único vilão do coração.
O estresse é um fator de risco bastante importante nos dias de hoje - uma reação do organismo frente a fatores externos desfavoráveis e que atinge principalmente os aparelhos circulatório e respiratório.
E como não ficar estressado vivendo numa cidade caótica em que se trabalha em média de 10 a 12 horas por dia, enfrenta horas e horas em engarrafamentos de trânsito, convive em com uma situação econômica instável, sofre pressão no trabalho e encara cobranças na vida pessoal? Para o Dr. Betti, "é muito difícil responder esta questão. Talvez planejar melhor as atividades diárias, como não agendar vários compromissos no mesmo dia e evitar os horários de pico de trânsito já podem ajudar a aliviar o estresse de quem vive nos grandes centros urbanos. Pare um pouco, tente relaxar, mesmo dentro do escritório, desligue o telefone, fique 15 minutos sossegado", sugere. Os happy hours são sempre bem-vindos. E o mais importante, segundo ele: "ter um hobby, fazer alguma coisa que lhe dê prazer. A insatisfação é traiçoeira. Tem muita gente que muda de cidade, vai para um lugar tranqüilo, mas coloca a insatisfação na mala. Aí não adianta", aconselha.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 53% das doenças são causadas por estilos de vida não saudáveis. Ou seja, são males que nós mesmos criamos. Para a OMS, saúde significa bem-estar físico, social e emocional. É importante que as pessoas se dêem conta disso para poder começar a pensar em mudança de hábitos para ter saúde e mais qualidade de vida. Então, vamos começar a fazer diferente e melhor?
COLESTEROL: ÍNDICES DE MEDIDA
Adulto sadio
Colesterol total ideal: até 200mg/dL.
Limite aceitável: de 200mg/dL a 240mg/dL.
Pessoas com fatores de risco:
Colesterol total: até 130mg/dL
Pessoas com doenças coronarianas:
Colesterol total: até 100mg/dL
Dicas para você manter seu amigo do peito em forma
Tenha uma alimentação saudável.
Controle seu peso.
Controle os níveis de açúcar e de lipídeos.
Coma pouco sal e pouca gordura saturada.
Coma frutas e verduras diariamente.
Evite o estresse.
Faça atividade física regularmente, pelo menos 30 minutos ao dia.
Tome as medicações sempre da forma com que foram receitadas.
Não fume.
fonte:http://www.comunidadediabetes.com.br
As doenças cardiovasculares representam a primeira causa de morte no País. O Brasil ocupa o nono lugar em número de mortes devido às doenças cardíacas e o sexto em referência aos derrames, segundo a Organização Mundial de Saúde, que estima que até 2030 as doenças cardiovasculares terão feito mais de 24 milhões de vítimas fatais.
E lá vem a pergunta: como controlar a hipertensão, o colesterol e outros problemas do coração?
Não há uma fórmula secreta. Aliás, a receita é uma velha conhecida de todos. A hipertensão arterial, o colesterol e, conseqüentemente, as doenças que podem advir de seus valores elevados podem ser controlados com mudanças dos hábitos de vida, como uma dieta saudável (pouco sal e pouca gordura saturada), a prática de exercícios físicos, não fumar e evitar o estresse.
"Também existe uma série de medicações para estas patologias", observa Dr. Roberto Betti, coordenador do Núcleo de Diabetes do Instituto do Coração de São Paulo (Incor).
Está provado cientificamente que praticar exercícios físicos é muito importante para qualquer indivíduo, uma vez que o sedentarismo é muito prejudicial à saúde. Para a pessoa que tem diabetes, a atividade física traz diversos benefícios adicionais, como o aumento da ação da insulina.
A redução dos índices de glicemia é um dos efeitos mais significativos da atividade física no diabetes. A glicose é fonte predominante de energia nos 30 primeiros minutos de exercício. Assim, a atividade física tem função parecida com a insulina no tocante ao aumento da utilização de glicose pela célula. Estas mudanças de hábitos e o controle do diabetes podem reduzir o número de vítimas do infarto do miocárdio.
Segundo o médico, o colesterol é um dos grandes vilões da vida moderna, pois é um fator de risco muito importante para as doenças vasculares, principalmente das artérias coronárias. O colesterol é uma substância gordurosa que está presente em todas as células do nosso corpo.
Ele transita em nosso sangue por meio de partículas chamadas de lipoproteínas. A mais conhecida é a LDL, uma lipoproteína de baixa densidade e considerada a "partícula ruim", e a HDL, de alta densidade e considerada a "partícula boa".
"O LDL colesterol é considerado ruim, quando os seus valores no sangue estão acima de 100 mg/dL e o HDL colesterol é bom quando os seus valores estão acima de 50 mg/dL no sangue", explica o Dr. Betti. Por isso é fundamental observar o teor de gordura na alimentação.
Quanto mais gordura se come, maior tendência para o acúmulo de LDL. Os adultos devem prestar mais atenção ao colesterol porque estão mais sujeitos ao aumento dos níveis de colesterol do que as crianças e adolescentes, embora em função do estilo de vida que algumas crianças e adolescentes estejam adotando, elas também estão expostas a ter colesterol alto. Já as mulheres estão mais propensas à alta após a menopausa. Porém, não há particularidades na alimentação de cada fase.
O exercício físico não faz baixar o colesterol LDL, mas ajuda a aumentar a produção do HDL. Estudos recentes do Incor mostram que pessoas que fazem atividade física regular aceleram a "lavagem" de colesterol ruim dentro dos vasos sangüíneos. A remoção da LDL é até quatro vezes maior entre os adeptos da atividade física em relação aos sedentários.
Para controlar os níveis de colesterol, a alimentação específica, para quem tem diabetes ou não, não tem diferença. O importante é lembrar sempre que a alimentação também é uma forma de prevenir o colesterol "ruim" e que consumir alimentos certos garante a saúde e previne diversas doenças. Evite os alimentos ricos em colesterol, como o fígado e miolo de boi, aves e pele de aves, camarão, gema de ovo, creme de leite, manteiga, banha, toucinho, bacon, gordura aparente de carnes, queijos gordos, leite integral, gordura vegetal hidrogenada e os produtos preparados com ela.
O infarto são problemas que estão aparecendo em pessoas cada vez mais jovens e isso se deve principalmente a hábitos de vida errados, como uma alimentação irregular, ao ganho de peso, o sedentarismo, estresse e o tabagismo.
"Por isso é importante o abandono do cigarro, pois após um ano de suspensão do tabagismo o risco de doença cardiovascular cai pela metade e vai diminuindo de forma gradual. Depois de 15 anos de abstinência o risco de doença cardiovascular é similar ao de pessoas que nunca fumaram".
De acordo com o médico, o diabetes é um dos principais fatores de risco para desenvolver problemas no coração. Por isso, quem tem diabetes precisa se prevenir das doenças cardiovasculares. "Pessoas com diabetes têm uma incidência de 2 a 4 vezes maior de doença cardiovascular em comparação a quem não tem. Além disso, existe uma relação direta entre obesidade, principalmente a abdominal, a qual leva a resistência à insulina, e por conseqüência, ao diabetes do Tipo 2 e a dislipidemia."
As doenças das coronárias têm um início mais precoce em quem tem diabetes. "A sua prevalência, por diversos métodos diagnósticos, é em torno de 55% em adultos com diabetes, e entre 2% e 4% na população em geral", explica o Dr. Betti, para quem esse risco excessivo de doença cardiovascular levou, recentemente, a se considerar o diabetes Tipo 2 como equivalente de risco cardiovascular.
O Dr. Roberto Betti afirma ainda que o diabetes elimina a vantagem, usualmente observada nas mulheres, no que diz respeito ao risco de óbito na doença arterial coronariana: mulheres com diabetes têm de cinco a oito vezes mais chances do que as mulheres sem diabetes.
Para o especialista, todos os cuidados com as doenças cardiovasculares estão relacionados diretamente com a prevenção: "em primeiro lugar, é muito importante um controle rígido da glicemia, tanto a de jejum como a pósalimentar. Também é preciso manter a hemoglobina glicada, o colesterol e a pressão arterial em níveis normais".
Mas o diabetes não é o grande e único vilão do coração.
O estresse é um fator de risco bastante importante nos dias de hoje - uma reação do organismo frente a fatores externos desfavoráveis e que atinge principalmente os aparelhos circulatório e respiratório.
E como não ficar estressado vivendo numa cidade caótica em que se trabalha em média de 10 a 12 horas por dia, enfrenta horas e horas em engarrafamentos de trânsito, convive em com uma situação econômica instável, sofre pressão no trabalho e encara cobranças na vida pessoal? Para o Dr. Betti, "é muito difícil responder esta questão. Talvez planejar melhor as atividades diárias, como não agendar vários compromissos no mesmo dia e evitar os horários de pico de trânsito já podem ajudar a aliviar o estresse de quem vive nos grandes centros urbanos. Pare um pouco, tente relaxar, mesmo dentro do escritório, desligue o telefone, fique 15 minutos sossegado", sugere. Os happy hours são sempre bem-vindos. E o mais importante, segundo ele: "ter um hobby, fazer alguma coisa que lhe dê prazer. A insatisfação é traiçoeira. Tem muita gente que muda de cidade, vai para um lugar tranqüilo, mas coloca a insatisfação na mala. Aí não adianta", aconselha.
De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde, 53% das doenças são causadas por estilos de vida não saudáveis. Ou seja, são males que nós mesmos criamos. Para a OMS, saúde significa bem-estar físico, social e emocional. É importante que as pessoas se dêem conta disso para poder começar a pensar em mudança de hábitos para ter saúde e mais qualidade de vida. Então, vamos começar a fazer diferente e melhor?
COLESTEROL: ÍNDICES DE MEDIDA
Adulto sadio
Colesterol total ideal: até 200mg/dL.
Limite aceitável: de 200mg/dL a 240mg/dL.
Pessoas com fatores de risco:
Colesterol total: até 130mg/dL
Pessoas com doenças coronarianas:
Colesterol total: até 100mg/dL
Dicas para você manter seu amigo do peito em forma
Tenha uma alimentação saudável.
Controle seu peso.
Controle os níveis de açúcar e de lipídeos.
Coma pouco sal e pouca gordura saturada.
Coma frutas e verduras diariamente.
Evite o estresse.
Faça atividade física regularmente, pelo menos 30 minutos ao dia.
Tome as medicações sempre da forma com que foram receitadas.
Não fume.
Por: Francisca Rodrigues para a revista ConVida
fonte:http://www.comunidadediabetes.com.br
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