quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Milagres médicos


Tecendo ossos?

Se o Homem-aranha tivesse feito Medicina, poderia ter ficado rico no ramo da ortopedia. Isso porque novas pesquisas da Universidade Tufts revelam que a seda das teias, combinada com partículas de sílica, cria um novo material que poderá ser usado para produzir e reparar ossos humanos. Aranhas costumam usar a seda para fazer teias e capturar insetos, e os cientistas há muito estudam os benefícios destas fibras longas e flexíveis. Este novo tecido promete melhorar a qualidade do implante ósseo em cirurgias. Pesquisas anteriores sobre a seda das aranhas sugerem que ela pode ser usada em muitos produtos, como suturas cirúrgicas, coletes à prova de balas e até ligamentos artificiais para pessoas que sofreram lesões nos joelhos.Disponível: 5 anos ou mais.

Neena Samuel
Novas cirurgias cardíacas

Em 2006, mais de 200 mil pessoas foram submetidas a cirurgias cardíacas no Brasil. Mas uma técnica menos invasiva pode se tornar padrão. Como na angioplastia, médicos terão acesso ao corpo através de um vaso sanguíneo na virilha. Por ele, poderão inserir dispositivos até o coração (uma válvula, por exemplo, é comprimida até ter o diâmetro de um lápis) e operar à medida que assistem às imagens em aparelhos de ecocardiograma e raios X. O procedimento permitirá a reparação ou substituição de válvulas em pacientes que, pela natureza da doença, não suportariam uma cirurgia “a céu aberto”, possivelmente duplicando o número dos que poderão ser ajudados. O procedimento será menos doloroso, e o tempo de recuperação, menor. Disponível: 4-5 anos Lisa Fields
Medicamentos x Doenças

Cientistas que buscam novos tratamentos podem acessar uma ferramenta on-line desenvolvida por pesquisadores do Instituto Broad (parceria MIT-Harvard). O Mapa da Conectividade “casa” doenças e drogas compatíveis, com base no perfil genético de ambas. Os criadores contaram com as informações do Projeto Genoma Humano, e os resultados devem ajudar os pesquisadores a descobrir novas aplicações para medicamentos existentes. Até agora, 160 compostos já foram catalogados. Em pouco tempo, todos os medicamentos aprovados pelo FDA, órgão de controle dos EUA, devem ser incluídos.Disponível: em uso Lisa Fields
Cura da varíola

Mas essa doença já não foi erradicada? Embora o vírus da varíola tenha sido oficialmente apagado do mapa em 1980, amostras desconhecidas do vírus ainda podem estar por aí. E, se acabarem nas mãos de terroristas, o resultado pode ser devastador, com a infecção de milhares ou até milhões de pessoas, um terço das quais morreria. Mas cientistas podem ter encontrado uma cura para a doença. A nova droga, SIGA-246, hoje nos estágios finais de desenvolvimento e teste, protege contra a varíola e também consegue deter sua propagação. A droga deverá ser útil para variantes do vírus, como a varíola dos macacos e a varíola das vacas, que podem sofrer mutação e se tornar perigosas. Disponível: 1-3 anos Cynthia Dermody
Um coração muito frio

Cada vez mais pacientes que sofrem paradas cardíacas têm deixado o hospital graças a uma “fria”. A hipotermia clinicamente induzida diminui a temperatura do sangue e do corpo em cinco a oito graus quando o fluxo de oxigênio até o cérebro pára ou é reduzido. De acordo com pesquisas recentes, esta técnica, combinada com reanimação cardiopulmonar e cuidados hospitalares mais agressivos, aumenta as chances de sobrevivência e previne lesões cerebrais. Hoje, cerca de metade a dois terços das pessoas submetidas ao procedimento estão bem. “Durante anos, não vimos evolução nos pacientes que sofreram paradas cardíacas”, diz Mary Fran Hazinski, porta-voz da Associação Americana do Coração. “Hoje ocorre uma mudança radical, e a hipotermia é um dos motivos.” Mais de um quarto dos médicos dos EUA usa a técnica, e outros devem se juntar a eles, à medida que for sendo feita mais divulgação.Disponível: em uso.

Cynthia Dermody
Microchip de remédio

Você já se esqueceu de tomar um remédio? A MicroCHIPS, Inc., de Massachusetts, desenvolveu um aparelho que pode receber até 100 doses de medicamento, ser implantado no corpo e programado para ministrar a droga por meio de sinais. O novo sistema foi desenvolvido principalmente para ajudar na administração de drogas que são menos efetivas por via oral. Testes preliminares em cães foram bem-sucedidos.

Disponível: 5 anos

Lindsay Miller
Sangue reserva

Quando o assunto é transfusão, é possível que um dia o sangue não seja mais necessário. Cientistas estão desenvolvendo substitutos que poderão ser usados amplamente. Líquidos reanimadores com oxigênio são ideais para emergências, guerras e desastres porque, ao contrário do sangue, duram muito, podem ser armazenados a diversas temperaturas e transfundidos a qualquer pessoa, independentemente do tipo sanguíneo. Produzidos a partir de hemoglobina modificada, são atóxicos e livres de doenças. O PolyHeme, substituto derivado de glóbulos vermelhos humanos, está submetido à aprovação do FDA. Enquanto isso, a Marinha americana pede que mais estudos sejam feitos com o Hemopure, substituto do sangue feito a partir de hemoglobina bovina. Líquidos deste tipo vêm sendo relacionados ao aumento no risco de infarto e AVC, portanto são necessárias mais pesquisas.

Disponível: 1-3 anos

Laura McClure

Novas drogas

CÂNCER DE COLO DO ÚTERO

A vacina Gardasil (Merck), para meninas e mulheres entre 11 e 26 anos, evita infecções causadas por 4 cepas do papilomavírus humano (HPV), principal causa do câncer de útero.

HERPES-ZOSTER

Qualquer um que já tenha tido catapora fica suscetível ao herpes-zoster. A vacina Zostavax (Merck) é recomendada para quem tem mais de 60 anos, grupo sob maior risco de ter a doença.

COQUELUCHE

O efeito da vacina que tomamos quando bebês enfraquece depois de sete anos. Mas agora temos a Adacel, da Sanofi Pasteur (para quem tem entre 11 e 64 anos), e a Boostrix, da Glaxo SmithKline (para quem tem entre 10 e 18 anos).

CÂNCER

Zolinza (Merck), novo medicamento para o linfoma cutâneo de células T, está sendo estudado para outros tipos de câncer.

DIABETE

Januvia (Merck), comprimido tomado para diabete melito tipo 2, é o primeiro de uma nova classe de medicamentos que aumentam a capacidade do corpo de controlar o açúcar no sangue. Com a Exubera (Pfizer), diabéticos inalam a insulina em uma bombinha, parecida com a usada por asmáticos, antes das refeições.

CORAÇÃO

Comprimido com três funções, o betabloqueador Coreg CR (GlaxoSmithKline) reduz a pressão arterial, trata a insuficiência cardíaca e problemas pós-infarto.

TABAGISMO

Em testes, 44% dos fumantes que tomaram Chantix (Pfizer) por três meses deixaram de fumar, contra 30% que tomaram outras drogas. Disponível: em uso

Patricia Curtis
Nanomalha para os nervos

Pesquisadores do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts) encontraram uma forma de restaurar a visão de roedores com lesão cerebral. O procedimento usa nanotecnologia para promover o crescimento de células nervosas danificadas. Cientistas afirmam que a técnica poderá ser usada para restaurar fala, audição, visão e movimento em quem sofreu AVC, traumatismo craniano e lesões na medula espinal. Um líquido com aminoácidos é injetado na parte danificada do cérebro. Os aminoácidos se agrupam numa estrutura parecida com o tecido conjuntivo do corpo. Esse arcabouço permite que as células nervosas cresçam e se reconectem, restaurando a comunicação entre cérebro e corpo. Rutledge Ellis-Behnke, neurocientista do MIT, testou o líquido em hamsters com tratos ópticos cortados. Em 24 horas, as células nervosas afetadas voltaram a crescer. “O cérebro começou a cicatrizar”, diz Ellis-Behnke. “Nunca havíamos visto isso.” Seis meses depois, 75% dos animais recuperaram a visão. Disponível: 5 anos ou mais

Laura McClure
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