terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

OMS cobra novos antibióticos para combater 12 superbactérias

Agência da ONU teme uma era"pós-antibióticos", na qual infecções comuns e pequenas feridas voltarão a ser fatais

Sem ação dos governos, 'os novos antibióticos que precisamos urgentemente não serão desenvolvidos a tempo', alerta Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS (Thinkstock/VEJA/VEJA)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta segunda-feira uma lista de 12 famílias de bactérias resistentes aos tratamentos atuais e instou o desenvolvimento de novos antibióticos para combatê-las. Segundo a agência da ONU, o risco para a saúde é “crítico” no caso de três famílias de bactérias, resistentes inclusive aos antibióticos mais recentes e que causam a maioria das infecções hospitalares.

A escarlatina, uma infecção bacteriana causada por estreptococos do grupo A, atinge principalmente crianças com idade entre 5 e 12 anos. Os sintomas incluem dor de garganta, dor de cabeça, febre e uma textura áspera e vermelha da pele na região do peito e do estômago, que pode se espalhar para outras partes do corpo.

Os chamados “patógenos prioritários” provocam infecções no sangue, nos pulmões, no cérebro e no trato urinário que podem ser fatais. “A resistência aos antibióticos está crescendo, e estamos ficando rapidamente sem opções de tratamento”, disse Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS. “Se deixamos este assunto para as forças do mercado, os novos antibióticos que precisamos urgentemente não serão desenvolvidos a tempo.”

Era pós-antibióticos
A OMS insta os governos a incentivarem o financiamento público e privado para lutar contra estas “superbactérias”. A agência da ONU alertou anteriormente para o risco de uma era”pós-antibióticos”, na qual infecções comuns e pequenas feridas voltarão a ser fatais.

As bactérias destacadas pela OMS foram selecionadas, entre outros critérios, segundo o grau de severidade das infecções que causam, a facilidade com que se propagam e quantos antibióticos eficazes restam para combatê-las.

A lista está dividida em três categorias, segundo sua prioridade: crítica, alta e média. A primeira inclui superbactérias resistentes aos antibióticos carbapenêmicos, último recurso para infecções potencialmente mortais que com frequência se propagam em hospitais, asilos e entre pacientes que precisam de respiradores e cateteres. A segunda e terceira categorias incluem bactérias que causam doenças mais comuns, como gonorreia e salmonela.

(Com AFP)
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